Mais do que cumprir toda a agenda pedagógica, as escolas estão engajadas em viabilizar para que os alunos aprendam a aprender. Ou seja, que tomem gosto pela jornada! Inclusive, atualmente está em alta a expressão em inglês “lifelong learning”, cuja tradução livre pode ser “aprender pela vida toda”, justamente indicando a capacidade de nos envolvermos com a aprendizagem para além dos muros das instituições de ensino. O desafio que se mostra nessa perspectiva é a de fazer com que crianças e adolescentes se sintam mais incentivados e engajados no processo de aprendizagem enquanto investem tempo e energia no exercício e na conquista de inúmeras habilidades, como:
● Comunicação
● Raciocínio lógico
● Linguagem
● Criatividade
● Imaginação
Pensando nisso, é importante que as escolas coloquem em prática a aprendizagem ativa em busca do desenvolvimento completo dos estudantes, uma visão de ensino que, de diferentes maneiras, busca dar voz e lugar às atividades lúdicas, outrora tidas como desnecessárias. No nosso papo de hoje, queremos criar possibilidades de insights a partir de exemplos de dinâmicas que podem ser utilizadas dentro e fora da sala de aula.
A música e a dança possuem como objetivo estimular várias áreas do corpo e da mente. Além de aprenderem sobre ritmo, estilos musicais e até mesmo identificar e tocar os instrumentos musicais, os alunos utilizam a criatividade no momento de criar coreografias ou até mesmo desenvolver suas próprias músicas. Em um mundo conectado, em que as plataformas de streaming estão sempre à disposição dos estudantes, nada melhor do que usar a música e a dança como ponto de partida para o aprendizado, a diversão e o bem-estar, físico e mental.
Nem sempre as crianças e os adolescentes conseguem se expressar por meio das palavras – aliás, nem mesmo os adultos dominam esta habilidade. Então, que tal utilizar a pintura e as colagens como caminho para a comunicação não verbal? Crie um contexto que vá além dos primeiros contatos que os estudantes tiveram com a disciplina de Artes,
ainda no início da infância, e promova uma abordagem que sensibilize os alunos. Para isso, nada como utilizar da tecnologia para passear por museus e galerias de todo o mundo em apenas alguns clicks. Com todos engajados no espírito da atividade, é hora de colocar a mão na massa! Disponibilize giz de cera, canetinhas, pincéis, revistas, tesouras, colas e outros materiais que colaborem para os alunos transformarem seus pensamentos em imagens.
Um circuito de atividades lúdicas possibilita que os estudantes tenham diversas experiências: explorem novos ambientes, conheçam o espaço que seu próprio corpo ocupa, desenvolvam o equilíbrio, a resistência, a resiliência e, claro, o espírito de equipe quando as atividades são realizadas em grupo. Em tempos marcados pela crescente noção de individualidade, vale resgatar atividades que priorizem o coletivo e, assim, fomentem o senso de pertencimento.
A escola é um ótimo lugar para que as crianças e os adolescentes aprendam sobre os grupos de alimentos, de vitaminas e de minerais e a importância de se manter uma alimentação balanceada. Nas oficinas de culinária, os alunos podem experimentar novos sabores, descobrir texturas, aprender receitas e realizar pequenas tarefas que utilizam habilidades motoras, como cortar ou lavar os alimentos. Outra ideia interessante é a de explorar os conteúdos disponibilizados em streamings de vídeo. Com eles é possível entender mais sobre a relação das diferentes partes do mundo com a comida, além de ter contato com o aspecto cultural atrelado à culinária.
Seguindo a mesma ideia da oficina de culinária, promovem oficinas com outras temáticas, como a produção de massinha de modelar caseira, criação de fantoches ou até mesmo robótica. Com atividades nessa linha, os estudantes aprendem a conviver em grupo, utilizam a criatividade e relembram conteúdos vistos em sala de aula, como os números, medidas e muito mais.
Preparados para ensinar de forma divertida? As atividades lúdicas, apesar de serem um tipo diferenciado de ensino, são essenciais para que os alunos desenvolvam outras capacidades além dos componentes curriculares. Além disso, fazem com que se sintam mais pertencentes ao processo por estarem participando ativamente das tarefas.
Um outro benefício de utilizar essa estratégia é que a criança aprende sem o peso da avaliação. Apesar de estar sendo acompanhada pelos professores a todo momento, não se depara com os métodos tradicionais de avaliação que podem causar momentos de tensão e estresse, fazendo com que o aprendizado se torne muito mais leve e efetivo.
Sabendo disso, que tal se inspirar nas atividades listadas acima e criar as suas próprias dinâmicas? Para te auxiliar nesse processo, separamos algumas dicas para que você proporcione experiências incríveis aos seus alunos:
● Apoie as crianças e os adolescentes durante todo o processo;
● Caso você utilize brinquedos ou jogos na sua atividade, verifique a faixa etária;
● Não critique os erros, oriente-os a fazerem as atividades de maneira aprimorada a cada nova rodada de interações;
● Permita que eles sejam protagonistas e se sintam livres; e
● Caso a dinâmica envolva o ambiente, certifique-se de que o local é seguro.
Para terminar, sugerimos uma leitura que pode te auxiliar a entender o papel das atividades lúdicas no desenvolvimento das habilidades socioemocionais, clique aqui e saiba mais.