Todos transformadores

O empreendedorismo social colabora para a formação de jovens protagonistas na renovação e atualização do mundo.

O mundo hoje está em constante e acelerada transformação. Por um lado, está cada dia mais evidente a nossa profunda interdependência. Por outro, as revoluções tecnológicas e das comunicações afetam, como nunca, todas as dimensões de nossas vidas. São os jovens, em especial, que enfrentam o maior desafio face a essas mudanças, pois devem projetar suas vidas justamente nesse momento de transição.

Como podem encontrar soluções para um mundo que parece avançar mais rápido do que a nossa capacidade de responder ao que ele nos demanda? O jeito é fazer com que a quantidade de soluções exceda a quantidade de problemas e isso só é possível se todos nós formos sujeitos de transformação social positiva. Isso significa que precisamos desafiar o paradigma atual que ainda prepara as novas gerações para um mundo hierárquico, vertical, cindido em áreas e departamentos do saber e do fazer e orientado para a satisfação dos desejos e das necessidades individuais imediatos por meio da eficiência na repetição.

É face a essa virada civilizatória que o empreendedorismo social – um campo em construção nos últimos 40 anos – reafirma-se mais forte do que nunca ao atrair a atenção de diversos outros campos, especialmente a educação escolar.

Empreendedorismo social: modo de ser

A Ashoka, que cunhou o termo e ajudou a construir o campo, define o empreendedorismo social considerando os atributos e as qualidades que caracterizam o(a) empreendedor(a) social e sua ideia:

  • Seu perfil ou qualidade empreendedora: uma forte motivação para mover recursos de uma área de baixo para uma área de grande impacto social.
  • Possuir uma ou mais ideias inovadoras: novas abordagens para problemas sociais com o potencial de mudar um ou mais sistemas.
  • Ser criativo: ter a capacidade de solucionar problemas e sempre buscar saídas para obstáculos que encontra pelo caminho.
  • O impacto social de suas ideias: as mudanças sistêmicas resultantes de suas ações.
  • A fibra ética: para que esse impacto seja sempre orientado para o bem comum e alcançado por meios éticos.

Por esse conjunto de critérios já se percebe que o empreendedorismo social não é simplesmente algo que se faz, mas uma maneira de ser e estar no mundo. Por isso, se queremos que os aprendizados do empreendedorismo social contribuam com a educação escolar, precisamos ir muito além das abordagens mais utilitárias que o reduzem a um mero conjunto de conteúdos disciplinares. Ao contrário, é preciso voltar às suas origens: o que contribui para que as pessoas cultivem e desenvolvam as competências e habilidades que associamos ao empreendedor social?

Para responder a essa pergunta, a Ashoka realizou um diagnóstico de sua rede global de mais de 4.000 empreendedores sociais em 91 países. Ao olhar suas biografias, foram analisados os fatores que contribuíram para que eles, desde cedo, se dedicassem para o bem comum de maneira empreendedora. Dentre estes, cerca de 800 atuam diretamente com crianças e jovens e têm como objetivo principal contribuir para seu protagonismo social. Por isso também foram analisadas as suas estratégias e metodologias para compreender os principais fatores que contribuem para o sucesso de suas empreitadas.

01 – Desse estudo se pode observar quatro modos ou condições de existência dos empreendedores sociais:

  • Compreender a si mesmo: cultivar a consciência de suas paixões, motivações, habilidades e limitações, combinadas com o compromisso de trabalhar para melhorar a si mesmo.
  • Criar senso de propósito e autopermissão: desenvolver uma compreensão da mudança que se deseja ver no mundo e se permitir correr riscos para persegui-la.

02 – Modos de conhecer

  • Ler o mundo e compreender o campo social: saber como a transformação social acontece, conhecendo os principais caminhos para a mudança estrutural e sistêmica.
  • Conhecer a comunidade através do engajamento: criar relações horizontais com a comunidade e público para conhecer seus desafios e suas fortalezas.

03 – Modos de pensar

  • Pensar de maneira sistêmica: cultivar a capacidade de analisar um problema de maneira sistêmica e aprender a criar hipóteses sobre o que seria necessário para transformá-lo.
  • Definir problemas, projetar soluções: ser capaz de definir um problema e projetar uma solução que leve em consideração consequências intencionais e não intencionais.
  • Pensar criativamente: desafiar o pensamento para além do imediatismo do desafio em questão para visualizar o mundo como ele deveria ser.
  • Pensar com foco nos resultados: aprender a alinhar atividades e táticas com resultados mensuráveis a curto e longo prazo e traçar caminhos para o sucesso.

04 – Modos de conviver

  • Comunicar de forma clara e convincente: ser capaz de criar e comunicar novas narrativas ou paradigmas que anunciem as potências das novas soluções e mobilizem as pessoas.
  • Construir alianças e equipes: ser capaz de estabelecer conexões com colegas e equipes para formar arranjos transformadores capazes de aumentar o impacto social das soluções.

“Uma escola que garante diversos tipos de aprendizados contribui para os projetos de vida ao conectar aquilo que o mundo espera de nós com as nossas próprias potências e capacidades.

Educação transformadora

É o conjunto desses quatro modos que leva, finalmente, às formas de fazer que caracterizam o empreendedorismo social. Estes dependem de pelo menos quatro competências de uma educação transformadora:

  • Empatia: é a capacidade de conhecer seus próprios sentimentos e ideias, conhecer os sentimentos e ideias dos outros e, mais que isso, conectar-se com eles, saindo do eu para, a partir de outros olhares, adentrar uma visão mais abrangente e profunda do mundo. Só através dessa capacidade de estar verdadeiramente aberto àquilo que o outro apresenta, o indivíduo estará apto a refinar sua capacidade analítica, compreendendo diferentes contextos e, com isso, contribuir na busca por transformar o mundo.
  • Criatividade: apostar na força da criatividade é reconhecer os estudantes como sujeitos ativos de suas próprias aprendizagens, uma vez que só se aprende na interação com o mundo natural, social e cultural, na produção de conhecimento e cultura e não na assimilação e reprodução de conteúdos previamente elaborados. Além de valorizar a autoria dos estudantes, de estimular diferentes linguagens e formas de expressão, do incentivo para criar soluções novas para problemas, cultivar a criatividade é antes de tudo abrir espaço para o exercício cotidiano da liberdade.
  • Trabalho em equipe com liderança compartilhada: é a capacidade de cooperar e trabalhar em parceria, na diversidade, empreendendo ações conjuntas visando a resultados comuns. Ela se constrói principalmente através da vivência dos estudantes com seus pares, em grupos auto-organizados, em um ambiente democrático e ético, onde todos podem trazer contribuições e aprender juntos em nome do compromisso com o bem comum. As relações entre as pessoas mudaram e os modelos hierárquicos de liderança, marcados tradicionalmente pelo autoritarismo e pela rigidez, não têm mais espaço. A liderança hoje, mais do que nunca, deve ser compartilhada.
  • Protagonismo social: todos somos, em nossa essência, iniciadores. A cada nascimento, ressurge a esperança da renovação e transformação do mundo. Trata-se, portanto, de uma qualidade inerente ao ser humano, mas que deve ser cuidada para que floresça com vigor. Protagonismo social é a capacidade de tomar iniciativas para o bem comum, buscando ativamente engajamento coletivo. O protagonista social é aquele que reconhece sua potência e assume postura ativa nos processos de transformação da realidade, orientando-se para a resolução prática dos problemas.

Uma educação transformadora, portanto, é aquela que entende, cultiva e potencializa essas quatro competências em toda a comunidade escolar. Uma escola que garante as condições para esses tipos de aprendizados contribui para os projetos de vida das juventudes (como preconiza a competência geral 6 da bncc), mas em conexão com aquilo que o mundo espera de nós e a partir das suas próprias potências e capacidade de transformação.

Um mundo de pessoas que transformam

sse processo, tanto para as novas gerações quanto para a comunidade escolar como um todo, só pode ser uma jornada, uma caminhada. Ela parte, como vimos nos modos de existência empreendedora, da construção do “eu” (identidade), passando pelo encontro com o “outro” (alteridade), até chegar ao “nós” (comunidade). Por isso, quando me perguntam como as escolas podem contribuir para um mundo de pessoas que transformam, convido a olhar o aprendizado que vem das comunidades escolares que já fazem parte desse movimento: invariavelmente elas começam com uma jornada de descoberta de todos os membros da comunidade escolar, e especialmente das crianças e jovens, como sujeitos de transformação.

Mas não basta alguém se reconhecer como transformador: é preciso querer transformar o mundo. É o encantamento com o mundo que desperta a vontade de tomá-lo para si, cuidar dele e de tudo que nele existe. As competências transformadoras, combinadas com uma postura afetiva, ética e que coloca a autoria, a criação e a agência dos estudantes em primeiro lugar, ajudam a criar esse senso de responsabilidade pelo mundo e a fazer com que assumam um papel protagonista nas mudanças, renovações e cuidados demandados pelas diferentes realidades de hoje e de amanhã.

Flavio Bassi 

é antropólogo, educador popular e biólogo. Foi fundador e diretor executivo da Ocareté, atuando no campo socioambiental com povos indígenas e comunidades tradicionais, além de diretor regional da Ashoka para o sul da África. Atualmente é vice-presidente da Ashoka na América Latina, onde também dirige a sua estratégia de Infância e Educação.

Para saber mais

  • Ashoka: ashoka.org
  • Programa Escolas Transformadoras: escolastransformadoras.org.br
  • Série “Corações e Mentes: Escolas que Transformam”: www.videocamp.com/pt/playlists/coracoes-e-mentes-escolas-que-transformam  
  • Movimento de Inovação na Educação: movinovacaonaeducacao.org.br

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Todos transformadores

O empreendedorismo social colabora para a formação de jovens protagonistas na renovação e atualização do mundo.

O mundo hoje está em constante e acelerada transformação. Por um lado, está cada dia mais evidente a nossa profunda interdependência. Por outro, as revoluções tecnológicas e das comunicações afetam, como nunca, todas as dimensões de nossas vidas. São os jovens, em especial, que enfrentam o maior desafio face a essas mudanças, pois devem projetar suas vidas justamente nesse momento de transição.

Como podem encontrar soluções para um mundo que parece avançar mais rápido do que a nossa capacidade de responder ao que ele nos demanda? O jeito é fazer com que a quantidade de soluções exceda a quantidade de problemas e isso só é possível se todos nós formos sujeitos de transformação social positiva. Isso significa que precisamos desafiar o paradigma atual que ainda prepara as novas gerações para um mundo hierárquico, vertical, cindido em áreas e departamentos do saber e do fazer e orientado para a satisfação dos desejos e das necessidades individuais imediatos por meio da eficiência na repetição.

É face a essa virada civilizatória que o empreendedorismo social – um campo em construção nos últimos 40 anos – reafirma-se mais forte do que nunca ao atrair a atenção de diversos outros campos, especialmente a educação escolar.

Empreendedorismo social: modo de ser

A Ashoka, que cunhou o termo e ajudou a construir o campo, define o empreendedorismo social considerando os atributos e as qualidades que caracterizam o(a) empreendedor(a) social e sua ideia:

  • Seu perfil ou qualidade empreendedora: uma forte motivação para mover recursos de uma área de baixo para uma área de grande impacto social.
  • Possuir uma ou mais ideias inovadoras: novas abordagens para problemas sociais com o potencial de mudar um ou mais sistemas.
  • Ser criativo: ter a capacidade de solucionar problemas e sempre buscar saídas para obstáculos que encontra pelo caminho.
  • O impacto social de suas ideias: as mudanças sistêmicas resultantes de suas ações.
  • A fibra ética: para que esse impacto seja sempre orientado para o bem comum e alcançado por meios éticos.

Por esse conjunto de critérios já se percebe que o empreendedorismo social não é simplesmente algo que se faz, mas uma maneira de ser e estar no mundo. Por isso, se queremos que os aprendizados do empreendedorismo social contribuam com a educação escolar, precisamos ir muito além das abordagens mais utilitárias que o reduzem a um mero conjunto de conteúdos disciplinares. Ao contrário, é preciso voltar às suas origens: o que contribui para que as pessoas cultivem e desenvolvam as competências e habilidades que associamos ao empreendedor social?

Para responder a essa pergunta, a Ashoka realizou um diagnóstico de sua rede global de mais de 4.000 empreendedores sociais em 91 países. Ao olhar suas biografias, foram analisados os fatores que contribuíram para que eles, desde cedo, se dedicassem para o bem comum de maneira empreendedora. Dentre estes, cerca de 800 atuam diretamente com crianças e jovens e têm como objetivo principal contribuir para seu protagonismo social. Por isso também foram analisadas as suas estratégias e metodologias para compreender os principais fatores que contribuem para o sucesso de suas empreitadas.

01 – Desse estudo se pode observar quatro modos ou condições de existência dos empreendedores sociais:

  • Compreender a si mesmo: cultivar a consciência de suas paixões, motivações, habilidades e limitações, combinadas com o compromisso de trabalhar para melhorar a si mesmo.
  • Criar senso de propósito e autopermissão: desenvolver uma compreensão da mudança que se deseja ver no mundo e se permitir correr riscos para persegui-la.

02 – Modos de conhecer

  • Ler o mundo e compreender o campo social: saber como a transformação social acontece, conhecendo os principais caminhos para a mudança estrutural e sistêmica.
  • Conhecer a comunidade através do engajamento: criar relações horizontais com a comunidade e público para conhecer seus desafios e suas fortalezas.

03 – Modos de pensar

  • Pensar de maneira sistêmica: cultivar a capacidade de analisar um problema de maneira sistêmica e aprender a criar hipóteses sobre o que seria necessário para transformá-lo.
  • Definir problemas, projetar soluções: ser capaz de definir um problema e projetar uma solução que leve em consideração consequências intencionais e não intencionais.
  • Pensar criativamente: desafiar o pensamento para além do imediatismo do desafio em questão para visualizar o mundo como ele deveria ser.
  • Pensar com foco nos resultados: aprender a alinhar atividades e táticas com resultados mensuráveis a curto e longo prazo e traçar caminhos para o sucesso.

04 – Modos de conviver

  • Comunicar de forma clara e convincente: ser capaz de criar e comunicar novas narrativas ou paradigmas que anunciem as potências das novas soluções e mobilizem as pessoas.
  • Construir alianças e equipes: ser capaz de estabelecer conexões com colegas e equipes para formar arranjos transformadores capazes de aumentar o impacto social das soluções.

“Uma escola que garante diversos tipos de aprendizados contribui para os projetos de vida ao conectar aquilo que o mundo espera de nós com as nossas próprias potências e capacidades.

Educação transformadora

É o conjunto desses quatro modos que leva, finalmente, às formas de fazer que caracterizam o empreendedorismo social. Estes dependem de pelo menos quatro competências de uma educação transformadora:

  • Empatia: é a capacidade de conhecer seus próprios sentimentos e ideias, conhecer os sentimentos e ideias dos outros e, mais que isso, conectar-se com eles, saindo do eu para, a partir de outros olhares, adentrar uma visão mais abrangente e profunda do mundo. Só através dessa capacidade de estar verdadeiramente aberto àquilo que o outro apresenta, o indivíduo estará apto a refinar sua capacidade analítica, compreendendo diferentes contextos e, com isso, contribuir na busca por transformar o mundo.
  • Criatividade: apostar na força da criatividade é reconhecer os estudantes como sujeitos ativos de suas próprias aprendizagens, uma vez que só se aprende na interação com o mundo natural, social e cultural, na produção de conhecimento e cultura e não na assimilação e reprodução de conteúdos previamente elaborados. Além de valorizar a autoria dos estudantes, de estimular diferentes linguagens e formas de expressão, do incentivo para criar soluções novas para problemas, cultivar a criatividade é antes de tudo abrir espaço para o exercício cotidiano da liberdade.
  • Trabalho em equipe com liderança compartilhada: é a capacidade de cooperar e trabalhar em parceria, na diversidade, empreendendo ações conjuntas visando a resultados comuns. Ela se constrói principalmente através da vivência dos estudantes com seus pares, em grupos auto-organizados, em um ambiente democrático e ético, onde todos podem trazer contribuições e aprender juntos em nome do compromisso com o bem comum. As relações entre as pessoas mudaram e os modelos hierárquicos de liderança, marcados tradicionalmente pelo autoritarismo e pela rigidez, não têm mais espaço. A liderança hoje, mais do que nunca, deve ser compartilhada.
  • Protagonismo social: todos somos, em nossa essência, iniciadores. A cada nascimento, ressurge a esperança da renovação e transformação do mundo. Trata-se, portanto, de uma qualidade inerente ao ser humano, mas que deve ser cuidada para que floresça com vigor. Protagonismo social é a capacidade de tomar iniciativas para o bem comum, buscando ativamente engajamento coletivo. O protagonista social é aquele que reconhece sua potência e assume postura ativa nos processos de transformação da realidade, orientando-se para a resolução prática dos problemas.

Uma educação transformadora, portanto, é aquela que entende, cultiva e potencializa essas quatro competências em toda a comunidade escolar. Uma escola que garante as condições para esses tipos de aprendizados contribui para os projetos de vida das juventudes (como preconiza a competência geral 6 da bncc), mas em conexão com aquilo que o mundo espera de nós e a partir das suas próprias potências e capacidade de transformação.

Um mundo de pessoas que transformam

sse processo, tanto para as novas gerações quanto para a comunidade escolar como um todo, só pode ser uma jornada, uma caminhada. Ela parte, como vimos nos modos de existência empreendedora, da construção do “eu” (identidade), passando pelo encontro com o “outro” (alteridade), até chegar ao “nós” (comunidade). Por isso, quando me perguntam como as escolas podem contribuir para um mundo de pessoas que transformam, convido a olhar o aprendizado que vem das comunidades escolares que já fazem parte desse movimento: invariavelmente elas começam com uma jornada de descoberta de todos os membros da comunidade escolar, e especialmente das crianças e jovens, como sujeitos de transformação.

Mas não basta alguém se reconhecer como transformador: é preciso querer transformar o mundo. É o encantamento com o mundo que desperta a vontade de tomá-lo para si, cuidar dele e de tudo que nele existe. As competências transformadoras, combinadas com uma postura afetiva, ética e que coloca a autoria, a criação e a agência dos estudantes em primeiro lugar, ajudam a criar esse senso de responsabilidade pelo mundo e a fazer com que assumam um papel protagonista nas mudanças, renovações e cuidados demandados pelas diferentes realidades de hoje e de amanhã.

Flavio Bassi 

é antropólogo, educador popular e biólogo. Foi fundador e diretor executivo da Ocareté, atuando no campo socioambiental com povos indígenas e comunidades tradicionais, além de diretor regional da Ashoka para o sul da África. Atualmente é vice-presidente da Ashoka na América Latina, onde também dirige a sua estratégia de Infância e Educação.

Para saber mais

  • Ashoka: ashoka.org
  • Programa Escolas Transformadoras: escolastransformadoras.org.br
  • Série “Corações e Mentes: Escolas que Transformam”: www.videocamp.com/pt/playlists/coracoes-e-mentes-escolas-que-transformam  
  • Movimento de Inovação na Educação: movinovacaonaeducacao.org.br

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Artigo
A necessidade de resgatarmos na Educação a comunidade aprendente
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