Data Literacy: a importância do letramento em dados

Data Literacy: a importância do letramento em dados

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Você já ouviu falar na expressão “Data Literacy”? Em português, poderíamos adotar uma tradução livre na forma de “Letramento em Dados”. Em linhas gerais, estamos falando de um conjunto de habilidades que nos ajudam a navegar com sucesso pelo século 21, marcado pelo aumento constante do uso de dados nas mais variadas facetas da vida. Pode parecer exagero, mas já há quem aponte que ser fluente na área dos dados será como dominar uma língua comum, que todos, em qualquer lugar do mundo, deverão aprender para tomar decisões bem fundamentadas ou ter margem competitiva no mercado de trabalho.

Há várias analogias possíveis para pensarmos sobre esse assunto. Uma delas, é se lembrar de quando costumávamos ser abordados com certa frequência para respondermos pesquisas sistematizadas em torno do bom e velho formulário de papel. Outra é a de pensarmos no Censo, levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que mapeia questões-chave para a sociedade brasileira. Podemos analisar práticas de sala de aula como ferramentas de coleta e tratamento de dados? Sem dúvidas! Das enquetes mais corriqueiras aos simulados pré-vestibular, existem vários caminhos para que a gente possa entender como já estamos imersos, mesmo sem saber, no universo atrelado ao conceito de Data Literacy.

O que temos hoje é um ganho de robustez no campo da Letramento de Dados, uma conquista possível graças ao avanço e popularização das mais variadas tecnologias. O que antes era feito apenas por institutos de pesquisa pode ser executado, em menor escala, por meio de ferramentas gratuitas acopladas às redes sociais, por exemplo. No ambiente da educação, há quem faça um ótimo uso de ambientes digitais e de gadgets – como tablets – para otimizar o fluxo que se inicia na coleta e termina na interpretação dos dados. No campo mais tech, há quem aplique linguagens como a Python (linguagem utilizada para programação e amplamente usada na web) para criar dashboards alimentados em tempo real para as mais variadas finalidades.

Desde o surgimento da internet, muito do nosso comportamento cotidiano é transformado em dados de maneira automática, como o armazenamento de fotos na nuvem, por exemplo, o que deve ganhar uma dimensão ainda desconhecida com o avanço do 5G, da Internet das Coisas e da Inteligência Artificial. Tudo isso torna necessário uma compreensão minimamente mais aprofundada do universo dos dados.

E um bom primeiro passo é se ambientar! Por exemplo, você sabia que segundo o estudo britânico Creating an Understanding of Data Literacy for a Data-driven Society (Criando uma Compreensão da Alfabetização de Dados para uma Sociedade Orientada a Dados), de 2016, existem quatro níveis de habilidades no uso de dados? A gradação leva em conta desde cidadãos comuns com bons conhecimentos até o cientista de dados. Vejamos o que já nos apontava esse estudo!

• Comunicadores: compreendem dados e contam narrativas a partir deles, para que outras pessoas formem suas conclusões.

• Leitores: aqueles que sabem ler e interpretar dados.

• Criadores: usam suas habilidades em leitura e interpretação de dados para criar soluções para problemas da sociedade.

• Cientistas: combinam habilidades técnicas em dados com habilidades de comunicação e domínio aprofundado no manejo de dados.

De olho no que falamos até aqui, quais ideias surgem quando você pensa no seu dia a dia e na realidade das escolas? Por exemplo: o que poderíamos aprender ao compilarmos e avaliarmos as notas dos alunos em uma dada disciplina no decorrer da última década? Será que isso nos diria mais se cruzássemos este levantamento com as mudanças nas diretrizes que norteiam a Educação no país? Quais ferramentas digitais poderíamos utilizar para realizar tal levantamento? Como apresentaríamos os dados de maneira interessante, inclusive do ponto de vista visual? Tal qual em outras áreas da contemporaneidade, para cada pergunta há inúmeras respostas, de modo que o mais importante, talvez, seja aguçar a curiosidade e tomar gosto por perguntar! Afinal, de acordo com o interesse pessoal e os recursos à disposição é possível encontrar as mais variadas saídas e, também, os mais variados pontos de partida.

O interessante é notar que na Era dos Dados eles passam a ocupar um lugar cada vez mais central para as nossas práticas. O “achismo” pode, enfim, dar lugar ao surgimento de insights devidamente baseados em dados concretos. Porém, ao contrário do que pode parecer, o universo dos dados oferece amplo espaço para a criatividade e o debate. Sendo assim, é como se tivéssemos o ferramental necessário para boas fotografias, mas como iremos utilizá-lo e o que faremos com as fotografias está em aberto. Compreender, por exemplo, que, historicamente, um determinado mês é o que mais concentra a falta dos alunos só ganha sentido quando a escola toma uma iniciativa para sanar esse ponto. De alguma forma, trata-se de um desdobramento mais potente do movimento que nos tirou das bibliotecas e nos levou para as ferramentas de busca digital. Agora, é como se pudéssemos nos transformar em agentes de investigação, aplicando técnicas e instrumentos para descobrir se nossas hipóteses para compreender a realidade fazem sentido. Sim: estamos melhor equipados para perguntar, obter respostas e dar passos com base no que foi apurado.

Trazer a discussão sobre os dados para a escola é o primeiro passo para entender como a instituição vai interagir com seus profissionais, seus alunos, as famílias e os responsáveis para executar ciclos que envolvem a coleta, o tratamento, a interpretação e a análise dos dados. Nesse sentido, é possível, por exemplo, nomear embaixadores de dados, que vão liderar os processos e criar conexões com especialistas no assunto, promovendo intercâmbios e aprendizados.

Seja qual for o caminho, o importante é não ficar parado. O letramento em dados pode parecer complicado em um primeiro momento, mas, além de necessário, tem se tornado cada vez mais acessível. Saber ler e interpretar dados vai desde ajudar você a compreender como instituições públicas e privadas usam suas informações pessoais, passando por melhorar sua tomada de decisão de compras e indo até aprender a identificar fake news. Vai além do essencial: o conhecimento em dados é capaz de formar cidadãos mais conscientes e, consequentemente, mais livres.

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Teorias, abordagens e metodologias de ensino. Vamos conhecer cada uma delas?

Teorias, abordagens e metodologias de ensino. Vamos conhecer cada uma delas?

professor ao lado de projetor leciona aula de inglês para plateia de crianças

Você já se perguntou como as escolas escolhem as melhores formas de ensinar seus alunos? Essa escolha envolve uma série de elementos, que precisam ser levados em conta, como as concepções de ensino e aprendizagem, teorias de desenvolvimento, abordagens inspiracionais ao de todo o mundo e metodologias que norteiam as práticas cotidianas. 

Existem vários tipos de metodologias de ensino, teorias e abordagens, cada uma com suas vantagens e desafios. Saber definir a pedagogia da escola é essencial, pois é isso que irá direcionar o currículo, o plano de ensino e guiar os professores na rotina em sala de aula.

Neste artigo, vamos conhecer algumas das principais metodologias, abordagens e teorias e como elas podem ser aplicadas na sua sala de aula. 

Continue acompanhando e aprenda tudo sobre o assunto!

Definição de teoria, metodologia de ensino e abordagem pedagógica

grupo de alunos diversos conversam entre si

Uma teoria é um conjunto de ideias que procura transmitir uma noção geral de alguns aspectos da realidade. Ela se desenvolve por meio de estudos, experimentações e observações.

Uma metodologia de ensino é uma forma de organizar e conduzir o processo de ensino e aprendizagem. Existem diferentes tipos de metodologias de ensino, cada uma com suas características. 

Algumas metodologias são mais centradas no conteúdo, outras no professor, outras no aluno ou no processo como um todo. O intuito de cada método é facilitar o aprendizado dos alunos, respeitando suas necessidades, interesses e potencialidades.

As abordagens pedagógicas se apoiam em práticas de comunidades escolares e em pensamentos de teóricos da Educação. Não pressupõe um método específico ou procedimentos replicáveis, mas servem de inspiração para personalizar o ensino, em favor da aprendizagem e do desenvolvimento.

Vamos aplicar o conhecimento?

professora sorri enquanto alunos levantam a mão para pergunta em sala de aula

Antes de tudo, é válido ressaltar que cada escola deve escolher a prática que melhor atenda às necessidades de sua comunidade escolar e que esteja de acordo com sua proposta pedagógica. 

Metodologia de ensino Tradicional

A metodologia de ensino tradicional é uma das mais antigas e comuns na educação. Ela se baseia na ideia de que o professor é o responsável por transmitir o conhecimento aos alunos, que devem recebê-lo de forma passiva e memorizá-lo. 

As aulas são expositivas, com foco nos conteúdos científicos já consolidados, e as avaliações são feitas para medir o quanto os alunos conseguiram reter as informações. 

Esse método surgiu no século XIX, com o objetivo de universalizar a educação e preparar os cidadãos para o convívio social e o mercado de trabalho. No entanto, ele recebe críticas por ser rígido, descontextualizado e desestimulante para os alunos.

Sociointeracionista

O Sociointeracionista é uma teoria desenvolvida por Lev Vygotsky, um psicólogo que acreditava que o aprendizado é uma conquista conjunta, baseada nas experiências individuais e coletivas. A abordagem pedagógica que se baseia na teoria de Vygotsky valoriza a interação entre os alunos e o meio social como forma de construir o conhecimento.

Nesse modelo, o professor tem o papel de motivar e orientar os alunos, respeitando suas particularidades e interesses. As atividades em equipe são importantes para aproximar os alunos de seus colegas e desenvolver habilidades socioemocionais

A metodologia sociointeracionista também busca relacionar os conteúdos teóricos com a vida cotidiana das crianças, tornando o ensino mais dinâmico e atrativo.

Construtivismo

Você já se perguntou como as crianças aprendem? Será que elas apenas recebem e memorizam as informações que os professores transmitem? Ou será que elas são capazes de construir o seu próprio conhecimento a partir da interação com o mundo? 

Essas são algumas das questões que o psicólogo suíço Jean Piaget tentou responder com a sua teoria do construtivismo. Segundo ele, o aprendizado é um processo dinâmico e ativo, no qual as crianças passam por diferentes estágios de desenvolvimento cognitivo e vão assimilando e transformando as informações que recebem. 

O papel do professor, nesse contexto, é de orientar e estimular os alunos a explorarem os problemas, formularem hipóteses e buscarem soluções. O construtivismo aplicado nas escolas tem, como principal objetivo, incentivar o desenvolvimento do senso crítico, do pensamento lógico e da autonomia do indivíduo.

Metodologia de ensino Montessori

O método Montessori foi criado pela médica e pedagoga italiana Maria Montessori no início do século XX, com base na observação das necessidades e interesses das crianças em diferentes estágios de desenvolvimento. 

O objetivo dessa metodologia é estimular a autonomia, a criatividade, a autoconfiança e o respeito pela individualidade das crianças, oferecendo um ambiente preparado com materiais e atividades adequados para cada faixa etária. 

O papel do professor é o de mediador e facilitador do aprendizado, respeitando o ritmo e as escolhas de cada aluno. A metodologia Montessori se baseia em 6 princípios: 

  1. Autoeducação;
  2. Educação como ciência
  3. Educação cósmica;
  4. Ambiente preparado; 
  5. Adulto preparado;
  6. Criança equilibrada. 

Esses princípios visam formar as crianças para a vida, desenvolvendo suas competências sociais, emocionais e intelectuais. Alguns benefícios da Montessori são: 

  • desenvolvimento da coordenação motora e das habilidades cognitivas;
  • estímulo à resolução de problemas e conflitos;
  • promoção da boa autoestima e do controle da ansiedade;
  • aumento da sensibilidade e do senso de comunidade. 

Por esses motivos, a metodologia Montessori é considerada uma Pedagogia inovadora e eficaz para a educação infantil, sendo adotada em diversas escolas pelo mundo.

Abordagem de Reggio Emilia

A abordagem de Reggio Emilia surgiu nesta cidade italiana após a Segunda Guerra Mundial, valoriza o protagonismo, a criatividade e a cooperação das crianças. Ela se baseia em alguns princípios, como:

  • criança como protagonista, investigadora e comunicadora;
  • professor como parceiro, guia, pesquisador e aprendiz;
  • arte como linguagem expressiva;
  • cooperação como base do sistema educacional;
  • ambiente como o terceiro professor;
  • pais como parceiros no processo de ensino-aprendizagem;
  • uso da documentação pedagógica — registro de experiências com textos, imagens e objetos.

Essa abordagem reconhece as “cem linguagens” da criança, ou seja, as diferentes formas de se expressar, aprender e interagir com o mundo. Ela também utiliza a metodologia de projetos para explorar os interesses e as curiosidades das crianças. 

A proposta pedagógica de Reggio Emilia é considerada uma forma de inovar na educação infantil e pode inspirar práticas em outras etapas da educação.

Pedagogia Waldorf

A Pedagogia Waldorf é uma abordagem pedagógica que busca desenvolver o ser humano em seus aspectos físico, espiritual e mental. Ela foi desenvolvida por Rudolf Steiner, um filósofo austríaco que nasceu na região onde hoje se encontra a Croácia e defendia a importância de combinar a razão e a espiritualidade. 

A abordagem se baseia na Antroposofia, uma doutrina filosófica que estuda o homem como um ser sábio. A Pedagogia Waldorf valoriza as atividades artísticas, lúdicas e manuais como formas de estimular a criatividade, a sensibilidade e a autonomia dos alunos.

Além disso, respeita o ritmo biológico e as necessidades de aprendizagem de cada fase da vida, dividindo o ensino em ciclos de sete anos. O objetivo é formar indivíduos capazes de pensar criticamente e agir com iniciativa no mundo.

Pedagogia Freiriana

A pedagogia freiriana é uma proposta pedagógica desenvolvida pelo educador e filósofo brasileiro Paulo Freire, que tem como base o diálogo e a valorização da realidade e da experiência dos estudantes. 

O objetivo é promover uma educação crítica, libertadora e transformadora, que respeite a diversidade e a autonomia dos sujeitos. O professor é um mediador do processo de aprendizagem, que estimula os alunos a refletirem sobre os temas geradores relacionados ao seu contexto social e cultural. 

Essa concepção é aplicada inicialmente na alfabetização de adultos, mas pode ser adaptada para diferentes níveis e modalidades de ensino.

Abordagem Pikler

A abordagem Pikler visa o desenvolvimento saudável e autônomo de bebês e crianças pequenas, com até 3 anos de idade. Ela foi desenvolvida pela pediatra húngara Emmi Pikler, que observou e respeitou o tempo e o movimento livre dos seus filhos e das crianças de quem cuidou em um orfanato. 

A abordagem Pikler valoriza o vínculo afetivo entre a criança e o adulto cuidador, a individualidade e sua liberdade para explorar o ambiente e o seu próprio corpo, sem intervenções ou pressões externas. Sugere, também, práticas de cuidados na rotina diária que favorecem a confiança e a segurança da criança.

Abordagem How-to-Live

A abordagem How-to-Live visa desenvolver as habilidades e qualidades dos alunos para viverem de forma plena e harmoniosa. 

Ela se baseia nos princípios da filosofia de vida do mestre indiano Paramahansa Yogananda, que ensinou como integrar a ciência, a arte, a religião e a ética na vida cotidiana. O objetivo é formar cidadãos conscientes, criativos e compassivos, capazes de contribuir para o bem-estar pessoal e coletivo.

Sua importância na educação

alunos prestam atenção em professora sentada enquanto ela lê.

As teorias, abordagens e metodologias de ensino ajudam a organizar e conduzir o processo de ensino-aprendizagem, buscam transmitir uma noção geral de alguns aspectos da realidade, além de servirem como inspiração para personalizar o ensino em prol da aprendizagem e desenvolvimento. 

Elas são importantes para orientar a rotina em sala de aula —definir os objetivos, os conteúdos, as estratégias e as avaliações de cada área do conhecimento. Além disso, elas permitem que os alunos sejam mais ativos, criativos e críticos na construção do seu saber. 

As metodologias de ensino podem ser tradicionais, como aulas expositivas e provas, ou mais inovadoras, como as metodologias ativas. Cada uma tem diferentes aplicações, dependendo do contexto escolar de cada instituição.

Conclusão

Neste conteúdo, pudemos conhecer mais sobre as teorias, abordagens e metodologias que ajudam a organizar e conduzir os processos de ensino e aprendizagem.

A escolha da escola impacta diretamente na aprendizagem dos alunos, e pudemos ver que existem diversas linhas de pensamento que foram criadas ao longo do tempo. 

Assim, a instituição que souber qual delas é a mais adequada para sua realidade escolar consegue se diferenciar no mercado e proporcionar um ensino de qualidade para suas crianças, jovens e adultos. 

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Planejamento do Ensino: aprenda como fazer e quais as principais etapas

Planejamento do Ensino: aprenda como fazer e quais as principais etapas

Foto de mulher realizando planejamento de ensino.

O planejamento do ensino é uma atividade fundamental para qualquer professor que deseja oferecer uma educação de qualidade aos seus alunos. Ele consiste em definir os objetivos, os conteúdos, as metodologias, as avaliações e as ações pedagógicas que serão desenvolvidas ao longo de um período letivo. 

É por meio dele que o professor consegue organizar o seu trabalho, prever as dificuldades, selecionar os recursos didáticos, adequar o currículo à realidade dos alunos e avaliar os resultados alcançados. Neste artigo, vamos apresentar as principais etapas do planejamento do ensino e dar algumas dicas de como realizá-lo de forma eficiente e eficaz. Confira!

O que é o planejamento do ensino?

Conforme explicamos inicialmente, o planejamento do ensino é um processo que envolve a definição de objetivos, conteúdos, metodologias e avaliações de uma ação educativa. Ele visa orientar o trabalho do professor e dos alunos, de forma a garantir a qualidade e a eficácia do processo de ensino-aprendizagem. 

Esse planejamento pode ser realizado em diferentes níveis: anual, bimestral, mensal ou diário. Cada nível de planejamento tem uma função e um grau de detalhamento específicos, mas todos devem estar articulados entre si e com o projeto político-pedagógico da instituição de ensino. 

Trata-se de uma atividade dinâmica e flexível, que deve ser constantemente revisada e ajustada de acordo com as necessidades e os interesses dos alunos, as condições e os recursos disponíveis, e os resultados obtidos.

Planejamento segundo a BNCC

De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o planejamento deve ser orientado pelas competências gerais e específicas de cada área de conhecimento e componente curricular, bem como pelos direitos de aprendizagem e desenvolvimento dos estudantes.

A BNCC é um documento normativo que estabelece as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo da educação básica, desde a educação infantil até o ensino médio. 

Ela é organizada por áreas de conhecimento (linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas) e por componentes curriculares (língua portuguesa, arte, educação física, matemática, ciências, história, geografia, ensino religioso e língua estrangeira).

Portanto, o planejamento segundo a BNCC deve considerar os seguintes aspectos:

  • contextualização dos conteúdos, levando em conta as características e as necessidades dos alunos, da escola e da comunidade;
  • articulação entre os diferentes componentes curriculares, promovendo a interdisciplinaridade e a transversalidade dos temas;
  • diversificação das metodologias e das atividades, estimulando a participação ativa, a autonomia e a criatividade dos alunos;
  • avaliação como um processo contínuo e formativo, que acompanha o desenvolvimento dos alunos e orienta as intervenções pedagógicas;
  • flexibilização do tempo e do espaço, adequando-os às demandas e aos interesses dos alunos;
  • integração entre as diferentes modalidades de ensino (presencial, híbrido ou remoto), utilizando as tecnologias digitais como recursos pedagógicos.

Elaborar um planejamento de acordo com a BNCC é um desafio e uma oportunidade para os professores repensarem suas práticas pedagógicas e buscarem uma educação mais significativa, inclusiva e democrática para os seus alunos.

Qual a importância do planejamento do ensino?

Foto de educadores conversando.O planejamento do ensino é uma atividade fundamental para o desenvolvimento da prática educativa, pois permite definir os objetivos, os conteúdos, as metodologias, as estratégias e os recursos didáticos que serão utilizados no processo de ensino-aprendizagem. Ele também possibilita a organização do tempo e do espaço pedagógico, a avaliação dos resultados e a reflexão sobre as ações realizadas.

O planejamento contribui para a qualidade da educação, pois favorece a articulação entre os diferentes níveis e modalidades de ensino, a integração entre as áreas de conhecimento, a interdisciplinaridade e a contextualização dos saberes. Além disso, estimula a participação dos professores, dos alunos e da comunidade escolar na construção coletiva do Projeto Político-Pedagógico (PPP) da escola.

Funciona como um instrumento de trabalho que orienta o professor na sua prática docente, mas que não deve ser visto como algo rígido e imutável. Pelo contrário; deve ser flexível e dinâmico, capaz de se adaptar às necessidades e aos interesses dos alunos, às demandas da sociedade e às mudanças da realidade educacional.

Qual é o objetivo do planejamento do ensino?

O objetivo do planejamento do ensino é orientar o professor na condução das atividades pedagógicas, de forma a garantir a coerência, a eficiência e a eficácia do trabalho educativo. 

Seu intuito é atender às necessidades e aos interesses dos alunos, respeitando suas características, ritmos e estilos de aprendizagem. Assim, ele contribui para a articulação entre os diferentes componentes curriculares e para a integração entre a teoria e a prática no processo educativo.

Como fazer planejamento do ensino?

Foto de educadoras realizando planejamento de ensino.

O planejamento deve ser feito de forma participativa e colaborativa, envolvendo todos os sujeitos envolvidos no processo educativo: gestores, professores, alunos e comunidade. O documento precisa ser flexível e dinâmico, permitindo ajustes e revisões ao longo do ano letivo. 

Também é importante que ele seja coerente com a realidade dos alunos e com as demandas sociais e culturais. Além disso, deve ser avaliado constantemente, verificando se os objetivos foram alcançados e se houve aprendizagem significativa. Em suma, as principais características de um planejamento de qualidade são:

  • clareza: deve ser claro e preciso na definição dos objetivos de aprendizagem, dos conteúdos a serem abordados, das estratégias de ensino e das formas de avaliação. Precisa evitar ambiguidades, redundâncias e termos técnicos desnecessários;
  • coerência: deve ser coerente com o projeto pedagógico do curso, com as diretrizes da BNCC (uma exigência da atualidade) e com as expectativas dos alunos. É necessário estabelecer uma relação lógica entre os objetivos, os conteúdos, as metodologias e as avaliações propostas;
  • relevância: deve ser relevante para a formação dos alunos, para a área de conhecimento da disciplina e para a realidade social. Envolve selecionar conteúdos significativos, atualizados e contextualizados, que contribuam para o desenvolvimento de competências e habilidades dos alunos;
  • flexibilidade: deve ser flexível para permitir ajustes e adaptações ao longo do semestre, de acordo com as necessidades e os interesses dos alunos, do professor e da instituição. Precisa prever momentos de revisão, recuperação e aprofundamento dos conteúdos, bem como atividades diversificadas e interdisciplinares;
  • participação: deve ser elaborado com a participação dos alunos, do professor e da coordenação do curso. É importante que seja discutido e negociado com os envolvidos no processo educativo, buscando atender às demandas e às sugestões de todos. Por fim, é necessário divulgá-lo e socializá-lo com a comunidade escolar.

Quais as etapas do planejamento do ensino?

Foto de pedagogos trabalhando.

Você já entendeu que o planejamento é uma atividade essencial para o trabalho docente, pois permite definir os objetivos, os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação de cada disciplina ou curso. Normalmente, ele envolve três etapas principais: o diagnóstico, a programação e a execução.

Diagnóstico 

Consiste em identificar as características dos alunos, as necessidades de aprendizagem, os pré-requisitos e as dificuldades que podem interferir no processo educativo. O diagnóstico também envolve a análise do contexto social, cultural e institucional em que o ensino se desenvolve.

Programação 

Resume-se a elaborar um plano de ensino que contemple os objetivos gerais e específicos da disciplina ou curso, os conteúdos a serem abordados, as estratégias didáticas a serem utilizadas, os recursos materiais e tecnológicos disponíveis e os critérios e instrumentos de avaliação da aprendizagem.

Esses objetivos e conteúdos devem ser articulados, pois relacionam-se entre si. Os conteúdos se agrupam em conceituais, procedimentais e atitudinais, ou seja, o que os alunos devem saber, fazer e ser:

  • Conceituais: aprender a conhecer (conhecimento e diferenciação entre conceitos, informações, princípios, etc), compreender, analisar, refletir, comparar, entre outros;
  • Procedimental: aprender a fazer (o aluno experimenta, realiza ações na busca do conhecimento), escrever, ler, desenhar, usar técnicas, entre outros;
  • Atitudinal: aprender a ser (relacionados aos comportamentos esperados dos alunos), cooperar, ser solidário, respeitar, etc.

Execução 

Envolve colocar em prática o plano de ensino, seguindo as orientações previstas na programação. A execução também envolve o acompanhamento e a orientação dos alunos, a realização das atividades propostas, a verificação da aprendizagem e a revisão do plano de ensino sempre que necessário.

Avaliação

Exige verificar o grau de alcance dos objetivos propostos, ou seja, o que os alunos efetivamente aprenderam. A avaliação deve ser contínua, formativa e diagnóstica, utilizando diferentes instrumentos e critérios. Ela deve servir como feedback para o professor e para os alunos, permitindo a revisão e o aprimoramento do planejamento do ensino.

Quais os principais desafios na implementação do planejamento de ensino?

Os maiores desafios na implantação do planejamento de ensino são:

  • adequação do currículo às necessidades e interesses dos alunos, considerando as diversidades culturais, sociais e individuais;
  • articulação entre os objetivos, os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação, buscando a coerência e a integração entre as diferentes áreas do conhecimento;
  • participação efetiva dos professores, dos alunos e da comunidade escolar na elaboração, na execução e na revisão do planejamento de ensino, favorecendo o diálogo e a construção coletiva;
  • flexibilidade e a criatividade para adaptar o planejamento de ensino às situações imprevistas, aos problemas emergentes e às novas demandas educacionais;
  • atualização constante dos professores em relação aos avanços científicos, tecnológicos e pedagógicos, bem como às políticas educacionais vigentes;
  • utilização de recursos didáticos variados e adequados aos objetivos e aos conteúdos propostos, estimulando a curiosidade, a investigação e a autonomia dos alunos;
  • avaliação contínua e formativa do processo de ensino-aprendizagem, visando à melhoria da qualidade educacional e ao desenvolvimento integral dos alunos.

Conclusão

Neste artigo, você viu que o planejamento do ensino é um processo dinâmico e contínuo, que requer reflexão, pesquisa, diálogo e criatividade dos professores. Ele é essencial para garantir um ensino de qualidade, interessante e eficaz para os alunos. Além disso, ele contribui para a organização, a autonomia e a satisfação dos professores em sua prática docente.

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Dia do coordenador pedagógico: conheça mais sobre a importância dessa data!

Dia do coordenador pedagógico: conheça mais sobre a importância dessa data!

coordenadora pedagógica auxilia um estudante infantil a manusear um tablet.

O Dia do Coordenador Pedagógico é comemorado em 22 de agosto no Brasil. Essa data é uma oportunidade de reconhecer e valorizar o trabalho desse profissional que tem um papel fundamental na educação. 

Mas você sabe o que faz um coordenador pedagógico e por que ele é tão importante? Neste texto, vamos explicar as principais funções, desafios e competências desse profissional, além de dar algumas dicas de como homenageá-lo nesse dia especial. Acompanhe!

Como surgiu o Dia do Coordenador Pedagógico?

Conforme mencionamos inicialmente, o Dia do Coordenador Pedagógico é comemorado em 22 de agosto e homenageia esse profissional que tem um papel indispensável nas instituições de ensino. 

O coordenador é responsável por promover a integração de todos os agentes da comunidade escolar, planejar e implementar o projeto político-pedagógico, orientar e apoiar os professores e acompanhar o processo de ensino-aprendizagem dos alunos.

A função de coordenador pedagógico é relativamente nova e se originou na transição da década de 70 para 80, substituindo a antiga supervisão escolar, que tinha um caráter fiscalizador e controlador. 

Com as transformações políticas e educacionais do país, o coordenador pedagógico passou a assumir uma postura mais colaborativa e participativa, buscando o aperfeiçoamento constante das práticas pedagógicas e a qualidade da educação.

Esse profissional é, portanto, essencial para o desenvolvimento da escola e para a formação dos estudantes. Sua atuação requer competências técnicas, éticas e humanas, além de uma visão ampla e crítica da realidade educacional. 

Por isso, nessa data comemorativa, é importante reconhecer e valorizar o trabalho desse profissional que faz a diferença na educação.

Qual é a função do coordenador pedagógico?

coordenador pedagógico de pé orienta grupo de estudantes sentados em sala de aula.A função do coordenador consiste em garantir o bom funcionamento de uma instituição de ensino. Ele é responsável por articular e orientar o trabalho pedagógico, garantindo a qualidade do ensino e da aprendizagem dos alunos. 

Além disso, atua como um mediador entre as diferentes partes envolvidas no processo educativo, como a direção, os professores, os estudantes e as famílias. Outras de suas atribuições são:

  • acompanhar e apoiar os professores em sala de aula, oferecendo feedbacks construtivos e sugestões de melhoria;
  • promover a formação continuada dos docentes, incentivando o trabalho coletivo e interdisciplinar;
  • revisar e debater o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola, buscando alinhar os objetivos e as práticas pedagógicas;
  • organizar e gerir os registros das atividades escolares, como os portfólios dos alunos, os cadernos de chamada, as atas de reuniões etc.;
  • estabelecer e manter uma comunicação efetiva com as famílias dos alunos, atendendo às suas demandas e esclarecendo suas dúvidas;
  • liderar e motivar a equipe escolar, utilizando o diálogo como ferramenta para a resolução de conflitos e a busca de soluções.

Importância do coordenador pedagógico

O Dia do Coordenador Pedagógico é uma excelente oportunidade para ressaltar a importância desse profissional na educação. 

Além de guiar o trabalho pedagógico e orientar os alunos no processo de aprendizagem, ele atua como articulador entre os diferentes atores da comunidade escolar, como professores, diretores, pais e alunos, buscando promover uma comunicação efetiva e uma participação democrática.

Deve ainda estimular o trabalho coletivo e interdisciplinar entre os professores, favorecendo a troca de experiências e a construção de conhecimentos. Assim, a importância do coordenador pedagógico na escola é inquestionável. Trata-se do agente transformador que contribui para a melhoria contínua da educação e para a realização da missão e dos objetivos da escola.

Qual é a rotina do coordenador pedagógico?

duas coordenadoras pedagógicas negras conversam sentadas em uma sala.A rotina do coordenador pedagógico é bastante diversificada e desafiadora, pois envolve diversas funções e atribuições relacionadas à gestão escolar e ao apoio pedagógico. Algumas das principais atividades que fazem parte do dia a dia desse profissional são:

  • manter os docentes atualizados e capacitados sobre as metodologias, os conteúdos e as avaliações de ensino;
  • analisar, adaptar e acompanhar a aplicação do projeto de ensino, do PPP e dos demais documentos norteadores da escola;
  • estimular os alunos e professores a participarem das atividades escolares e a buscarem o aprimoramento contínuo;
  • oferecer apoio aos docentes em relação às dificuldades de aprendizagem dos alunos, às demandas das famílias e às questões disciplinares;
  • unificar a comunicação entre os membros da comunidade escolar, como direção, professores, alunos, pais e funcionários;
  • apresentar tecnologias e metodologias educacionais novas para enriquecer o processo de ensino e aprendizagem;
  • Ser uma figura de referência para a comunidade escolar, orientando sobre as normas, os valores e os objetivos da instituição de ensino;
  • organizar registros de todas as atividades pedagógicas realizadas na escola, como pautas de reuniões, portfólios de alunos, diários de classe, planejamentos de aula, relatórios de conselhos de classe, tabulações de avaliações e observações de aulas;
  • dar feedbacks construtivos aos professores sobre o seu desempenho em sala de aula e sugerir melhorias.

Que formação precisa ter para ser coordenador pedagógico?

Para ser coordenador pedagógico, é preciso ter uma formação que o habilite a exercer o papel de mediador entre os professores, os alunos e a comunidade escolar. Também é necessário ter conhecimento sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e sobre as competências e habilidades que devem ser desenvolvidas pelos estudantes ao longo da Educação Básica.

Nesse sentido, os profissionais vêm do curso de Pedagogia ou de alguma licenciatura. No entanto, apenas a graduação não é suficiente para garantir uma atuação eficiente na coordenação pedagógica. 

É recomendável que o coordenador pedagógico busque uma especialização na área, como uma pós-graduação ou um curso de extensão, para se atualizar sobre as novas tendências e metodologias da educação.

Quanto ao perfil de um bom coordenador pedagógico, é imprescindível ter habilidades de liderança, comunicação, organização e criatividade. Precisa estar aberto ao diálogo e à colaboração com os demais profissionais da educação e com as famílias dos alunos.

Principais desafios da coordenação pedagógica

Ser coordenador pedagógico é um desafio que exige dedicação e compromisso pela educação. É um cargo que pode trazer muitas satisfações pessoais e profissionais, mas também envolve muitas dificuldades e conflitos. 

Por isso, é importante que o coordenador tenha uma formação sólida e atualizada, que o prepare para enfrentar os desafios da educação no século XXI:

  • articular a proposta pedagógica da escola com as diretrizes curriculares nacionais e estaduais, garantindo a coerência e a relevância dos conteúdos e metodologias adotados pelos professores em sala de aula;
  • promover a formação continuada dos professores, oferecendo oportunidades de reflexão, atualização e aprofundamento dos conhecimentos teóricos e práticos relacionados à sua área de atuação;
  • acompanhar e avaliar o trabalho pedagógico dos professores, orientando-os na elaboração de planos de ensino, na seleção de recursos didáticos, na aplicação de estratégias de avaliação e na intervenção pedagógica diante das dificuldades de aprendizagem dos alunos;
  • estabelecer uma comunicação efetiva com os gestores escolares, os pais e os alunos, buscando construir uma relação de confiança, respeito e parceria entre todos os envolvidos no processo educativo;
  • desenvolver ações que favoreçam o clima escolar, a integração da equipe pedagógica, a participação da comunidade escolar e a valorização da diversidade cultural e social presente na escola.

Quais são os três princípios de um coordenador pedagógico?

coordenador pedagógico ajuda estudante juvenil a manusear um notebook.No Dia do Coordenador Pedagógico, devemos celebrar o quão indispensável esse profissional é para manter a qualidade do ensino nas escolas brasileiras. Segundo o guia do coordenador pedagógico, esses são os 3 princípios que devem nortear a sua atuação:

  1. Ser formador de opinião: o coordenador pedagógico deve ter uma postura crítica e questionadora, capaz de estimular o desenvolvimento dos professores e dos alunos, bem como de contribuir para a construção do projeto político pedagógico da escola;
  2. Ser articulador: o coordenador pedagógico deve ser um facilitador da comunicação entre os diferentes atores envolvidos no processo educativo, como direção, professores, alunos, pais e comunidade. Ele deve promover o trabalho coletivo e a integração das diversas áreas do conhecimento;
  3. Ser transformador: o coordenador pedagógico deve ter como objetivo principal fazer com que o aluno aprenda da melhor forma, com o suporte adequado. Ele deve avaliar os resultados de aprendizagem dos alunos e buscar soluções para os possíveis problemas. Ele deve também incentivar a inovação e a criatividade nas práticas pedagógicas.

Esses três princípios devem orientar a rotina e a prática do coordenador pedagógico, que envolve diversas tarefas administrativas, pedagógicas e relacionais.

Comemoração do Dia do Coordenador Pedagógico

foto de pedagogas se abraçando.

Para comemorar o Dia do Coordenador Pedagógico, é importante reconhecer o trabalho e a dedicação desses profissionais, que muitas vezes enfrentam desafios e dificuldades no cotidiano escolar. Algumas sugestões de atividades para celebrar essa data são:

  • organizar um café da manhã ou um lanche coletivo com os coordenadores pedagógicos da rede ou da região, para promover a integração e a troca de experiências;
  • realizar uma homenagem aos coordenadores pedagógicos da escola, com depoimentos de professores, alunos e gestores, destacando suas qualidades e contribuições;
  • propor uma formação continuada para os coordenadores pedagógicos, com temas relacionados à sua atuação, como liderança, mediação de conflitos, avaliação, currículo, entre outros;
  • criar um mural ou um vídeo com fotos e mensagens de agradecimento e reconhecimento aos coordenadores pedagógicos da escola ou da rede;
  • oferecer um presente simbólico aos coordenadores pedagógicos, como um livro, uma caneca, uma camiseta ou um certificado de honra ao mérito.

Conclusão

O Dia do Coordenador Pedagógico é uma data para homenagear e valorizar esse profissional que faz a diferença na educação. O coordenador é um agente de transformação que contribui para o crescimento da escola e dos alunos, por meio de uma atuação ética, crítica e comprometida com os objetivos educacionais. 

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Contraturno escolar: o que é, vantagens e aplicabilidade em sua escola

Contraturno escolar: o que é, vantagens e aplicabilidade em sua escola

três crianças diversas em pé defronte a uma mesa brincam com materiais de artesanato.

O contraturno escolar é uma modalidade de ensino que oferece atividades educativas complementares aos alunos no período oposto ao das aulas regulares. 

Essas atividades podem envolver reforço escolar, esportes, artes, idiomas, informática, entre outras áreas de interesse e desenvolvimento dos estudantes. Essa metodologia pode ser aplicada na escola de diferentes formas, dependendo da demanda e da disponibilidade de recursos humanos, materiais e financeiros. 

Neste artigo, vamos apresentar os principais benefícios do contraturno para os alunos, a escola e os responsáveis. Também vamos mostrar como planejar e implementar o contraturno em sua escola, considerando aspectos pedagógicos, administrativos e legais. Acompanhe!

O que é contraturno escolar?

criança com blusa marrom de manga comprida manuseia objetos de robótica.O contraturno escolar é uma modalidade de educação complementar que oferece atividades educativas, culturais, esportivas e recreativas para os alunos que estudam em um período do dia e ficam na escola no outro — conforme explicamos inicialmente. 

Seu intuito é ampliar o tempo de permanência dos estudantes na escola, proporcionando-lhes oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento integral. Entre seus benefícios, destacamos:

  • Melhora no desempenho acadêmico, pois os alunos podem reforçar os conteúdos aprendidos em sala de aula, tirar dúvidas e realizar as tarefas de casa com o apoio de profissionais qualificados;
  • Desenvolvimento de habilidades socioemocionais, como autoestima, autonomia, cooperação, respeito, criatividade e liderança, por meio de atividades lúdicas, artísticas e coletivas;
  • Ampliação do repertório cultural, pois os alunos podem ter contato com diferentes manifestações artísticas, como música, teatro, dança, literatura e cinema, além de conhecer outras realidades e culturas;
  • Promoção da saúde e do bem-estar, pois os alunos podem praticar atividades físicas e esportivas, cuidar da alimentação e da higiene, prevenir doenças e evitar o sedentarismo;
  • Prevenção da violência e a evasão escolar, pois os alunos ficam em um ambiente seguro e acolhedor, longe das drogas, da criminalidade e da exploração do trabalho infantil.

O contraturno é uma estratégia importante para garantir o direito à educação integral de qualidade para todos os alunos. 

Por isso, é fundamental que as escolas ofereçam um projeto pedagógico adequado às necessidades e aos interesses dos estudantes, com atividades diversificadas e significativas. 

Além disso, é essencial que as famílias participem e apoiem o contraturno, acompanhando o desenvolvimento dos filhos e valorizando as suas conquistas.

Vantagens e desvantagens do contraturno escolar

duas adolescentes jogam basquete em uma quadra esportiva.Agora que você já conhece o significado do contraturno escolar, vamos explorar as principais vantagens e desvantagens de implementá-la na instituição de ensino. Acompanhe abaixo!

Para a escola

Algumas vantagens do contraturno escolar para a escola são:

  • Ampliação da oferta de serviços educacionais e diferenciar-se da concorrência;
  • Melhor aproveitamento da infraestrutura e os recursos humanos disponíveis;
  • Aumento da receita e o faturamento da instituição;
  • Estreitamento do vínculo com os alunos e as famílias;
  • Contribuição para o desenvolvimento integral dos alunos e para a melhoria do desempenho acadêmico.

Por outro lado, existem algumas desvantagens de aplicá-lo na instituição, como:

  • Aumento dos custos operacionais e de manutenção da instituição;
  • Exigência de um planejamento pedagógico adequado e uma gestão eficiente das atividades;
  • Necessidade da capacitação constante dos profissionais envolvidos;
  • Possíveis conflitos entre os alunos de diferentes turnos e faixas etárias;
  • Adaptação das necessidades e expectativas dos alunos e das famílias.

Para os alunos

Da perspectiva dos estudantes, o contraturno escolar oferece diversas vantagens, como:

  • Ampliação do tempo de permanência dos alunos na escola, favorecendo o seu desenvolvimento integral e reduzindo a exposição a riscos sociais;
  • Enriquecimento do currículo dos alunos com atividades diversificadas e interdisciplinares, estimulando o seu interesse e potencializando o seu aprendizado;
  • Maiores oportunidades de socialização para os alunos, convivência e cooperação com colegas e professores de diferentes turmas e áreas do conhecimento;
  • Atendimento das necessidades das famílias que não têm condições de acompanhar ou cuidar dos filhos no período em que não estão na escola;

Entretanto, também existem algumas desvantagens nessa metodologia, caso não seja bem implementada:

  • Sobrecarga dos alunos com uma carga horária excessiva de atividades, comprometendo o seu descanso, lazer e saúde física e mental;
  • Desconsideração das especificidades, interesses e demandas dos alunos, impondo-lhes atividades padronizadas e descontextualizadas;
  • Geração de custos adicionais para as escolas e/ou para as famílias, que podem inviabilizar a oferta ou o acesso ao contraturno escolar;
  • Criação da dependência dos alunos em relação à escola, limitando a sua autonomia e criatividade.

Para os pais

O contraturno escolar é uma alternativa interessante para os pais que desejam oferecer aos filhos um ensino de qualidade, com atividades extras seguras no período do contraturno, com excelentes benefícios:

  • Rotina segura para a criança;
  • Tranquilidade para os pais trabalharem durante o dia;
  • Refeições realizadas no ambiente escolar;
  • Acompanhamento pedagógico para o aluno nos deveres de casa.

No entanto, o contraturno também pode apresentar algumas desvantagens, como:

  • Custo adicional com a mensalidade;
  • Menos tempo de convivência familiar;
  • Possível cansaço ou estresse dos alunos;
  • Dificuldade de adaptação a uma nova rotina.

Portanto, antes de optar por uma instituição com o contraturno escolar, é importante que os pais avaliem as necessidades e os interesses dos filhos, bem como as possibilidades e os benefícios oferecidos pela escola

Afinal, essa metodologia é extremamente benéfica para toda a comunidade escolar, mas também requer planejamento e comprometimento dos pais e da escola.

Como implementar o contraturno escolar corretamente?

aluna sorri enquanto olha atentamente para um tubo de ensaio.Para implementar o contraturno escolar corretamente na escola, é preciso seguir alguns passos, tais como:

  • Definir os objetivos e os públicos-alvo do contraturno escolar, de acordo com as necessidades e os interesses dos alunos e da comunidade escolar;
  • Planejar as atividades do contraturno, considerando os conteúdos curriculares, as competências e as habilidades a serem desenvolvidas, os recursos materiais e humanos disponíveis e o cronograma de execução;
  • Articular parcerias com outras instituições, como organizações não governamentais, universidades, empresas, museus, teatros e outros espaços culturais e educativos, que possam oferecer apoio técnico, financeiro ou logístico para o contraturno;
  • Divulgar o contraturno para os alunos, os pais ou responsáveis, os professores e os demais funcionários da escola, explicando os benefícios e as expectativas do projeto;
  • Monitorar e avaliar o contraturno, coletando dados quantitativos e qualitativos sobre a participação, o desempenho e a satisfação dos alunos, bem como sobre os impactos do projeto na aprendizagem e no desenvolvimento dos estudantes;
  • Ajustar o contraturno conforme os resultados da avaliação, buscando aprimorar as atividades, superar as dificuldades e potencializar as oportunidades do projeto.

Quais atividades podem ser realizadas na escola?

Algumas possíveis atividades que podem ser realizadas no contraturno escolar são:

  • Cursos de idiomas: os alunos podem aprender uma nova língua ou aperfeiçoar a que já estudam na escola, o que pode favorecer sua comunicação, criatividade e abertura para outras culturas;
  • Oficinas de arte: os estudantes podem explorar diferentes formas de expressão artística, como música, teatro, dança, pintura e fotografia, o que pode estimular sua sensibilidade, imaginação e autoestima;
  • Projetos de pesquisa: os jovens podem participar de grupos de estudo e pesquisa sobre temas de seu interesse, como ciências, história, literatura e atualidades, o que pode desenvolver seu senso crítico, curiosidade e autonomia;
  • Práticas esportivas: os alunos podem praticar diferentes modalidades esportivas, como futebol, vôlei, basquete e natação, o que pode melhorar sua saúde física e mental, além de promover a integração social e o trabalho em equipe.

Como escolher o contraturno ideal?

criança negra sentada a uma mesa com livro aberto e sorri.O contraturno escolar é uma opção para os pais que precisam de um apoio pedagógico e recreativo para os seus filhos fora do horário regular da escola. Mas como escolher a opção ideal? Existem alguns critérios que podem ajudar nessa decisão.

Proposta pedagógica

As atividades do contraturno devem ter uma proposta pedagógica clara e coerente com a da escola regular, que estimule o desenvolvimento integral da criança, respeitando as suas características e interesses. É interessante que sejam diversificadas e lúdicas, que envolvam diferentes áreas do conhecimento, como artes, esportes, idiomas, informática, etc.

Infraestrutura

A escola deve ter uma infraestrutura adequada para receber as crianças, com espaços amplos, arejados, seguros e higienizados. Não podem faltar materiais pedagógicos de qualidade, brinquedos educativos, livros, jogos, etc. Além disso, é necessário contar com uma equipe de profissionais qualificados e capacitados para atender as necessidades das crianças.

Localização

É imprescindível que a instituição tenha uma localização de fácil acesso para os pais, preferencialmente próximo à escola regular ou à residência da família. O contraturno deve ter também um horário flexível e compatível com a rotina dos pais, que possibilite a entrada e a saída das crianças de forma tranquila e segura.

Relação custo-benefício

A escola deve apresentar um preço justo e acessível para os pais, que esteja de acordo com os serviços oferecidos — verifique a existência de política de descontos, bolsas ou parcerias que facilitem o pagamento das mensalidades. O contraturno deve oferecer ainda uma alimentação saudável e balanceada para as crianças, incluindo lanches e refeições.

Esses são alguns dos aspectos que podem ajudar os pais a escolherem o contraturno escolar ideal para os alunos. O mais importante é que o contraturno seja um espaço de aprendizagem, diversão e convivência para as crianças, que contribua para o seu crescimento pessoal e social.

Conclusão

Como você viu, o contraturno escolar é uma estratégia pedagógica que pode trazer diversos benefícios para os alunos, para as famílias e para a instituição de ensino. No entanto, para que ele seja efetivo, é preciso planejá-lo e executá-lo com cuidado e responsabilidade, buscando sempre a melhoria contínua do processo educativo.

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Metodologia STEM: o que é e como aplicar no dia a dia? Entenda!

Metodologia STEM: o que é e como aplicar no dia a dia? Entenda!

Foto de professor dando aula para crianças.

A metodologia STEM é uma abordagem pedagógica que integra as áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática em atividades interdisciplinares e contextualizadas. O objetivo é estimular o desenvolvimento de habilidades como o pensamento crítico, a criatividade, a colaboração e a resolução de problemas nos estudantes.

Mas como aplicar essa metodologia no dia a dia da sala de aula? Quais são os benefícios dessa abordagem para os alunos e para os professores? Quais são os desafios e as oportunidades que ela oferece? 

Neste artigo, vamos responder essas e outras perguntas sobre essa tendência educacional que vem transformando o ensino e a aprendizagem. Acompanhe!

O que é a metodologia STEM?

Conforme explicamos inicialmente, a metodologia STEM — Science (Ciências), Technology (Tecnologia), Engineering (Engenharia), Math (Matemática) — é uma abordagem educacional que integra as áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, com o objetivo de desenvolver o pensamento crítico, a criatividade, a resolução de problemas e a colaboração dos estudantes. 

Tais competências são consideradas essenciais na atualidade, pois permitem aos alunos enfrentar os desafios e as oportunidades de um mundo cada vez mais complexo e interconectado. Por isso, a metodologia não se limita a ensinar as disciplinas isoladamente, mas busca criar conexões entre elas e aplicá-las em situações reais e significativas. 

Assim, os alunos aprendem de forma contextualizada e interdisciplinar, explorando conceitos e fenômenos de diferentes perspectivas e utilizando ferramentas e recursos tecnológicos para investigar, projetar e construir soluções. Além disso, a STEM estimula o trabalho em equipe, a comunicação efetiva e o pensamento ético e sustentável.

Ela pode ser implementada em diferentes níveis de ensino, desde a educação infantil até o ensino superior, adaptando-se às características e aos interesses dos alunos. Existem diversas estratégias para incorporar a metodologia no currículo escolar, como projetos integrados, oficinas temáticas, clubes de ciências, feiras de inovação, entre outras. 

O importante é que os alunos sejam protagonistas do seu processo de aprendizagem e que sejam estimulados a explorar o mundo ao seu redor com curiosidade e criatividade.

Como surgiu a metodologia STEM?

foto de aula de computação em escola infantil.A metodologia STEM surgiu nos Estados Unidos entre as décadas de 1990 e 2000, como uma iniciativa governamental para incentivar a carreira nas áreas de exatas, diante da falta de profissionais qualificados e do baixo desempenho dos alunos nos sistemas de avaliação nacional. 

A National Science Foundation foi a responsável por nomear e difundir a estratégia, que buscava melhorar a aprendizagem e possibilitar estratégias de ensino práticas dentro das escolas estadunidenses.

A ideia surgiu da necessidade de preparar os jovens para os desafios e as oportunidades do século XXI, em um mundo cada vez mais globalizado e competitivo. A metodologia propõe que os conteúdos das diferentes disciplinas sejam ensinados de forma integrada e contextualizada, por meio de projetos que envolvam situações reais e desafios práticos. 

Assim, os estudantes podem desenvolver habilidades como o raciocínio lógico, a comunicação, a colaboração e a inovação, além de se interessarem mais pelas carreiras científicas e tecnológicas.

Por que a metodologia STEM é importante?

Foto de menina em aula.A importância dessa metodologia se dá no preparo dos estudantes para os desafios e oportunidades da vida profissional, incentivando a inovação, a resolução de problemas e a interdisciplinaridade. 

Além disso, a STEM contribui para o fortalecimento da educação científica e tecnológica, ampliando o interesse e a participação dos alunos nessas áreas e formando profissionais qualificados para atender às demandas do mercado de trabalho.

Como funciona?

Foto de crianças aprendendo com metodologia STEM.

No currículo brasileiro, a abordagem STEM pode ser aplicada de diferentes formas, de acordo com a proposta pedagógica de cada escola ou rede de ensino. Uma das possibilidades é utilizar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como referência para planejar projetos que articulem os componentes curriculares de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. 

Outra possibilidade é explorar as conexões entre o STEM e outras áreas do conhecimento, como Linguagens e Ciências Humanas, ampliando as possibilidades de aprendizagem dos estudantes. Inclusive, há uma variação dessa abordagem, chamada STEAM, onde o “A” significa a inserção de Artes nesta proposta multidisciplinar.

O STEM também promove a cidadania e a sustentabilidade, ao abordar temas relevantes para a sociedade e o meio ambiente, como energia, saúde, clima e inovação.

Como aplicar a metodologia STEM na educação?

Incorporar a STEM nas escolas não é tão complicado quanto parece. Obviamente, é necessário um esforço conjunto de toda a comunidade escolar para que as mudanças sejam efetivas e gerem os resultados desejados no processo de ensino-aprendizagem. 

Alterações na didática

É necessário promover mudanças na didática dos professores e na organização curricular das escolas. Assim, é válido planejar projetos integrados que envolvam as quatro áreas do STEM e que se relacionem com o contexto dos alunos e com questões globais.

Outra possibilidade é a de utilizar recursos tecnológicos como ferramentas de aprendizagem, pesquisa e comunicação, incentivando os alunos a explorar diferentes mídias e plataformas. Em complemento, pode-se criar espaços e materiais adequados para que os alunos possam realizar experimentos, construir protótipos, testar hipóteses e apresentar soluções.

Além disso, é interessante adotar uma avaliação formativa e contínua, que valorize o processo de aprendizagem e o desenvolvimento de competências e habilidades. A instituição pode estabelecer parcerias com outras instituições, como universidades, empresas, museus e ONGs, para ampliar as oportunidades de aprendizagem e troca de experiências.

Capacitação dos docentes

É necessário que as instituições de ensino invistam na formação continuada dos professores, oferecendo cursos, oficinas, palestras e materiais que os auxiliem a compreender e implementar a metodologia STEM, bem como saber integrar essas áreas em suas práticas pedagógicas.

Infelizmente, muitos docentes não tiveram acesso a uma formação que privilegia a interdisciplinaridade. Mesmo em cursos de pedagogia/licenciatura atuais, não é comum encontrar o STEAM contemplado no currículo. Além disso, no que se refere à tecnologia, a maior parte dos professores não têm base ou conhecimento geral sobre robótica, programação, eletrônica, inteligência artificial e outros.

Desse modo, nessa formação, os professores devem ter acesso a recursos didáticos e tecnológicos que possibilitem o desenvolvimento de atividades STEM com os alunos. Um ótimo exemplo disso é a experimentação e a aprendizagem baseada em projetos — a cultura maker é uma estratégia na implementação dessas práticas, sobretudo nas instituições que já têm o maker em seu currículo. 

Isso significa que os professores devem planejar atividades que envolvam a articulação entre as diferentes disciplinas, que permitam aos alunos explorar conceitos e fenômenos por meio de experiências práticas e que desafiem os alunos a resolver problemas reais ou hipotéticos usando os conhecimentos adquiridos. 

Em sala de aula, os docentes precisam incentivar o trabalho em equipe, a autonomia e a reflexão dos alunos sobre o processo de aprendizagem.

Ferramentas escolares

A educação STEAM pode ser implementada nas escolas mais facilmente com o uso de ferramentas específicas. Afinal, a aprendizagem ocorre quando os alunos são apresentados a problemas ou desafios para resolver, no qual os estudantes aprendem habilidades práticas construindo projetos e vendo como tudo funciona.

Portanto, investir em espaços makers, laboratórios de química, física e outras ciências para experimentação é crucial. Além disso, introduzir jogos educativos e explorar plataformas online pode permitir que os alunos trabalhem de novas maneiras, afastando-se dos cadernos tradicionais.

Robótica no currículo

Uma das formas de aplicar a metodologia STEM na educação é incorporar a robótica no currículo. É uma área que envolve a construção e programação de máquinas capazes de realizar tarefas específicas. 

A robótica estimula o raciocínio lógico, a criatividade, a colaboração e a inovação dos alunos, além de possibilitar a conexão entre diferentes disciplinas, como física, matemática, informática e artes. Também permite que os alunos se envolvam em projetos práticos e desafiadores, que podem ter impacto social e ambiental.

Para implementá-la, é preciso contar com recursos materiais e humanos adequados. Os recursos materiais incluem kits de robótica, computadores, softwares e espaços para montagem e teste dos robôs. Os recursos humanos incluem professores capacitados para orientar os alunos e mediadores que possam auxiliar na integração entre as áreas do conhecimento. 

Desse modo, é importante definir os objetivos pedagógicos da robótica, os conteúdos a serem trabalhados, as metodologias de ensino e avaliação e as formas de articulação com o currículo escolar.

A metodologia STEM e a robótica no currículo são formas de tornar a educação mais atrativa, significativa e relevante para os alunos, preparando-os para os desafios do futuro. Essas iniciativas requerem um trabalho conjunto entre gestores, professores, alunos e comunidade escolar, além de um investimento em infraestrutura e formação continuada.

Benefícios da metodologia STEM

Foto de crianças estudando em computador.O modelo tradicional de ensino, baseado principalmente na memorização de conteúdos, nem sempre tem êxito em fazer os alunos se interessarem pelo tema abordado e alcançarem os objetivos de aprendizagem previstos. A educação STEM, por outro lado, é dinâmica e envolvente, tornando-a adequada para esses alunos. Ela promove o aprendizado em áreas que os alunos podem achar monótonas. 

Nesse aspecto, a STEM oferece inúmeros benefícios para a educação, e vamos explorar alguns deles abaixo para ajudá-lo a entender por que vale a pena implementá-la nas salas de aula.

Conhecimentos interdisciplinares

O STEM na educação favorece a aprendizagem e aquisição de conhecimentos interdisciplinares, pois os alunos percebem as conexões entre as diferentes áreas do conhecimento e como elas se aplicam na realidade. Ainda, os docentes podem estimular diversas habilidades nos estudantes, tais como:

  • resolução de problemas: os alunos são desafiados a encontrar soluções criativas e inovadoras para questões reais ou hipotéticas, utilizando os conhecimentos das diferentes áreas do STEM;
  • raciocínio lógico: os estudantes desenvolvem a capacidade de pensar de forma estruturada, analítica e crítica, aplicando conceitos matemáticos e científicos para resolver problemas;
  • trabalho em equipe: os jovens aprendem a colaborar, comunicar e respeitar as diferentes opiniões e perspectivas dos colegas, compartilhando ideias e responsabilidades em projetos coletivos;
  • pensamento crítico: os alunos são incentivados a questionar, investigar e argumentar sobre os temas estudados, desenvolvendo uma postura reflexiva e autônoma diante do conhecimento;
  • criatividade: a classe é estimulada a explorar a sua imaginação e originalidade, criando produtos ou processos que envolvam as áreas do STEM.

Aplicação da aprendizagem na prática

Os educadores frequentemente encontram alunos que questionam a praticidade do conhecimento que adquirem nas aulas. No entanto, com a implementação da educação STEM, essas dúvidas são dissipadas, pois os alunos testemunham em primeira mão como o conteúdo que aprendem em sala de aula pode ser aplicado em seu dia a dia.  

Essa abordagem promove a aplicabilidade do aprendizado, pois os estudantes são incumbidos de desenvolver soluções práticas por meio dos movimentos Maker e Do It Yourself. Essas iniciativas desafiam os alunos a resolver problemas da vida real construindo objetos tangíveis.

Melhora na relação entre aluno e professor

Outro benefício de aplicar o STEM em sala de aula é a melhora na relação entre aluno e professor. Ao invés de transmitir conteúdos de forma unilateral e linear, os professores podem atuar como mediadores e facilitadores do aprendizado, propondo questões, orientando pesquisas, incentivando a experimentação e a reflexão. 

Os alunos, por sua vez, podem assumir um papel mais ativo e protagonista na construção do conhecimento, expressando suas ideias, hipóteses e soluções. Dessa forma, o STEM pode promover uma interação mais dinâmica, dialógica e significativa entre aluno e professor, baseada no respeito mútuo, na confiança e na cooperação.

Preparo para o mercado de trabalho

Não é novidade que o mercado de trabalho visa profissionais que se destacam. Portanto, atualmente, não basta ter um diploma acadêmico para conquistar boas oportunidades. Existem inúmeros candidatos qualificados em todos os segmentos, por isso é necessário ter habilidades que atraiam o olhar dos recrutadores.

Nesse aspecto, o currículo do STEM promove o desenvolvimento do aluno para o mercado, já que ele incentiva a solução de problemas de modo efetivo. Nessa abordagem, os estudantes aprendem a se comunicar melhor, a serem mais criativos, bem como ter o pensamento crítico em qualquer área de atuação.

Conclusão

Neste conteúdo, você aprendeu que a metodologia STEM é uma forma de ensinar e aprender que valoriza as competências do século XXI e prepara os estudantes para os desafios da sociedade atual e futura. 

Por meio de projetos interdisciplinares e contextualizados, os estudantes desenvolvem habilidades como criatividade, pensamento crítico, resolução de problemas e colaboração, além de se aproximarem das áreas da ciência, tecnologia, engenharia e matemática de forma integrada e prática. 

Assim, a STEM pode ser aplicada no dia a dia de diferentes formas, desde que se tenha um planejamento adequado e um acompanhamento pedagógico efetivo.

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Como se tornar uma escola inclusiva? Confira neste guia completo!

Como se tornar uma escola inclusiva? Confira neste guia completo!

grupo de alunos com necessidades especiais desenham em mesa com orientação de professora

A inclusão escolar é um processo que visa garantir o acesso, a permanência e o sucesso de todos os estudantes na educação básica, respeitando e valorizando suas diferenças e potencialidades. 

Uma escola inclusiva é aquela que reconhece a diversidade como um elemento fundamental no processo educativo e que busca eliminar as barreiras que impedem a participação e a aprendizagem de todos. 

Neste guia, vamos apresentar alguns conceitos e princípios da inclusão escolar, bem como algumas estratégias e práticas para tornar a escola mais inclusiva. 

Esperamos que este material possa contribuir para a reflexão e para a atuação dos educadores e educadoras que desejam construir uma educação de qualidade para todos e todas. Boa leitura!

O que é uma escola inclusiva?

Uma escola inclusiva é aquela que acolhe e valoriza a diversidade dos seus alunos, respeitando suas diferenças e necessidades educacionais. Ela busca promover uma educação de qualidade para todos, sem discriminação ou exclusão. 

Um ambiente escolar inclusivo reconhece que cada aluno é único e tem potencialidades a serem desenvolvidas. Nesse sentido, a instituição adapta seu currículo, sua metodologia e sua avaliação para atender às demandas de cada estudante. 

Além disso, estimula a participação e a colaboração de todos os membros da comunidade escolar, criando um ambiente de aprendizagem acolhedor, democrático e solidário.

LEIA MAIS: Como garantir uma educação de excelência?

Plano Nacional de Educação e a Educação Inclusiva

O Plano Nacional de Educação (PNE) é um documento que estabelece as diretrizes, metas e estratégias para a educação brasileira nos próximos dez anos. Um dos seus principais objetivos é garantir o direito à educação de qualidade para todos os cidadãos, respeitando a diversidade e a inclusão. O PNE prevê várias metas e estratégias relacionadas à educação inclusiva, como:

  • Universalizar a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 a 5 anos e ampliar a oferta de creches para as crianças de até 3 anos;
  • Universalizar o ensino fundamental de 9 anos para toda a população de 6 a 14 anos e garantir que pelo menos 95% dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada;
  • Universalizar o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%;
  • Oferecer educação de jovens e adultos na forma integrada à educação profissional para os que não concluíram o ensino fundamental ou médio na idade adequada;
  • Alfabetizar todas as crianças até o final do 3º ano do ensino fundamental;
  • Oferecer educação em tempo integral em pelo menos 50% das escolas públicas;
  • Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades;
  • Assegurar a formação inicial e continuada dos profissionais da educação;
  • Garantir o atendimento aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino, por meio da transversalidade da educação especial;
  • Implementar políticas de prevenção e atendimento às vítimas de violência doméstica, bullying, racismo, homofobia e outras formas de discriminação nas escolas;
  • Promover a diversidade cultural, étnico-racial, de gênero, sexual, religiosa e de origem regional no currículo e nas práticas pedagógicas das escolas.

Essas são algumas das medidas que o PNE propõe para tornar a educação brasileira mais inclusiva e democrática. No entanto, para que elas sejam efetivadas, é preciso que haja um compromisso dos governos federal, estaduais e municipais, dos gestores educacionais, dos professores, dos responsáveis, dos alunos e da sociedade em geral com a implementação e o monitoramento do plano.

Qual o panorama sobre a educação inclusiva no Brasil?

professora negra acompanha grupo de alunos diversos brincam sobre mesa com formas geométricas

No Brasil, a educação inclusiva tem sido objeto de diversas políticas, legislações e iniciativas que buscam garantir o acesso, a permanência e o sucesso escolar dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação na rede regular de ensino. Alguns marcos importantes nesse processo são:

  • A Constituição Federal de 1988, que estabelece a educação como um direito de todos e um dever do Estado e da família;
  • A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) de 1996, que define a educação especial como uma modalidade transversal que deve ser oferecida pelas instituições de ensino regulares com atendimento educacional especializado complementar ou suplementar à formação dos estudantes com necessidades educacionais especiais;
  • A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD) de 2006, ratificada pelo Brasil em 2008 com status de emenda constitucional, que afirma o direito das pessoas com deficiência à educação inclusiva em todos os níveis e modalidades de ensino;
  • A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPEI) de 2008, que orienta os sistemas de ensino para a implementação de práticas pedagógicas inclusivas que garantam o atendimento às especificidades dos estudantes com deficiência;
  • O Plano Nacional de Educação (PNE) de 2014, que estabelece metas e estratégias para a universalização do acesso e a melhoria da qualidade da educação básica e superior, incluindo a educação especial;
  • A Lei Brasileira de Inclusão (LBI) ou Estatuto da Pessoa com Deficiência de 2015, que proíbe qualquer forma de discriminação ou cobrança adicional pela oferta de recursos de acessibilidade nas instituições de ensino;
  • A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) de 2017, que define as competências e habilidades essenciais para o desenvolvimento dos estudantes da educação básica, considerando as diversidades e as necessidades educacionais especiais.

Apesar dos avanços normativos e legais, a educação inclusiva no Brasil ainda enfrenta diversos desafios na implementação prática dessas medidas. Entre eles, destacam-se:

  • falta de infraestrutura adequada e recursos pedagógicos acessíveis nas escolas regulares;
  • escassez de profissionais qualificados e capacitados para atender à diversidade dos estudantes;
  • resistência de alguns segmentos da sociedade e da comunidade escolar à inclusão dos estudantes com deficiência na rede regular de ensino;
  • ausência de uma avaliação sistêmica e participativa dos processos e resultados da educação inclusiva;
  • necessidade de articulação entre as políticas públicas de educação, saúde, assistência social, cultura, esporte e lazer para garantir a inclusão social das pessoas com deficiência.

Diante desses desafios, é fundamental que haja um compromisso coletivo e uma mobilização social em prol da educação inclusiva no Brasil. 

Quais os desafios da educação inclusiva para as escolas?

Promover a aprendizagem e o desenvolvimento de todos, sem discriminação ou exclusão não é tarefa simples. Transformar o ambiente escolar em uma instituição inclusiva envolve uma série de desafios, tais como:

  • garantir a acessibilidade física, pedagógica e comunicacional dos alunos com deficiência ou mobilidade reduzida, providenciando recursos diversos e adaptações adequadas;
  • formar os professores para lidar com a heterogeneidade dos alunos, oferecendo-lhes formação contínua e apoio especializado;
  • envolver as famílias e a comunidade na construção de um projeto educativo inclusivo, fortalecendo os laços de cooperação e confiança;
  • promover uma cultura de respeito, solidariedade e participação entre os alunos, estimulando o diálogo e a convivência harmoniosa;
  • avaliar os alunos de forma justa e formativa, considerando seus avanços e dificuldades, e propondo intervenções pedagógicas adequadas;
  • superar as barreiras atitudinais e sociais que ainda persistem em relação à inclusão, combatendo o preconceito e a discriminação.

Contornar esses obstáculos requer um compromisso coletivo e uma mudança de paradigma na educação. Uma escola inclusiva é um direito de todos e um benefício para a sociedade.

Quais os pilares da educação inclusiva?

estudante de cadeira de rodas segura livro com amiga atrás da cadeira

Uma escola inclusiva deve seguir os 5 princípios que norteiam esse modelo de educação. Tais premissas se baseiam na afirmativa de que todos possuem o direito de acesso à educação de qualidade e, por isso, garantem que as práticas pedagógicas da instituição sejam, de fato, inclusivas. 

LEIA MAIS: Quais as principais tendências educacionais? Confira!

Esses princípios auxiliam a escola a reavaliar suas práticas e seu discurso, além de guiar a elaboração dos objetivos e metas no Projeto Político Pedagógico (PPP).

1. Toda pessoa tem o direito de acesso à educação

Esse princípio destaca o direito ao acesso irrestrito à educação, sem qualquer dificuldade, seja ele físico, intelectual ou de outra natureza. Ele está em concordância com a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) e outras convenções embasadas pelos países membros das Nações Unidas.

2. Toda pessoa aprende

Independentemente das características do indivíduo, todos possuem plena capacidade de aprender e ensinar. Não há limitações físicas, intelectuais ou sensoriais que atrapalhem o aprendizado. Contudo, é necessário reconhecer as diferenças e, por isso, as escolas devem implementar estratégias pedagógicas que facilitem esse processo de modo plural.

3. O processo de aprendizagem de cada pessoa é singular

O processo de ensino-aprendizagem não ocorre de forma homogênea. Cada indivíduo aprende de uma forma, sem qualquer relação com deficiências pré-existentes. O desenvolvimento de cada estudante é singular e, por essa razão, há a necessidade de criar um projeto de ensino que atenda a todos os alunos, sem exclusão, respeitando seus ritmos de aprendizagem.

4. O convívio no ambiente escolar comum beneficia todos

Nesse princípio, reforça-se os conceitos de pluralidade, diversidade, respeito e empatia. O contato e a interação entre pessoas diferentes gera benefícios de curto a longo prazo aos estudantes com deficiência. Uma escola inclusiva acelera o desenvolvimento socioemocional e outras competências intelectuais dos estudantes.

5. O ensino inclusivo diz respeito a todos 

Guiada pelo direito à igualdade, uma educação inclusiva considera a diversidade um elemento enriquecedor e necessário para o processo de aprendizagem e ensino. Então, além de contemplar os estudantes com necessidades educacionais especiais, a inclusão deve englobar todos os participantes dessa operação, como educadores, famílias, gestores, entre outros.

O que é necessário para uma escola ser inclusiva?

Já explicamos que uma escola inclusiva é aquela que acolhe e valoriza a diversidade de seus alunos, respeitando suas diferenças e potencialidades. Para que uma escola seja inclusiva, é necessário que ela tenha uma proposta pedagógica que reconheça as necessidades educacionais específicas de cada estudante e que ofereça recursos e estratégias adequadas para o seu desenvolvimento. 

Além disso, é preciso que a escola promova uma cultura de cooperação, solidariedade e participação entre todos os membros da comunidade escolar, estimulando o diálogo, o respeito e a convivência harmoniosa. Uma escola inclusiva também deve contar com uma equipe de profissionais qualificados e comprometidos com a educação para todos, que busquem constantemente a formação continuada e a atualização de seus conhecimentos e práticas. 

Por fim, a escola deve estar articulada com as redes de apoio e proteção social, buscando parcerias e colaborações com as famílias, os órgãos públicos e as organizações da sociedade civil que possam contribuir para a garantia dos direitos e a melhoria da qualidade de vida dos alunos.

Benefícios da escola inclusiva

grupo de alunos diversos leem livro e conversam entre si

A escola inclusiva tem vários benefícios, tanto para os alunos com deficiência ou necessidades educacionais especiais, quanto para os demais alunos e professores. Alguns desses benefícios são:

  • promove o desenvolvimento integral dos alunos, estimulando suas habilidades cognitivas, sociais, emocionais e físicas;
  • favorece a convivência e a cooperação entre os alunos, fortalecendo os laços de amizade, solidariedade e respeito mútuo;
  • enriquece o processo de ensino-aprendizagem, tornando-o mais dinâmico, criativo e significativo, com o uso de diferentes recursos e estratégias pedagógicas;
  • amplia a visão de mundo dos alunos, despertando sua curiosidade, senso crítico e consciência cidadã;
  • contribui para a formação de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva, que reconhece e valoriza a diversidade humana como um bem comum.

Exemplos de escolas inclusivas no Brasil

aluna de cadeira de rodas brinca com tablet enquanto sorri

No Brasil, existem vários exemplos de escolas que praticam a inclusão em diferentes níveis e modalidades de ensino. Algumas delas são:

Escola Dona Maria da Costa

Localizada em Florianópolis (SC), A Escola Donícia Maria da Costa é uma das unidades educacionais de destaque da rede municipal da cidade. Esforços são feitos para envolver a comunidade no processo de governança e reconhecer a relevância da equipe docente do AEE para que os alunos tenham acesso ao conteúdo do curso.

Escola vera Cruz 

Situada em São Paulo (SP), desde a sua criação, a Escola Vera Cruz está comprometida com a educação semipresencial secular e com a valorização da diversidade, o que inclui o direito à educação de crianças e jovens com deficiência. Além do investimento constante na formação de educadores para acolher e valorizar as diferenças, a composição das equipes pedagógicas é ajustada quando necessário.

Escola Clarisse Fecury 

Localizada no Rio Branco (AC), A Escola Clarisse Fecury conseguiu desenvolver um modelo de ensino que está em estreito diálogo com a ideia de educação inclusiva. O compromisso de acolher a diferença começa com o PPP e se desdobra em ações programáticas, na prática em sala de aula e avaliação dos alunos.

Conclusão

Neste guia, você aprendeu o que é uma escola inclusiva, seus desafios e como transformar a instituição em um ambiente mais inclusivo. 

Também pôde entender como o Estado vem criando políticas públicas para fomentar a expansão de centros educacionais mais inclusivos, além de orientar as escolas a criarem um PPP que supra as necessidades de todos os seus estudantes, com ou sem necessidades de aprendizagem especial.

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Planejamento pedagógico: entenda o que é, para que serve e a importância para a escola

Planejamento pedagógico: entenda o que é, para que serve e a importância para a escola

grupo de pedagogos conversando entre si

Existem diversas atribuições envolvidas na preparação de um novo ano letivo escolar, que exigem a participação da equipe administrativa e dos docentes. Entre os detalhes que precisam ser discutidos, estão as ações listadas no planejamento pedagógico; um documento que é redigido no final do ano anterior. 

Nesse plano, constam as diretrizes que guiarão a rotina dos professores, dos estudantes, da direção, da coordenação e outros integrantes da comunidade escolar. Desse modo, o planejamento deve ser criado com cautela, por meio de uma gestão democrática. 

Portanto, o plano serve como um guia para todo o ano letivo. No conteúdo a seguir, você aprenderá quais etapas desse planejamento não podem ser negligenciadas. Continue e boa leitura!

O que é planejamento pedagógico?

O planejamento pedagógico é um processo que envolve a definição de objetivos, estratégias, metodologias e avaliações para o desenvolvimento das atividades educativas. Ele é fundamental para garantir a qualidade e a eficiência do ensino-aprendizagem, bem como para orientar os professores e os alunos na realização das tarefas propostas. 

O plano deve ser elaborado de forma participativa, considerando as necessidades, os interesses e as características dos alunos, o contexto sociocultural e as diretrizes curriculares da instituição de ensino. Para funcionar de modo eficiente, o documento deve ser flexível e dinâmico, permitindo ajustes e revisões ao longo do processo educativo. 

Além disso, é também um instrumento de reflexão e de aperfeiçoamento da prática pedagógica, favorecendo a criatividade, a autonomia e a cooperação entre os envolvidos na educação. A partir desse planejamento, a equipe pedagógica consegue:

  • ter clareza sobre o que se pretende ensinar e como se pretende ensinar;
  • estabelecer uma coerência entre os diferentes componentes curriculares e as expectativas de aprendizagem dos alunos;
  • selecionar os conteúdos e as habilidades mais relevantes e significativos para a formação dos alunos;
  • escolher as estratégias mais adequadas para motivar, envolver e desafiar os alunos;
  • prever e superar as possíveis dificuldades e obstáculos que possam surgir durante as aulas;
  • avaliar os resultados alcançados e reorientar o planejamento quando necessário.

Da perspectiva dos estudantes, o plano também possibilita:

  • compreensão dos objetivos e propósitos das atividades direcionadas;
  • estimular o interesse, a curiosidade e a participação ativa dos alunos;
  • oportunidades de aprendizagem diversificadas e adequadas ao ritmo e às necessidades de cada aluno;
  • desenvolvimento de habilidades cognitivas, sociais, emocionais e éticas nos alunos;
  • promoção da autoavaliação e a reflexão crítica dos alunos sobre o seu próprio processo de aprendizagem.

Quais as principais etapas do planejamento pedagógico?

pedagoga abraça aluna enquanto lê para outras alunas sentadas

Conforme já explicamos, o planejamento pedagógico deve ser elaborado com cuidado, pois ele influencia diretamente a qualidade do ensino oferecido pela escola. Portanto, é imprescindível contar com a presença dos professores, coordenadores e outros profissionais que ajudem na escolha das melhores estratégias que potencializam as ações em sala de aula.

Para isso, confira abaixo as principais etapas que não podem ser esquecidas durante a elaboração do documento. 

Identificação dos objetivos de aprendizagem

A primeira etapa do planejamento é a identificação dos objetivos de aprendizagem, ou seja, o que se espera que os estudantes saibam, façam ou sejam capazes de realizar ao final de um período de ensino. 

Tais objetivos devem ser claros, específicos, mensuráveis e alinhados com o perfil dos alunos, o conteúdo programático, a metodologia e a avaliação. Esse processo permite definir os critérios de sucesso, as estratégias didáticas, os recursos necessários e os indicadores de qualidade do ensino-aprendizagem.

Definição de estratégias pedagógicas

A definição de estratégias pedagógicas é uma das etapas do planejamento pedagógico, que corresponde à escolha da metodologia mais adequada para cada situação educativa. Essas estratégias devem levar em conta os princípios teóricos e práticos que fundamentam a proposta educativa, bem como as características dos alunos, dos conteúdos e dos objetivos. 

Elas podem envolver diferentes modalidades de ensino-aprendizagem, tais como: exposição dialogada, trabalho em grupo, estudo dirigido, pesquisa orientada, projeto integrador, estudo de caso, simulação, jogo didático, entre outras. 

Vale ressaltar que as táticas devem ser diversificadas e flexíveis, permitindo a participação ativa dos alunos e a interação entre eles e com o professor.

Seleção de recursos didáticos

Outra importante etapa do planejamento é a seleção de recursos didáticos, que consiste na escolha dos materiais e ferramentas utilizados para facilitar e enriquecer o processo de ensino-aprendizagem. Tais recursos podem ser de diversos tipos, como livros, vídeos, jogos, softwares, experimentos, etc. 

Eles devem ser escolhidos de acordo com os objetivos educacionais, os conteúdos curriculares, as necessidades dos estudantes, os recursos disponíveis e as metodologias adotadas. Esse processo requer uma análise crítica dos professores, que devem considerar os seguintes aspectos:

  • relevância do recurso para o desenvolvimento das competências e habilidades previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC);
  • adequação do recurso ao nível de conhecimento e interesse dos estudantes;
  • qualidade técnica e pedagógica do recurso;
  • diversidade e complementaridade dos recursos utilizados;
  • acessibilidade e disponibilidade do recurso;
  • forma de utilização e integração do recurso às atividades propostas.

É nesse estágio que se concentram as ações que tornam as aulas mais dinâmicas, interativas, motivadoras e significativas para os estudantes. Além disso, pode favorecer a diversificação das estratégias de ensino e a adaptação às diferentes formas de aprender dos alunos. Por isso, os professores devem estar atentos às novas possibilidades e tendências dos recursos didáticos, bem como à avaliação constante da sua eficácia e pertinência.

Avaliação do processo de ensino-aprendizagem

Com a avaliação do processo de ensino-aprendizagem, o professor verifica se o seu trabalho está sendo eficiente, se contribui para o desenvolvimento integral dos alunos e se está alinhada com a Proposta Político-Pedagógica (PPP) da escola. 

A avaliação deve ser contínua, formativa e diagnóstica, ou seja, deve acompanhar todo o processo de ensino-aprendizagem, fornecer feedbacks aos alunos e ao professor e identificar as dificuldades e as potencialidades de cada um. 

Deve envolver diferentes instrumentos e critérios, além de participativa e democrática, ou seja, deve contar com a colaboração dos alunos, dos pais e dos demais profissionais da escola na definição dos objetivos, dos conteúdos e das formas de avaliar.

Como se faz um planejamento pedagógico?

O plano deve ser elaborado no começo do ano letivo, anteriormente ao início das aulas, com presença obrigatória de todos os membros da equipe pedagógica.

Nessa reunião, serão definidos os critérios de trabalho e quais atividades a serem desenvolvidas.

Aqui, é importante que os professores, coordenadores e gestores troquem experiências, para detectar as necessidades e estratégias que podem melhorar o ensino.

Nesse sentido, a proposta da instituição deve ser redigida com o máximo de detalhes possível, voltados para a formação completa dos estudantes e de modo que os educadores organizem suas aulas em concordância com as metas a serem atingidas pela escola. 

Assim, é possível utilizar algumas ferramentas como fontes de pesquisa para deixar o planejamento ainda mais rico, como o depoimento da comunidade escolar e o nível de satisfação dos alunos e seus familiares. 

Com essas informações, a instituição pode reconhecer seus aspectos positivos e negativos do ano anterior, possibilitando criar um plano mais assertivo a ser trabalhado no próximo ano.

Quais são os elementos de um planejamento pedagógico?

Pedagoga escreve em quadro com plateia em desfoque atrás

No que se refere aos itens do documento em si, é necessário que o documento apresente:

  • Normas gerais da instituição: direitos e obrigações de toda a comunidade escolar, bem como as regras de uso e convivência dos ambientes da instituição;
  • Objetivos: metas a serem alcançadas para aprimorar as táticas de ensino da escola;
  • Currículo: expectativas de aprendizagem, habilidades e competências a serem desenvolvidas em classe;
  • Plano de ação: estratégias aplicadas para atingir as metas definidas anteriormente;
  • Calendário de atividades: cronogramas com eventos, datas comemorativas, férias, recessos, período de avaliações, início de projetos, reuniões e outros acontecimentos importantes para a escola;
  • Grade horária: fixação das grades de horas de todas as aulas ministradas em cada turma, bem como as disciplinas;
  • Planejamento das aulas: detalhamento de como os conteúdos serão trabalhados em aula, atividades realizadas e táticas para a fixação do conhecimento;
  • Recursos: definição das ferramentas físicas e digitais, bem como ambientes apropriados para que as aulas ocorram sem interrupções e dificuldades.

Qual a importância do planejamento pedagógico?

O planejamento pedagógico é uma atividade essencial para a organização e a qualidade do processo educacional. Ele permite que a escola tenha uma visão clara de sua proposta educativa, de acordo com sua identidade, sua missão e seus valores. Por isso, a importância do plano pedagógico se manifesta em vários aspectos, tais como:

  • orienta os professores na elaboração de suas aulas, de forma a atender às necessidades e aos interesses dos alunos, respeitando suas diferenças e potencialidades;
  • favorece a integração e a colaboração entre os profissionais da escola, promovendo o diálogo, a troca de experiências e a construção coletiva do conhecimento;
  • estabelece um compromisso com a qualidade da educação, buscando o desenvolvimento integral dos alunos como cidadãos críticos, criativos e participativos;
  • articula as atividades pedagógicas com as diretrizes curriculares nacionais e com as demandas da sociedade contemporânea;
  • prevê e previne possíveis dificuldades ou problemas que possam surgir durante o ano letivo, propondo soluções adequadas e flexíveis;
  • avalia os resultados alcançados pela escola, verificando se os objetivos foram cumpridos e se houve avanços na aprendizagem dos alunos.

Quem faz e revisa o planejamento pedagógico?

pedagoga abre pasta com alunos em desfoque atrás

Como já evidenciamos mais acima, o planejamento pedagógico deve ser elaborado de forma coletiva e participativa, envolvendo todos os segmentos da comunidade escolar: gestores, professores, funcionários, alunos e famílias.

Ele também deve ser revisado periodicamente para acompanhar as mudanças e as demandas da realidade educacional.

A elaboração e a revisão desse documento é responsabilidade da equipe gestora da escola, que deve coordenar o processo de forma democrática e transparente.

O time deve promover espaços de diálogo e reflexão com os demais membros da comunidade escolar, buscando construir um consenso sobre a missão, a clientela, os dados sobre a aprendizagem, a relação com as famílias, os recursos, as diretrizes pedagógicas e o plano de ação da escola.

Os gestores também devem garantir que o plano seja eficaz, capaz de orientar as decisões e as ações pedagógicas da escola. Para isso, é preciso divulgá-lo para todos os envolvidos, monitorar sua implementação e avaliar seus resultados. 

Quais os desafios do planejamento pedagógico?

O planejamento é uma ferramenta essencial para orientar as ações educativas de uma instituição de ensino. No entanto, a elaboração do planejamento pedagógico não é uma tarefa simples. Dessa forma, alguns dos desafios na criação do planejamento pedagógico são: 

  • alinhar o planejamento com a proposta pedagógica da instituição, respeitando sua identidade, missão e valores;
  • considerar as necessidades, interesses e potencialidades dos alunos, bem como as diversidades culturais, sociais e individuais que compõem o público-alvo da instituição;
  • articular o plano pedagógico com os documentos oficiais que orientam a educação nacional, como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs);
  • estabelecer objetivos claros, coerentes e avaliáveis para cada etapa, disciplina e atividade do planejamento;
  • selecionar conteúdos significativos, relevantes e atualizados para o desenvolvimento das competências e habilidades dos alunos;
  • escolher metodologias que favoreçam a participação ativa dos alunos, a interação entre eles e com o professor, a problematização, a pesquisa e a reflexão crítica sobre os conteúdos;
  • prever formas de avaliação que sejam contínuas, formativas e diagnósticas, que permitam acompanhar o processo de aprendizagem dos alunos e retroalimentar o planejamento pedagógico;
  • dispor de recursos didáticos variados e adequados aos objetivos, conteúdos e metodologias do planejamento pedagógico, que estimulem a criatividade, a autonomia e o protagonismo dos alunos;
  • promover a integração entre as diferentes áreas do conhecimento, buscando uma abordagem interdisciplinar e transversal dos conteúdos;
  • envolver os diferentes segmentos da comunidade escolar na elaboração, execução e avaliação do planejamento pedagógico, fortalecendo o compromisso coletivo com a qualidade da educação.

Exemplos para te ajudar

pedagoga instrui aluna

Existem diversos modelos de plano pedagógico que podem ser adaptados à realidade da instituição, conforme suas necessidades e dificuldades a serem trabalhadas. 

  • Planejamento do sistema educacional: diretrizes da Política Nacional de Educação que servem como base para as escolas privadas e públicas elaborarem suas ações pedagógicas;
    • Planejamento de currículo: refere-se aos componentes curriculares trabalhados no decorrer do ano letivo, baseados nas necessidades dos estudantes e recursos disponíveis da instituição;
  • Planejamento das atividades escolares: elaborado a partir do plano curricular, serve para conduzir as aulas e garantir a transmissão dos conhecimentos aos alunos de forma eficiente, além de evidenciar as ferramentas avaliativas aplicadas.

Conclusão

Você aprendeu neste artigo que o planejamento pedagógico é o processo de organização e articulação das ações educativas de uma escola, visando alcançar os objetivos propostos pelo Projeto-Político Pedagógico escolar. Trata-se de uma ferramenta essencial para o desenvolvimento de uma educação de excelência, que atenda às necessidades e expectativas dos estudantes, das famílias e da sociedade.

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Planejamento Escolar: aprenda como fazer e sua importância (Guia 2023)

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duas pessoas realizam planejamento escolar em folha e tablet

O planejamento escolar é uma ferramenta essencial para organizar as atividades pedagógicas de uma instituição de ensino. Ele envolve a definição de objetivos, metas, estratégias, recursos e avaliações para cada nível, série, disciplina e projeto educativo. 

Com um plano bem elaborado, a escola é capaz de garantir a qualidade do ensino-aprendizagem, a coerência curricular, a articulação entre as diferentes áreas do conhecimento e o desenvolvimento integral dos estudantes. 

Neste guia, você vai aprender como fazer um planejamento escolar eficiente e qual a sua importância para o sucesso da educação. Continue acompanhando!

O que é planejamento escolar?

Explicamos inicialmente que o planejamento escolar é um processo que envolve a definição de objetivos, metas, estratégias e ações para o desenvolvimento do ensino e da aprendizagem em uma instituição de educação. 

Ele pode ser realizado em diferentes níveis: institucional, curricular, de área, de disciplina e de aula. 

Esse planejamento é importante para orientar o trabalho dos professores, coordenadores e gestores, bem como para avaliar os resultados alcançados e promover melhorias contínuas. A partir dele, a instituição de ensino consegue proporcionar a participação democrática e o compromisso de todos os envolvidos com a qualidade da educação.

Quais são os objetivos de um planejamento escolar?

professora sorridente com crianças brincando em mesa ao fundo

Suas principais finalidades incluem:

  • Orientar os professores e os gestores na elaboração e na execução do currículo, dos projetos e das atividades educativas;
  • Promover a articulação entre os diferentes níveis e modalidades de ensino, respeitando a diversidade e a especificidade de cada etapa e área de conhecimento;
  • Estabelecer os critérios e os instrumentos de avaliação da aprendizagem dos alunos e da qualidade do trabalho pedagógico;
  • Favorecer a participação da comunidade escolar na definição das metas, dos princípios e dos valores que norteiam a proposta educativa da escola;
  • Contribuir para o desenvolvimento integral dos alunos, formando cidadãos críticos, criativos e comprometidos com a sociedade.

Como deve ser feito o planejamento escolar?

pessoa com lápis a mão faz apontamentos em folha

O planejamento é uma ferramenta essencial para organizar e coordenar as ações educativas de uma escola.

Desse modo, ele deve estar alinhado com a Proposta Pedagógica e o Projeto Político-Pedagógico (PPP) da instituição, bem como com as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Para fazer um planejamento escolar eficiente, é importante seguir alguns passos:

  • Reunir professores e coordenadores pedagógicos para dialogar sobre o futuro da escola, respeitando a opinião e o conhecimento de cada um;
  • Analisar a realidade interna e externa da escola, considerando aspectos como infraestrutura, qualificação, resultados, dificuldades, relacionamento com os responsáveis e a comunidade;
  • Estabelecer metas concretas e objetivas para a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem, evitando questões subjetivas que podem ser difíceis de gerir;
  • Elaborar o plano de ação, detalhando as atividades que serão desenvolvidas em cada etapa do ano letivo, os recursos necessários, os responsáveis e os prazos;
  • Monitorar e avaliar o planejamento escolar periodicamente, verificando se as metas estão sendo cumpridas e se há necessidade de ajustes ou correções.

A elaboração desse plano é um processo dinâmico e participativo que requer reflexão, diálogo e comprometimento de todos os envolvidos.

LEIA MAIS: Projeto de vida: qual é o seu e o de seus alunos?

Quais são as características de um bom planejamento? h2

Um planejamento de boa qualidade é aquele que leva em conta as necessidades e os interesses dos alunos, dos professores e da comunidade escolar. Portanto, ele deve ser:

  • flexível: capaz de se adaptar às mudanças e aos imprevistos que podem ocorrer ao longo do ano letivo, sem perder de vista os objetivos e as metas estabelecidos;
  • participativo: envolver todos os segmentos da escola, como gestores, coordenadores, professores, alunos, pais e funcionários. Cada um deve ter voz e vez na elaboração, na execução e na avaliação do planejamento;
  • coerente: estar alinhado com a proposta pedagógica da escola, com os currículos e com as diretrizes educacionais. O planejamento deve respeitar a diversidade e a singularidade dos sujeitos envolvidos no processo educativo;
  • avaliativo: prever momentos de reflexão e de análise dos resultados alcançados, dos desafios enfrentados e das possibilidades de melhoria. O planejamento deve ser revisado e reajustado periodicamente, de acordo com os dados e as evidências coletadas.

Quais são as 3 etapas do planejamento escolar?

duas mulheres conversam em escola

Um planejamento eficiente costuma ser desenvolvido seguindo 3 etapas distintas: o planejamento do curso, o planejamento da unidade e o planejamento de aula. Confira mais detalhes de cada estágio abaixo.

1. Planejamento do curso

Refere-se à definição dos conteúdos, das metodologias, dos recursos e das avaliações que serão utilizados em cada disciplina. Da mesma forma que o plano como um todo, essa etapa deve estar alinhada com a PPP da escola e com a BNCC. 

As etapas do planejamento do curso podem variar de acordo com a realidade de cada escola, mas geralmente envolvem os seguintes passos:

  • Definir os objetivos do curso: quais as expectativas em termos de aprendizagem e desenvolvimento dos estudantes ao longo do curso? Quais são as competências e habilidades previstas na BNCC para o segmento e a área do conhecimento?
  • Selecionar os conteúdos programáticos: o que será ensinado aos estudantes? Quais são os temas, os conceitos, as habilidades e as atitudes que serão abordados no curso? Como os conteúdos serão organizados e sequenciados?
  • Escolher as metodologias de ensino: como será ensinado e quais recursos mobilizados durante o processo de ensino? Quais são as estratégias, as técnicas, as atividades e os recursos didáticos que serão utilizados para facilitar a aprendizagem? Como se vai integrar as diferentes modalidades de ensino (presencial, híbrido ou remoto)?
  • Planejar as avaliações: como será feito o acompanhamento da aprendizagem dos estudantes? Quais são os critérios, os instrumentos e os momentos de avaliação? Como será conduzido o feedback aos estudantes e aos pais ou responsáveis? Como os resultados das avaliações serão utilizados para replanejar o curso?

Esse é um documento dinâmico e flexível, que deve ser revisado e ajustado ao longo do ano letivo, de acordo com o acompanhamento da aprendizagem dos estudantes e as demandas da escola.

2. Planejamento da unidade

No planejamento da unidade, ocorre a organização dos conteúdos, metodologias, recursos e avaliações de uma determinada unidade didática ou tema gerador. Para elaborá-lo, é necessário considerar os seguintes aspectos:

  • Articulação com o PPP da escola e com os currículos oficiais;
  • Adequação aos interesses, necessidades e características dos alunos e do contexto sociocultural;
  • Seleção e a sequência dos conteúdos de forma significativa, interdisciplinar e integrada.
  • Definição dos objetivos de aprendizagem, expressando as competências e habilidades que se pretende desenvolver nos alunos;
  • Escolha das metodologias de ensino, privilegiando as que favorecem a participação ativa, a cooperação, a pesquisa, a problematização e a criatividade dos alunos;
  • Seleção e o uso dos recursos didáticos, como livros, materiais concretos, tecnologias digitais, entre outros, que auxiliem na construção do conhecimento;
  • Elaboração e a aplicação dos instrumentos de avaliação, que devem ser diversificados, contínuos e formativos, visando verificar o alcance dos objetivos e orientar as intervenções pedagógicas necessárias.

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3. Planejamento de aula

Na terceira etapa do planejamento escolar, temos o planejamento de aula, que é uma especificação do plano de ensino para cada aula ou conjunto de aulas. O plano de aula deve conter as seguintes etapas:

  • Tema abordado: o assunto, o conteúdo a ser trabalhado;
  • Justificativa: o motivo de trabalhar determinado assunto;
  • Objetivos: aquilo é esperado em termos de aprendizagem dos alunos com a aula;
  • Metodologia: como será ensinado e quais recursos serão utilizados para ensinar;
  • Recursos: quais materiais serão utilizados na aula;
  • Avaliação: quais as estratégias e os instrumentos de avaliação para acompanhar a aprendizagem dos alunos.

São essas 3 etapas que compõem um planejamento escolar de qualidade, que auxilia na organização da ação dos professores, visando tornar a aprendizagem mais engajadora para os alunos. Em suma, um planejamento de ensino precisa ter a seguinte estrutura:

  • Conhecimento da realidade: diagnóstico da situação dos alunos, da escola e do contexto social, para identificar as demandas, os interesses e as dificuldades de aprendizagem;
  • Elaboração do plano: definição dos objetivos gerais e específicos, a justificativa, os conteúdos programáticos, as metodologias de ensino, os recursos didáticos, o tempo e o espaço das aulas e os critérios de avaliação pedagógica;
  • Execução do plano: colocar em prática o que foi planejado, seguindo as orientações metodológicas e didáticas, e utilizando os recursos disponíveis. Nessa etapa, o professor deve estar atento ao feedback dos alunos e às possíveis adaptações que se façam necessárias;
  • Avaliação e aperfeiçoamento do plano: verificar se os objetivos foram alcançados, se os conteúdos foram assimilados, se as metodologias foram adequadas e se os recursos foram eficientes. É preciso fazer uma análise crítica do seu trabalho e dos resultados obtidos, buscando identificar os pontos fortes e fracos do plano e as possibilidades de melhoria.

Qual a importância do planejamento na educação básica?

O planejamento escolar é uma ferramenta essencial para garantir a qualidade da educação básica. Por meio dele, a escola consegue organizar as ações educativas de forma coerente, articulada e eficiente, levando em conta as necessidades e expectativas dos alunos, as diretrizes curriculares nacionais, os recursos disponíveis e os desafios do contexto social.

LEIA MAIS: Como as metodologias ativas contribuem para o processo de aprendizagem

Conforme já evidenciamos neste guia, esse planejamento deve ser participativo, envolvendo todos os segmentos da comunidade escolar: docentes, discentes, funcionários, pais e representantes da sociedade civil. Dessa forma, ele se torna um instrumento de democratização da gestão escolar e de fortalecimento do PPP escolar. 

A importância do planejamento escolar na educação básica se reflete nos benefícios que ele proporciona para o ensino e a aprendizagem. O planejamento escolar contribui para:

  • Definição clara dos objetivos de aprendizagem esperados para cada ano, série ou ciclo;
  • Estabelecimento de critérios claros e transparentes de avaliação da aprendizagem;
  • Seleção dos conteúdos mais relevantes e significativos para os alunos;
  • Escolha das metodologias mais adequadas e diversificadas para cada conteúdo;
  • Integração das diferentes áreas do conhecimento e promoção da interdisciplinaridade;
  • Desenvolvimento das competências e habilidades dos alunos para o século XXI;
  • Respeito à diversidade cultural, étnica, social e individual dos alunos;
  • Promoção da participação ativa dos alunos no processo educativo;
  • Estímulo da criatividade, da autonomia, da cooperação e do senso crítico dos alunos;
  • Favorecimento da formação integral dos alunos como cidadãos éticos, responsáveis e solidários.

Quando começar o planejamento escolar do próximo ano letivo? 

mulher faz leitura de texto para crianças

Não há um momento ideal único para começar o planejamento, pois cada escola tem sua própria realidade e necessidades. No entanto, alguns fatores podem ajudar a definir a melhor ocasião para começar sua elaboração:

  • Calendário escolar: é importante considerar as datas de início e término do ano letivo, os feriados, as férias, os recessos e as avaliações externas. Esses elementos podem influenciar na distribuição das horas-aula, na definição dos objetivos de aprendizagem e na elaboração das atividades;
  • Diagnóstico da situação atual: antes de planejar o futuro, é preciso avaliar o presente. Isso envolve analisar os resultados obtidos pelos alunos, os desafios enfrentados pelos professores, as demandas da comunidade escolar e as condições da infraestrutura. Essas informações podem ajudar a identificar as prioridades, as metas e as estratégias para o próximo ano;
  • Participação dos envolvidos: o planejamento escolar não deve ser uma tarefa exclusiva da gestão, mas sim um processo coletivo e democrático. Por isso, é fundamental envolver os professores, os funcionários, os alunos e os pais na construção do projeto pedagógico da escola. Essa participação pode ocorrer por meio de reuniões, assembleias, conselhos, pesquisas ou outras formas de comunicação;
  • Antecedência necessária: o planejamento escolar não deve ser feito às pressas, mas com tempo suficiente para que seja bem elaborado e executado. Além disso, é preciso considerar o tempo necessário para divulgar o planejamento para toda a comunidade escolar e para realizar eventuais ajustes ou correções. Uma sugestão é começar o planejamento no segundo semestre do ano anterior ao ano letivo que se pretende planejar.

Considerando esses fatores, podemos dizer que, na realidade, o que existe é um período adequado, que varia de acordo com cada contexto. O importante é que o planejamento seja feito com qualidade, participação e compromisso de todos os envolvidos.

Conclusão

Como você pode ver neste guia, o planejamento escolar é uma ferramenta essencial para organizar as atividades pedagógicas, definir os objetivos e as estratégias de ensino e avaliação, e acompanhar o desenvolvimento dos alunos. 

Ele deve ser elaborado de forma participativa, envolvendo todos os profissionais da escola e considerando as necessidades e as características da comunidade escolar. Além disso, precisa ser flexível e revisado periodicamente, para se adaptar às mudanças e aos desafios do contexto educacional. Assim, ele contribui para a melhoria da qualidade da educação e para a formação integral dos estudantes.

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Dia da Educação: conheça a data, sua importância e iniciativas!

Dia da Educação: conheça a data, sua importância e iniciativas!

criança sorri com lápis na mão em escola com outra criança ao fundo

O Dia da Educação é comemorado em 28 de abril. Essa data foi escolhida durante o Fórum Mundial da Educação — conferência organizada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). A reunião, conhecida hoje como um importante marco para a educação global, foi realizada em 2000, na capital do Senegal, Dakar.

Nesse encontro, ocorrido em 28 de abril, representantes de centenas de países firmaram a Declaração de Dakar: um compromisso em prol da implantação e desenvolvimento de ações que garantam a toda criança e adolescente o acesso à Educação Básica e Secundária de qualidade. 

No conteúdo a seguir, você conhecerá um pouco mais sobre essa aliança mundial, a importância de celebrar essa data e as principais iniciativas educacionais. Acompanhe!

O que é o Dia Mundial da Educação?

O Dia Mundial da Educação é uma data que celebra a importância da educação em todos os seus aspectos, desde a escolar até a social e familiar.

Conforme explicamos inicialmente, essa data foi definida em 28 de abril, durante o Fórum Mundial de Educação realizado em Dakar, Senegal, no ano 2000, organizado pela UNESCO. 

Nesse evento, mais de 100 países se comprometeram a levar a educação básica e secundária a todas as crianças e jovens do mundo até 2015.

Nesse ano, um novo Fórum foi realizado na Coreia do Sul, onde os compromissos foram restabelecidos para até 2030, na Declaração de Incheon.

A educação é um direito de todos e um dever do Estado e da família, conforme a Constituição Federal. Ela visa ao pleno desenvolvimento do indivíduo, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o mercado de trabalho. 

A educação também é fundamental para a construção de valores sociais, éticos e morais, que são a base para a vida em sociedade e para o convívio harmonioso em coletividade.

No Brasil, além do Dia Mundial da Educação, existem outras datas que homenageiam a educação e seus profissionais, como:

    • Dia da Escola (15 de março);

    • Dia do Pedagogo (20 de maio);

    • Dia do Estudante (11 de agosto);

    • Dia do Professor (15 de outubro);

    • Dia Internacional dos Estudantes (17 de novembro). 

Também há o Dia Mundial da Educação Infantil (25 de agosto), que foi criado pela Lei nº 12.602/12, sancionada pela então presidente, Dilma Rousseff.

Qual a história do Dia da Educação?

criança sorri com lápis na mão.

O Dia da Educação é uma oportunidade para refletir sobre os avanços e os desafios da educação no Brasil e no mundo.

Por isso, essa data nos incentiva a reconhecer o papel dos educadores na formação das novas gerações e valorizar as experiências educativas que promovem a inclusão, a diversidade, a cidadania e a sustentabilidade.

Também é uma ocasião propícia para cobrar dos governos e da sociedade o cumprimento dos compromissos assumidos com a educação e mobilizar todos os setores em prol da defesa do direito à educação como um bem público e universal.

No país, a história da educação é marcada por conquistas e obstáculos.

Desde o período colonial até os dias atuais, houve diversas reformas e políticas educacionais que buscaram ampliar o acesso e a qualidade da educação em território nacional. Alguns marcos históricos são: 

    • criação do Ministério da Educação e Saúde em 1930; 

    • Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova em 1932; 

    • criação da Universidade do Brasil em 1937;

    • criação do Conselho Nacional de Educação em 1931 e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em 1937;

    • Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1961;

    • Movimento de Educação Popular de Paulo Freire nos anos 1960;

    • Constituição Federal de 1988;

    • Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990;

    • Plano Nacional de Educação de 2001;

    • Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) de 2006;

    • Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), entre outros.

Apesar dos avanços, ainda há muitos desafios a serem superados para garantir uma educação pública, gratuita, laica, democrática e de qualidade para todos. Segundo dados do Inep, em 2019 havia cerca de 11 milhões de analfabetos no país e mais de 1 milhão de crianças fora da escola.

Além disso, mais da metade dos estudantes do Ensino Médio não atingiram os níveis adequados de aprendizagem em Língua Portuguesa e Matemática. Outro ponto é que apenas 19% dos jovens entre 18 e 24 anos estavam matriculados no Ensino Superior e mais de 2 milhões de professores recebiam salários abaixo do piso nacional.

Assim, o Dia da Educação é um modo de reforçar seu papel como instrumento de transformação social, que contribui para a formação de cidadãos críticos, conscientes e participativos. Ela abrange diversos aspectos, como a alfabetização, a cultura, a ciência, a arte, a saúde, o meio ambiente, os direitos humanos, a diversidade e a inclusão.

Quais são seus objetivos?

crianças levantam as mãos para tirar dúvidas em escola

Segundo a Declaração de Dakar, as metas firmadas para a educação em 2000, deveriam ser cumpridas em até 15 anos. Nesse sentido, um novo Fórum da Educação foi ministrado pela UNESCO em 2015, sediado na Coreia do Sul. 

Durante esse encontro, novos objetivos foram definidos, constituindo a Declaração de Incheon, com prazo para até 2030. Esse novo documento foi elaborado para impulsionar as nações a oferecerem educação de qualidade, igualitária e inclusiva, bem como oportunidades de aprendizado no decorrer de sua vida.

Todos os objetivos listados no documento fazem parte da agenda de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). 

Metas globais

Os ODS foram estipulados em 2015, na Declaração de Incheon, durante a 70ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Aqui, prioriza-se a criação de 17 políticas públicas no mundo até 2030:

    1. Erradicação da pobreza;

    1. Fome zero;

    1. Boa saúde e bem-estar;

    1. Educação de qualidade;

    1. Igualdade de gênero;

    1. Água potável e saneamento;

    1. Energia acessível e limpa;

    1. Emprego digno e crescimento econômico;

    1. Indústria, inovação e infraestrutura;

    1. Redução das desigualdades;

    1. Cidades e comunidades sustentáveis;

    1. Consumo e produção responsáveis;

    1. Combate às alterações climáticas;

    1. Vida debaixo d’água;

    1. Vida sobre a terra;

    1. Paz, justiça e instituições fortes;

    1. Parceria e meios de implementação do desenvolvimento sustentável.

Metas para o Brasil

Depois do Fórum de 2015, o Brasil sancionou o Plano Nacional da Educação (PNE). Esse plano serve de guia para as políticas educacionais aplicadas em cada estado brasileiro. Ao todo, são 10 diretrizes e 20 metas que englobam todos os níveis de formação, desde a Educação Infantil até o Ensino Superior. 

O PNE define pontos fundamentais para o ensino de qualidade no país, a exemplo da educação inclusiva, capacitação dos professores, taxa de escolaridade e ensino profissionalizante. Cada indicador deve ser monitorado a cada 2 anos. 

Nesse aspecto, destacamos que tanto a PNE quanto o ODS da ONU apresentam questões semelhantes. A Meta 1 do PNE e o item 4.2 do ODS afirmam o seguinte:

    • Meta 1 do PNE: Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches, de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE — (Meta 1. Planejando a Próxima Década Conhecendo as 20 Metas do Plano Nacional de Educação, p. 9);

    • Item 4.2 do ODS: Até 2030, garantir que todos os meninos e meninas tenham acesso a um desenvolvimento de qualidade na primeira infância, cuidados e educação pré-escolar, de modo que estejam prontos para o ensino primário — (Item 4.2. Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável).  

Mais um exemplo de similaridade pode ser identificado na Meta 10 do PNE e no item 4.4 do ODS:

    • Meta 10 do PNE: Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional — (Meta 10. Planejando a Próxima Década Conhecendo as 20 Metas do Plano Nacional de Educação, p. 10);

    • Item 4.4 do ODS: Até 2030, aumentar substancialmente o número de jovens e adultos que tenham habilidades relevantes, inclusive competências técnicas e profissionais, para emprego, trabalho decente e empreendedorismo — (Item 4.4. Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável).

É interessante mencionar que, as declarações internacionais não possuem respaldo legal dentro dos países e funcionam apenas como uma evidência dos interesses comuns entre os governos. 

Já a PNE é uma Lei Federal, que torna esses objetivos políticas públicas. Na prática, consiste em um compromisso do Estado para melhorar os níveis de educação no Brasil.

Como promover a valorização da educação no Brasil?

estudante sorri para câmera com outros estudantes ao fundo

Debater sobre a valorização da educação no Brasil é algo complexo e desafiador, que envolve diversos aspectos, como a qualidade do ensino, a remuneração e o reconhecimento dos professores, o financiamento e a gestão dos recursos, a participação da família e da sociedade, entre outros. 

Afinal, promover uma educação de excelência é uma responsabilidade do governo e de todos. Trata-se de um direito fundamental de todos os cidadãos e um fator essencial para o desenvolvimento humano, social e econômico do país. 

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Por isso, é necessário garantir que todos tenham acesso ao ensino de qualidade, desde a primeira infância até o Ensino Médio, respeitando as diversidades e as necessidades de cada um. Algumas iniciativas que podem contribuir para a valorização da educação no Brasil são: 

    • investir na formação inicial e continuada dos professores, oferecendo-lhes condições adequadas de trabalho e remuneração justa; 

    • fortalecer o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que é o principal mecanismo de financiamento da educação básica no país; 

    • implementar currículos que estimulem a criatividade e o pensamento crítico dos estudantes, além de prepará-los para os desafios do século XXI; 

    • promover a participação da família e da comunidade na vida escolar dos alunos, incentivando o diálogo e a colaboração; 

    • valorizar as experiências e os saberes dos educadores e dos educandos, reconhecendo suas trajetórias e potencialidades.

Quais são as iniciativas em prol da educação?

grupo de crianças diversas se abraçam em escola de educação infantil

Existem diversas iniciativas em prol da educação no Brasil, que visam melhorar a qualidade do ensino, garantir o acesso e a permanência dos estudantes na escola, promover a gestão democrática e a participação social, e valorizar os profissionais da educação.

Conferência Nacional de Educação (Conae)

Espaço aberto para o debate entre o poder público e a sociedade civil sobre os rumos da educação. A Conae acontece a cada quatro anos e é organizada pelo Fórum Nacional de Educação (FNE), que reúne representantes de diferentes setores da sociedade civil.

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Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb

Indicadores que medem a qualidade do ensino nas escolas públicas e privadas do país. O Saeb avalia os conhecimentos dos estudantes em Língua Portuguesa e Matemática, e o Ideb combina os resultados do Saeb com as taxas de aprovação. Esses indicadores subsidiam políticas públicas para aprimorar a educação no país.

Políticas públicas em educação

Programas ou ações elaboradas em âmbito governamental que auxiliam na efetivação dos direitos previstos na Constituição Federal. Um dos seus objetivos é colocar em prática medidas que garantam o acesso à educação para todos os cidadãos. 

Alguns exemplos são o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), o Programa Nacional de Transporte Escolar (Pnate) e o Plano Nacional de Educação (PNE).

Conclusão

O Dia da Educação é uma data que merece ser celebrada, pois nos lembra que a educação é um bem público e dever do Estado. Nos últimos anos, o Brasil tem obtido grandes conquistas no que se refere à políticas de inclusão para Pessoas Com Deficiência (PCDs) no meio escolar, por exemplo. 

Por outro lado, novos desafios atrapalham a implementação dessas iniciativas na prática. É por essa razão que documentos como Declaração de Dakar e de Incheon assumem o papel de manter os esforços coletivos em proporcionar ensino de qualidade aos cidadãos.

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