Você já ouviu falar em avaliação formativa e somativa? Esses são dois tipos de avaliação que podem ser utilizados no processo de ensino e aprendizagem, com objetivos e características distintas.
A avaliação é uma parte fundamental da educação, pois permite verificar o nível de conhecimento dos alunos, identificar as dificuldades, os avanços e as necessidades de intervenção.
Além disso, também serve para orientar o planejamento pedagógico, a escolha das estratégias de ensino e a elaboração dos materiais didáticos.
No entanto, nem toda avaliação é igual. Existem diferentes formas de avaliar os alunos, de acordo com os critérios, os instrumentos, os momentos e as finalidades da avaliação.
Neste sentido, podemos destacar dois tipos principais de avaliação: a formativa e a somativa. A seguir, vamos explicar o que são essas avaliações, como elas se diferenciam, quais são as suas vantagens e como elas podem ser aplicadas na prática. Acompanhe!
A avaliação formativa é aquela que ocorre ao longo do processo de ensino e aprendizagem, de forma contínua e sistemática.
Ela tem como objetivo acompanhar o desenvolvimento dos alunos, diagnosticar as dificuldades, fornecer feedbacks e orientações para a melhoria do desempenho.
A avaliação formativa não tem caráter classificatório ou pontuador, mas sim formativo. Ou seja, ela visa formar os alunos, ajudando-os a construir o seu conhecimento e a desenvolver as suas competências.
A avaliação formativa também envolve a autoavaliação dos alunos, que devem refletir sobre o seu próprio processo de aprendizagem.
Alguns exemplos de instrumentos usados nessa metodologia são:
Saiba mais: Aprendizagem baseada em problemas: como fazer?
A avaliação somativa é aquela que ocorre ao final de um período ou de um ciclo de ensino e aprendizagem, de forma pontual e conclusiva.
Ela tem como objetivo verificar o resultado final do processo de ensino e aprendizagem, medir o nível de conhecimento dos alunos, atribuir notas ou conceitos e certificar a aprovação ou reprovação.
A avaliação somativa tem caráter classificatório ou pontuador, mas não formativo. Ou seja, ela visa classificar os alunos, comparando-os com os critérios estabelecidos ou com os demais colegas.
Ela não envolve a autoavaliação dos alunos, mas sim a avaliação externa do professor ou da instituição. Alguns exemplos de instrumentos utilizados nesse tipo de avaliação envolvem:
Como vimos, as avaliações formativas e somativas têm diferenças significativas em relação aos seus objetivos, características e finalidades.
A tabela abaixo resume as principais diferenças entre esses dois tipos de avaliação:
Avaliação formativa | Avaliação somativa |
Ocorre ao longo do processo | Ocorre ao final do processo |
Tem caráter formativo | Tem caráter classificatório |
Acompanha o desenvolvimento dos alunos | Verifica o resultado final dos alunos |
Diagnostica as dificuldades | Mede o nível de conhecimento |
Fornece feedbacks e orientações | Atribui notas ou conceitos |
Envolve a autoavaliação dos alunos | Não envolve a autoavaliação dos alunos |
Apesar das diferenças entre as avaliações formativas e somativas, elas não são excludentes nem opostas.
Pelo contrário, elas se complementam e se articulam no processo de ensino e aprendizagem. Por isso, é importante utilizar ambos os tipos de avaliação na prática educacional.
As vantagens de utilizar as avaliações formativas são:
As vantagens de utilizar as avaliações somativas são:
Saiba mais: Como as metodologias ativas contribuem para o processo de aprendizagem.
A escolha do tipo de avaliação depende dos objetivos, do contexto e das características do processo de ensino e aprendizagem.
Não há uma regra única ou uma fórmula pronta para definir quando utilizar cada uma das avaliações. No entanto, podemos considerar alguns aspectos que podem orientar essa decisão.
Em geral, a avaliação formativa é mais adequada para os momentos iniciais e intermediários do processo de ensino e aprendizagem, pois permite um acompanhamento contínuo e uma intervenção oportuna.
A avaliação formativa também é mais indicada para os conteúdos que exigem um maior grau de compreensão, reflexão e aplicação, pois favorece a construção do conhecimento e o desenvolvimento de competências.
Por outro lado, a avaliação somativa é mais adequada para os momentos finais do processo de ensino e aprendizagem, pois permite uma verificação conclusiva e uma certificação do resultado.
A avaliação somativa também é mais indicada para os conteúdos que exigem um maior grau de memorização, reprodução e padronização, pois possibilita uma medição objetiva e quantitativa do conhecimento.
No entanto, é importante ressaltar que essas são apenas orientações gerais, que podem variar de acordo com cada situação.
O ideal é que o professor utilize ambos os tipos de avaliação de forma equilibrada e integrada, buscando atender às necessidades dos alunos e aos objetivos da disciplina, do curso ou da instituição.
As avaliações formativas e somativas podem ser aplicadas no ensino de diversas formas, dependendo do contexto, dos objetivos e das características da disciplina, do curso ou da instituição.
No entanto, é importante que haja um equilíbrio entre esses dois tipos de avaliação, de modo que eles se integrem e se retroalimentem.
Um exemplo prático de como combinar as avaliações formativas e somativas é o seguinte:
Essa avaliação pode ser formativa ou somativa, dependendo do uso que se faça dos resultados;
Essas avaliações podem ser individuais ou em grupo, orais ou escritas, formais ou informais. É importante fornecer feedbacks constantes aos alunos e orienta-os para a melhoria do seu desempenho;
Essa avaliação pode ser uma prova escrita ou oral, um trabalho final ou um projeto integrador. Atribui-se uma nota ou um conceito aos alunos e certifica a sua aprovação ou reprovação.
A compreensão das diferenças e finalidades das avaliações formativas e somativas é fundamental para educadores que desejam criar ambientes de aprendizado eficazes.
Ambas as abordagens desempenham um papel fundamental no desenvolvimento dos alunos, permitindo um feedback contínuo e a avaliação do conhecimento adquirido.
Ao integrar estrategicamente ambas as metodologias, os educadores podem fornecer uma educação mais completa e adaptada às necessidades individuais dos alunos, preparando-os melhor para os desafios futuros.
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