Como inovar nas aulas em tempo de pandemia

Como inovar nas aulas em tempo de pandemia

Com as aulas sendo ministrada por tecnologia, muitos professores estão com dúvidas de como inovar em suas aulas, já que o planejamento das aulas presenciais e  das aulas mediadas por tecnologia são muitos diferentes entre si. Além de alguns materiais que estávamos acostumado a usar em sala de aula, sofrerem alterações para que possam se apresentando em aulas e suportes digitais. 

Precisamos olhar para esse período, como um período emergencial das aulas, considerando que é normal enfrentar dificuldades em preparar as mesmas, por isso planejá-la, trocar com o colega e compreender as diferenças podem te auxiliar a inovar no aprendizado. E para te auxiliar neste momento, reunimos algumas sugestões para que possa refletir e replicar. Vamos lá?!

 
 

Menos é mais

 

Sabe aquela frase menos é mais, é propícia para esse momento! Para que os estudantes possam se engajar com as aulas, é preciso que as mesmas sejam atrativas, interativas e que se sintam pertencente a ela, criando uma conexão com os alunos,  já que o meio ministrado é o suporte digital.

Os passos da aula devem ser apresentados aos estudantes e as mesmas devem ser compostas pela apresentação inicial e um acolhimento, apresentando a habilidade a ser trabalhada para que o estudante possa compreender a proposta e uma problematização e ou um tema gerador. Na sequência o desenvolvimento da aula com atividades e por fim uma retomada dos principais assuntos e também uma avaliação para compor o portfólio e ou uma rubrica que servirá de base para um replanejamento e compreensão se os estudantes estão conseguindo acompanhar as aulas. 

É importante promover a interação, mas permitindo que os estudantes escolham a maneira de participar. Muitos sentem receios de se expor e dizer algo que possa está errado e os amigos ficarem com brincadeiras, por isso é importante estabelecer combinados e sempre conversar com a turma sobre internet segura e cyberbullying.

Para levar para as aulas

 

Metodologias ativas

 

As metodologias ativas podem ser trabalhadas de diversas maneiras e um dos objetivos principais é tirar o aluno da passividade e trazê-lo ao centro do processo de aprendizagem, para que participe de maneira ativa da sua aprendizagem.

Vale trazer problemas reais e conversar com os estudantes sobre o momento atual em que estamos vivenciando e ofertar que os alunos reflitam sobre alguns aspectos, encontrando possíveis soluções.

A sala de aula invertida, também pode trazer engajamento e personalização ao aprendizado ao antecipar conteúdos que pode ser uma música, uma leitura e ou filme para que o estudante possa trazer pontos para a discussão nas aulas. O cuidado é somente propor coisas que são acessíveis aos discentes nesse momento.

 

Cultura Maker

 

Outro desafio possível neste momento é trabalhar com a cultura maker que propõe um aprendizado mão na massa. É possível aliar o seu aprendizado as metodologias ativas e incentivarem os estudantes criarem, utilizando a criatividade com materiais de fácil acesso e também apresentando propostas de substituição.

 

Habilidades Socioemocionais

 

Trabalhar com as habilidades socioemocionais é essencial, principalmente porque estamos administrando muitos sentimentos neste momento de pandemia. Prevê um acolhimento, uma atividade que pode até ser em formato de rubrica, ajuda a compreender um pouco mais como estão nossos estudantes e a replanejar as ações.

 

Os desafios são muitos, trazer os pilares da inovação, é importante  para mantermos a tranquilidade  e repassá-la aos estudantes, construindo caminhos juntos. As pessoas sempre serão o centro do processo de aprendizagem.

Um abraço carinhoso,

Débora

Débora Garofalo é Assessora Especial de Tecnologias da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo (SEE SP) e professora da rede pública de ensino de São Paulo. Formada em Letras e Pedagogia, mestranda em Educação pela PUC-SP, vencedora na temática Especial Inovação na Educação no Prêmio Professores do Brasil, Vencedora no Desafio de Aprendizagem Criativa do MIT e considerada uma das dez melhoras professoras do mundo pelo Global Teacher Prize, o Nobel da Educação.

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Como mudar atitudes e pensamentos reflete em melhores resultados.

Quando começou a lecionar em um tradicional colégio da comunidade japonesa de São Paulo, há alguns anos, o geógrafo Guilherme Sandler tinha dois caminhos a escolher: ou seguir livros didáticos e apostilas, lição após lição, transformando paisagens, fenômenos naturais e as relações entre ser humano e ambiente em uma narrativa oral muitas vezes monótona, ou poderia… inovar. Desse modo, Sandler trouxe tecnologias então recentes, como o Google Earth, criou jogos geográficos e conciliou o high-tech com papelão, fita crepe e palito de sorvete. Hoje, Guile, como é conhecido, é articulador de uma rede colaborativa de inovação com mais de 4 mil membros, a Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa.

Não, esta reportagem não trata de inovação ou de movimentos como a da aprendizagem criativa, que ganham tração e começam a impactar a educação em todo o Brasil. O objetivo é abordar um processo que ganha cada vez mais dimensão estratégica em todas as organizações: a mudança cultural, ou simplesmente a capacidade de pensar diferente, adotar novos pontos de vista, sair da caixa, reinventar-se.

A trajetória profissional vivida por esse educador exemplifica o desafio de milhões de professores brasileiros, que todos os dias iniciam seu dia atuando em um dos espaços mais tensionados pela transformação da tecnologia, do trabalho, da sociedade e do conhecimento: a escola.

Para quem logo pensa em aprender a usar computador, aplicativos, plataformas, redes sociais, calma lá. Embora a dimensão tecnológica seja parte inerente do mundo do século XXI, isso é apenas parte do desafio. A mudança cultural é bem mais ampla e pode simplesmente se referir ao modo como educamos nossos filhos e alunos, como lhes damos feedbacks sobre seu desenvolvimento, como os preparamos para superar seus desafios. Relaciona-se com a maneira como nos vemos no mundo em todas as dimensões, incluindo a profissional. Relaciona-se com a forma como interpretamos o que nos ocorre e como projetamos a ação futura. A questão é que, em um oceano de transformações, precisamos também rever a forma pela qual conduzimos nosso barco, às vezes deixando-nos levar pela onda, às vezes remando contra a maré.

Mindset fixo e de crescimento

A pesquisadora Carol S. Dweck, PhD pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, dedicou sua vida acadêmica a estudar como o comportamento das pessoas é afetado pelas suas crenças pessoais e como influencia na maneira como cada um se relaciona com o mundo, seja nos desafios, nos fracassos ou nos sucessos. Tornou-se célebre pelo livro Mindset – a nova psicologia do sucesso, que acaba de ser reeditado pela Editora Objetiva, no Brasil, com quase 2 milhões de exemplares vendidos em diversos países. Mindset significa, em sua perspectiva, a atitude mental e a forma pela qual é influenciada por crenças individuais.

A abordagem é espantosamente simples. Segundo a pesquisadora, há basicamente dois tipos de mindset: o que denomina mindset fixo e o que define como mindset de crescimento. Não se trata de separar o mundo entre otimistas e pessimistas, ou entre os que veem o copo meio cheio ou meio vazio, na expressão popular.

Na base do conceito proposto por Dweck está a divisão entre as pessoas que orientam suas condutas pela crença íntima em qualidades inatas (as de mindset fixo) ou pelas competências aprendidas e construídas pelo esforço – as de mindset de crescimento. 

Como a pesquisadora explica, acreditar que nascemos com qualidades inerentes pode levar os indivíduos a encarar todos os desafios como provas ou ameaças aos sucessos já obtidos, e assim resistir a tudo o que envolve se expor ao novo, com os previsíveis ciclos de erros e aprendizados. Segundo a pesquisadora de Stanford, pessoas de mindset fixo veem a crítica e o erro como questões de caráter e sentem-se fragilizadas em sua própria identidade quando chamadas a mudar de atitude ou a enfrentar o novo. Qualquer fracasso pode ser pesado demais.

Ao contrário, diz Carol Dweck, aqueles que entendem que o fracasso (por exemplo, nas atividades de aprendizagem ou profissionais) é simplesmente uma oportunidade para aprender e que talento não é um amuleto distintivo que trazemos do berço podem se abrir mais facilmente a possibilidades de crescimento.

Uma dimensão óbvia dessa dualidade pode ser vista na questão do esforço pessoal. Para aqueles que acreditam em desenvolvimento de virtudes, capacidades, competências, o investimento de tempo e trabalho em projetos é parte integrante do cotidiano. Para os que preferem acreditar em seus atributos inatos, todo esforço pode parecer algo desnecessário e incoerente com suas convicções.

Evidentemente, o estudo possui nuances. Todos possuímos esses dois mindsets em diferentes proporções. Além disso, podemos nos enganar achando que somos flexíveis, quando só encontramos álibis para dobrar a resistência. Mas a reflexão continua válida ao indagar sobre o que orienta nossas atitudes diante do novo. 

Desses princípios decorreram pesquisas, exemplos e análises citadas pela pesquisadora em diversos campos da atividade humana, descritas nos estudos reunidos no livro. Em alguns casos, são particularmente relevantes para a educação e são coerentes com pesquisas no campo da pedagogia e da psicologia educacional. Um exemplo interessante é como encaramos o erro e o insucesso de crianças e adolescentes e, principalmente, como manifestamos isso nas palavras que utilizamos em sala de aula.

Nesse aspecto em específico, é muito fácil perceber a diferença entre elogiar um aluno atribuindo a nota à sua inteligência (e reforçar o mindset fixo), como é frequente, ou procurar reconhecer seu esforço, sua atenção ao processo, a distância entre o ponto de partida e até onde chegou.

Na cultura da avaliação escolar brasileira, historicamente focada em métricas e notas, e com grandes índices de repetência, prevalece a primeira abordagem. “A sala de aula muitas vezes se divide, no olhar do professor, entre os mais inteligentes e menos inteligentes, entre os que terão sucesso e os que provavelmente fracassarão. Assim, prevalece o resultado final sobre o percurso individual, o esforço de superação, o processo de aprendizagem. Assim como prevalece a baixa expectativa sobre a chance de transformação do aluno”, diz a psicóloga e pedagoga Claudia Tricate, diretora do Colégio Magno, em São Paulo. 

Acreditar que nascemos com qualidades inerentes pode nos levar a encarar todos os desafios como provas ou ameaças aos sucessos já obtidos, e assim resistir ao novo.

Mas, cuidado, o risco é ir ao outro extremo e simplesmente reconhecer o esforço, mesmo que não tenha levado a lugar algum. Nesse caso, o feedback positivo equivaleria a um tapinha nas costas. “Nosso trabalho mostra que você pode elogiar o resultado, desde que também fale sobre o processo que levou a esse resultado”, explica Carol Dweck, em uma entrevista à revista pedagógica Educational Leadership. Por isso, é importante ter estratégicas mais ricas de avaliação, que permitam ter um filme do processo de aprendizagem, e não apenas um retrato final. Entre outras virtudes, isso permitirá que o aluno não se sinta sempre voltando à estaca zero e perceba que houve avanços. “O esforço é essencial, mas está a serviço do progresso e do aprendizado. Há outras coisas igualmente importantes — como encontrar estratégias bem-sucedidas e buscar sugestões”, afirma a autora norte-americana na mesma entrevista.

Dentro da mesma ótica, a maneira de ver o erro é essencial para promover o que chama de mindset de crescimento. E, nesse caso, vale ter cuidado com a hipocrisia. “De nada adianta ter um discurso sobre valorizar o erro como parte do processo e não mudar nada na conduta, rebaixando a autoestima do aluno”, diz Claudia Tricate. “Valorizar o erro significa estar ao lado do aluno, buscar as causas, mostrar que há diferentes caminhos para chegar a um mesmo resultado, encontrar as hipóteses mais sólidas”, afirma.

E agora, professor?

A reflexão sobre nossas disposições de pensamento, crenças e a mudança cultural necessária não tem a ver apenas com o fazer diário do educador, mas também com a própria forma de encarar o dever da profissão. Afinal, o futuro tem um nome: educação. Um estudo divulgado no último Fórum Econômico Mundial mostra que nos próximos 2 anos até 54% dos profissionais precisarão passar por um processo denominado “reskilling”, que pode ser traduzido por uma requalificação de competências. 

“Um mundo em constante mudança exige pessoas com novas capacidades”, explica Luciana Camargo, diretora de RH da IBM para a América Latina. Por isso, transformar a cultura das pessoas e das empresas está entre os desafios que mais preocupam líderes globalmente. “Este é um desafio para as pessoas, mas também para empresas, uma vez que a era digital introduz novos modelos de negócios, novas formas de trabalho e a necessidade de uma cultura flexível que promova o desenvolvimento de todas as potencialidades das pessoas”, esclarece a executiva.

Acreditar que ser professor é fruto de um talento inato pode ser desanimador. Não há professor que não tenha algo a aprender ou a mudar

Flexibilidade, adaptabilidade a mudanças, gerenciamento do tempo, habilidade de priorizar e trabalhar em ambientes colaborativos são as competências essenciais para quem está no mercado de trabalho. Não há receita para mudar, mas, sem dúvida, a chave é a educação. É preciso pensar sobre como se aprende na fase adulta e, para isso, existe o termo andragogia ou pedagogia para adultos.

Um estudo da consultoria global Delloitte ouviu mais de 10 mil líderes em 169 países no ano passado e descobriu que a maior preocupação para 86% deles é justamente encontrar novas formas pelas quais as pessoas possam aprender e mudar, em seus próprios ambientes de trabalho. Mudar passa por aprender e reaprender sempre, por toda a vida, sem que isso signifique um demérito profissional, por mais talentoso que seja o funcionário da empresa.

A pesquisa de Carol Dweck tem algo a dizer sobre isso também. Para ela, acreditar que ser professor é fruto de um talento especial e inato pode também ser desanimador, especialmente em contextos desafiadores, como as salas de aulas das escolas de hoje. Não há professor que não tenha algo a aprender ou a mudar atualmente, seja nas escolas de elite, seja nas escolas públicas de áreas vulneráveis.

“Os novos professores geralmente têm uma percepção frágil de si mesmos em uma profissão tão exigente. Com uma mentalidade fixa, eles sentem que suas habilidades estão sendo julgadas, e podem esconder suas lutas. Mas em uma mentalidade de crescimento, você deseja que as pessoas possam lhe dar o feedback mais honesto possível”, diz.

Essa é uma barreira que precisa ser definitivamente superada. Mundo afora, as políticas de formação de professores em sistemas educacionais bem-sucedidos, como Japão, Coreia do Sul, Finlândia, frequentemente envolvem mentoria com professores mais experientes, estudo de aulas gravadas, feedbacks constantes. Parte essencial do trabalho das lideranças escolares é justamente acompanhar, encorajar e aprimorar o trabalho dos professores, e isso também é um aprendizado para os gestores brasileiros, porque dar bons feedbacks também requer um aprendizado.

“Muitas vezes, feedback é entendido como crítica construtiva. No entanto, é uma ferramenta poderosa para apreciar o que as pessoas estão fazendo bem e ajudar na reflexão sobre onde poderiam melhorar. Encorajar a mentalidade de crescimento e reflexão sobre o que se aprendeu com a experiência é uma forma positiva de incentivar as pessoas a crescerem”, diz Luciana Camargo.

Mas, claro, é preciso ter sempre em mente que mudar não é um processo simples para ninguém. Para o psicólogo José Ernesto Bologna, consultor de grandes empresas e de escolas brasileiras, trata-se de um desafio complexo que deve partir da compreensão do que precisa ser mudado. “Mudar envolve opiniões, visões de mundo, falas, atos, formas, estilos pessoais, sentimentos, abandonar antigas mágoas, antigas resistências, ser mais flexível em valores e juízos, ou se tornar mais rígido. Enfim, mudar a própria dificuldade de mudar”, lembra.

Segundo Bologna, memórias, princípios, conceitos, ideias, afetos, falas e atos, juntos, integram um sistema complexo que podemos denominar estilo, o popular jeito de cada um. “Cada um desses elementos constitutivos alimenta, realimenta, retroalimenta, e, assim, mantém todos os outros. Portanto, a personalidade, o estilo pessoal, com o tempo vai cristalizando, sulcando, os mesmos mecanismos e caminhos. É esse fenômeno psicodinâmico (a maneira de a mente manter o funcionamento da própria mente) que torna mudar progressivamente difícil com o tempo. Os adultos não mudam por falta de consciência da vantagem de viver experimentalmente, e da coragem de enxergar de novas formas”, define o especialista.  O que também é um desafio (e tanto) para a escola e para os educadores, não é mesmo?

Problemas brasileiros

A complexidade do cenário apontado por Bologna tem ingredientes próprios: a realidade da educação e da sociedade brasileira. Esse é um ponto essencial, que está na base de críticas possíveis a propostas como a defendida por Carol Dweck. Concentrar as soluções na postura de indivíduos pode levar a um grande erro: isentar o Estado ou as empresas de oferecer condições dignas de trabalho para seus profissionais.

No caso da realidade educacional brasileira, os desafios estão postos e são conhecidos. Há problemas por toda parte: salas lotadas, baixos salários, pouco tempo para a formação em serviço e para o planejamento. Nesse ecossistema tão multifacetado, não se pode esperar que a qualidade das escolas e o grau de engajamento profissional mude por esforço dos indivíduos – na medida em que é fruto de um contexto social mais amplo, em um país com quase 50 milhões de alunos e 2,1 milhões de professores.

Segundo a pesquisa Talis, que envolveu 48 países e foi divulgada no final de 2018 pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (ocde), quase 40% dos professores de Ensino Médio das escolas públicas brasileiras veem mais desvantagens do que vantagens em ser professor. Isso coloca o Brasil abaixo de países como Vietnã e Emirados Árabes. Apenas 11% dos professores de Ensino Fundamental – anos fundamentais acham que sua profissão é valorizada pela sociedade, um dos índices mais baixos do estudo.

A questão da infraestrutura é particularmente questionada. Cerca de 71% dos diretores das escolas públicas acreditam que seu trabalho fica mais difícil pela falta de internet. No plano dos salários, os docentes da rede pública ainda recebem, em média, 70% menos do que os demais profissionais com ensino superior.

É um cenário complexo que não se muda apenas com disposições individuais. Depende de prioridade política, pressão e controle social, mas que também não se transforma sem mudança de mentalidade dos profissionais da educação. A pesquisa Talis ainda mostra, por exemplo, que, apesar de meio século passado desde que os estudos do pesquisador brasileiro Sérgio Costa Ribeiro trouxeram à tona a chamada Pedagogia da Repetência, o país ainda continua sendo um dos que mais reprovam no mundo. Em 2018, 71% dos docentes continuam acreditando que é bom para a formação do aluno que ele repita o ano, caso tenha recebido notas baixas. Além disso, o contexto global aponta para grandes transformações na organização da educação, que se torna um processo cada vez mais disseminado fora da escola.

No século XXI, como previu o pesquisador português Rui Canário, a educação deixa de ser refém da escola e passa a acontecer em muitos outros ambientes sociais, presenciais e virtuais. Os educadores são profissionais de importância indiscutível, sobre o qual se assentam todas as esperanças de um mundo melhor. Assim, também se ampliam as possibilidades de atuação do educador, que precisa rever as bases de suas convicções para que possa participar sem temores do processo de reskilling vivido por todas as categorias profissionais. Nesse caso, sim, é hora de cada professor aceitar o conselho de Dweck e refletir sobre seu próprio mindset. E por que não?

Para saber mais

Pesquisa Talis. Disponível em:mod.lk/ed18pens. Acesso em: 9 fev. 2020. 

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Não, esta reportagem não trata de inovação ou de movimentos como a da aprendizagem criativa, que ganham tração e começam a impactar a educação em todo o Brasil. O objetivo é abordar um processo que ganha cada vez mais dimensão estratégica em todas as organizações: a mudança cultural, ou simplesmente a capacidade de pensar diferente, adotar novos pontos de vista, sair da caixa, reinventar-se.

A trajetória profissional vivida por esse educador exemplifica o desafio de milhões de professores brasileiros, que todos os dias iniciam seu dia atuando em um dos espaços mais tensionados pela transformação da tecnologia, do trabalho, da sociedade e do conhecimento: a escola.

Para quem logo pensa em aprender a usar computador, aplicativos, plataformas, redes sociais, calma lá. Embora a dimensão tecnológica seja parte inerente do mundo do século XXI, isso é apenas parte do desafio. A mudança cultural é bem mais ampla e pode simplesmente se referir ao modo como educamos nossos filhos e alunos, como lhes damos feedbacks sobre seu desenvolvimento, como os preparamos para superar seus desafios. Relaciona-se com a maneira como nos vemos no mundo em todas as dimensões, incluindo a profissional. Relaciona-se com a forma como interpretamos o que nos ocorre e como projetamos a ação futura. A questão é que, em um oceano de transformações, precisamos também rever a forma pela qual conduzimos nosso barco, às vezes deixando-nos levar pela onda, às vezes remando contra a maré.

Mindset fixo e de crescimento

A pesquisadora Carol S. Dweck, PhD pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, dedicou sua vida acadêmica a estudar como o comportamento das pessoas é afetado pelas suas crenças pessoais e como influencia na maneira como cada um se relaciona com o mundo, seja nos desafios, nos fracassos ou nos sucessos. Tornou-se célebre pelo livro Mindset – a nova psicologia do sucesso, que acaba de ser reeditado pela Editora Objetiva, no Brasil, com quase 2 milhões de exemplares vendidos em diversos países. Mindset significa, em sua perspectiva, a atitude mental e a forma pela qual é influenciada por crenças individuais.

A abordagem é espantosamente simples. Segundo a pesquisadora, há basicamente dois tipos de mindset: o que denomina mindset fixo e o que define como mindset de crescimento. Não se trata de separar o mundo entre otimistas e pessimistas, ou entre os que veem o copo meio cheio ou meio vazio, na expressão popular.

Na base do conceito proposto por Dweck está a divisão entre as pessoas que orientam suas condutas pela crença íntima em qualidades inatas (as de mindset fixo) ou pelas competências aprendidas e construídas pelo esforço – as de mindset de crescimento. 

Como a pesquisadora explica, acreditar que nascemos com qualidades inerentes pode levar os indivíduos a encarar todos os desafios como provas ou ameaças aos sucessos já obtidos, e assim resistir a tudo o que envolve se expor ao novo, com os previsíveis ciclos de erros e aprendizados. Segundo a pesquisadora de Stanford, pessoas de mindset fixo veem a crítica e o erro como questões de caráter e sentem-se fragilizadas em sua própria identidade quando chamadas a mudar de atitude ou a enfrentar o novo. Qualquer fracasso pode ser pesado demais.

Ao contrário, diz Carol Dweck, aqueles que entendem que o fracasso (por exemplo, nas atividades de aprendizagem ou profissionais) é simplesmente uma oportunidade para aprender e que talento não é um amuleto distintivo que trazemos do berço podem se abrir mais facilmente a possibilidades de crescimento.

Uma dimensão óbvia dessa dualidade pode ser vista na questão do esforço pessoal. Para aqueles que acreditam em desenvolvimento de virtudes, capacidades, competências, o investimento de tempo e trabalho em projetos é parte integrante do cotidiano. Para os que preferem acreditar em seus atributos inatos, todo esforço pode parecer algo desnecessário e incoerente com suas convicções.

Evidentemente, o estudo possui nuances. Todos possuímos esses dois mindsets em diferentes proporções. Além disso, podemos nos enganar achando que somos flexíveis, quando só encontramos álibis para dobrar a resistência. Mas a reflexão continua válida ao indagar sobre o que orienta nossas atitudes diante do novo. 

Desses princípios decorreram pesquisas, exemplos e análises citadas pela pesquisadora em diversos campos da atividade humana, descritas nos estudos reunidos no livro. Em alguns casos, são particularmente relevantes para a educação e são coerentes com pesquisas no campo da pedagogia e da psicologia educacional. Um exemplo interessante é como encaramos o erro e o insucesso de crianças e adolescentes e, principalmente, como manifestamos isso nas palavras que utilizamos em sala de aula.

Nesse aspecto em específico, é muito fácil perceber a diferença entre elogiar um aluno atribuindo a nota à sua inteligência (e reforçar o mindset fixo), como é frequente, ou procurar reconhecer seu esforço, sua atenção ao processo, a distância entre o ponto de partida e até onde chegou.

Na cultura da avaliação escolar brasileira, historicamente focada em métricas e notas, e com grandes índices de repetência, prevalece a primeira abordagem. “A sala de aula muitas vezes se divide, no olhar do professor, entre os mais inteligentes e menos inteligentes, entre os que terão sucesso e os que provavelmente fracassarão. Assim, prevalece o resultado final sobre o percurso individual, o esforço de superação, o processo de aprendizagem. Assim como prevalece a baixa expectativa sobre a chance de transformação do aluno”, diz a psicóloga e pedagoga Claudia Tricate, diretora do Colégio Magno, em São Paulo. 

Acreditar que nascemos com qualidades inerentes pode nos levar a encarar todos os desafios como provas ou ameaças aos sucessos já obtidos, e assim resistir ao novo.

Mas, cuidado, o risco é ir ao outro extremo e simplesmente reconhecer o esforço, mesmo que não tenha levado a lugar algum. Nesse caso, o feedback positivo equivaleria a um tapinha nas costas. “Nosso trabalho mostra que você pode elogiar o resultado, desde que também fale sobre o processo que levou a esse resultado”, explica Carol Dweck, em uma entrevista à revista pedagógica Educational Leadership. Por isso, é importante ter estratégicas mais ricas de avaliação, que permitam ter um filme do processo de aprendizagem, e não apenas um retrato final. Entre outras virtudes, isso permitirá que o aluno não se sinta sempre voltando à estaca zero e perceba que houve avanços. “O esforço é essencial, mas está a serviço do progresso e do aprendizado. Há outras coisas igualmente importantes — como encontrar estratégias bem-sucedidas e buscar sugestões”, afirma a autora norte-americana na mesma entrevista.

Dentro da mesma ótica, a maneira de ver o erro é essencial para promover o que chama de mindset de crescimento. E, nesse caso, vale ter cuidado com a hipocrisia. “De nada adianta ter um discurso sobre valorizar o erro como parte do processo e não mudar nada na conduta, rebaixando a autoestima do aluno”, diz Claudia Tricate. “Valorizar o erro significa estar ao lado do aluno, buscar as causas, mostrar que há diferentes caminhos para chegar a um mesmo resultado, encontrar as hipóteses mais sólidas”, afirma.

E agora, professor?

A reflexão sobre nossas disposições de pensamento, crenças e a mudança cultural necessária não tem a ver apenas com o fazer diário do educador, mas também com a própria forma de encarar o dever da profissão. Afinal, o futuro tem um nome: educação. Um estudo divulgado no último Fórum Econômico Mundial mostra que nos próximos 2 anos até 54% dos profissionais precisarão passar por um processo denominado “reskilling”, que pode ser traduzido por uma requalificação de competências. 

“Um mundo em constante mudança exige pessoas com novas capacidades”, explica Luciana Camargo, diretora de RH da IBM para a América Latina. Por isso, transformar a cultura das pessoas e das empresas está entre os desafios que mais preocupam líderes globalmente. “Este é um desafio para as pessoas, mas também para empresas, uma vez que a era digital introduz novos modelos de negócios, novas formas de trabalho e a necessidade de uma cultura flexível que promova o desenvolvimento de todas as potencialidades das pessoas”, esclarece a executiva.

Acreditar que ser professor é fruto de um talento inato pode ser desanimador. Não há professor que não tenha algo a aprender ou a mudar

Flexibilidade, adaptabilidade a mudanças, gerenciamento do tempo, habilidade de priorizar e trabalhar em ambientes colaborativos são as competências essenciais para quem está no mercado de trabalho. Não há receita para mudar, mas, sem dúvida, a chave é a educação. É preciso pensar sobre como se aprende na fase adulta e, para isso, existe o termo andragogia ou pedagogia para adultos.

Um estudo da consultoria global Delloitte ouviu mais de 10 mil líderes em 169 países no ano passado e descobriu que a maior preocupação para 86% deles é justamente encontrar novas formas pelas quais as pessoas possam aprender e mudar, em seus próprios ambientes de trabalho. Mudar passa por aprender e reaprender sempre, por toda a vida, sem que isso signifique um demérito profissional, por mais talentoso que seja o funcionário da empresa.

A pesquisa de Carol Dweck tem algo a dizer sobre isso também. Para ela, acreditar que ser professor é fruto de um talento especial e inato pode também ser desanimador, especialmente em contextos desafiadores, como as salas de aulas das escolas de hoje. Não há professor que não tenha algo a aprender ou a mudar atualmente, seja nas escolas de elite, seja nas escolas públicas de áreas vulneráveis.

“Os novos professores geralmente têm uma percepção frágil de si mesmos em uma profissão tão exigente. Com uma mentalidade fixa, eles sentem que suas habilidades estão sendo julgadas, e podem esconder suas lutas. Mas em uma mentalidade de crescimento, você deseja que as pessoas possam lhe dar o feedback mais honesto possível”, diz.

Essa é uma barreira que precisa ser definitivamente superada. Mundo afora, as políticas de formação de professores em sistemas educacionais bem-sucedidos, como Japão, Coreia do Sul, Finlândia, frequentemente envolvem mentoria com professores mais experientes, estudo de aulas gravadas, feedbacks constantes. Parte essencial do trabalho das lideranças escolares é justamente acompanhar, encorajar e aprimorar o trabalho dos professores, e isso também é um aprendizado para os gestores brasileiros, porque dar bons feedbacks também requer um aprendizado.

“Muitas vezes, feedback é entendido como crítica construtiva. No entanto, é uma ferramenta poderosa para apreciar o que as pessoas estão fazendo bem e ajudar na reflexão sobre onde poderiam melhorar. Encorajar a mentalidade de crescimento e reflexão sobre o que se aprendeu com a experiência é uma forma positiva de incentivar as pessoas a crescerem”, diz Luciana Camargo.

Mas, claro, é preciso ter sempre em mente que mudar não é um processo simples para ninguém. Para o psicólogo José Ernesto Bologna, consultor de grandes empresas e de escolas brasileiras, trata-se de um desafio complexo que deve partir da compreensão do que precisa ser mudado. “Mudar envolve opiniões, visões de mundo, falas, atos, formas, estilos pessoais, sentimentos, abandonar antigas mágoas, antigas resistências, ser mais flexível em valores e juízos, ou se tornar mais rígido. Enfim, mudar a própria dificuldade de mudar”, lembra.

Segundo Bologna, memórias, princípios, conceitos, ideias, afetos, falas e atos, juntos, integram um sistema complexo que podemos denominar estilo, o popular jeito de cada um. “Cada um desses elementos constitutivos alimenta, realimenta, retroalimenta, e, assim, mantém todos os outros. Portanto, a personalidade, o estilo pessoal, com o tempo vai cristalizando, sulcando, os mesmos mecanismos e caminhos. É esse fenômeno psicodinâmico (a maneira de a mente manter o funcionamento da própria mente) que torna mudar progressivamente difícil com o tempo. Os adultos não mudam por falta de consciência da vantagem de viver experimentalmente, e da coragem de enxergar de novas formas”, define o especialista.  O que também é um desafio (e tanto) para a escola e para os educadores, não é mesmo?

Problemas brasileiros

A complexidade do cenário apontado por Bologna tem ingredientes próprios: a realidade da educação e da sociedade brasileira. Esse é um ponto essencial, que está na base de críticas possíveis a propostas como a defendida por Carol Dweck. Concentrar as soluções na postura de indivíduos pode levar a um grande erro: isentar o Estado ou as empresas de oferecer condições dignas de trabalho para seus profissionais.

No caso da realidade educacional brasileira, os desafios estão postos e são conhecidos. Há problemas por toda parte: salas lotadas, baixos salários, pouco tempo para a formação em serviço e para o planejamento. Nesse ecossistema tão multifacetado, não se pode esperar que a qualidade das escolas e o grau de engajamento profissional mude por esforço dos indivíduos – na medida em que é fruto de um contexto social mais amplo, em um país com quase 50 milhões de alunos e 2,1 milhões de professores.

Segundo a pesquisa Talis, que envolveu 48 países e foi divulgada no final de 2018 pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (ocde), quase 40% dos professores de Ensino Médio das escolas públicas brasileiras veem mais desvantagens do que vantagens em ser professor. Isso coloca o Brasil abaixo de países como Vietnã e Emirados Árabes. Apenas 11% dos professores de Ensino Fundamental – anos fundamentais acham que sua profissão é valorizada pela sociedade, um dos índices mais baixos do estudo.

A questão da infraestrutura é particularmente questionada. Cerca de 71% dos diretores das escolas públicas acreditam que seu trabalho fica mais difícil pela falta de internet. No plano dos salários, os docentes da rede pública ainda recebem, em média, 70% menos do que os demais profissionais com ensino superior.

É um cenário complexo que não se muda apenas com disposições individuais. Depende de prioridade política, pressão e controle social, mas que também não se transforma sem mudança de mentalidade dos profissionais da educação. A pesquisa Talis ainda mostra, por exemplo, que, apesar de meio século passado desde que os estudos do pesquisador brasileiro Sérgio Costa Ribeiro trouxeram à tona a chamada Pedagogia da Repetência, o país ainda continua sendo um dos que mais reprovam no mundo. Em 2018, 71% dos docentes continuam acreditando que é bom para a formação do aluno que ele repita o ano, caso tenha recebido notas baixas. Além disso, o contexto global aponta para grandes transformações na organização da educação, que se torna um processo cada vez mais disseminado fora da escola.

No século XXI, como previu o pesquisador português Rui Canário, a educação deixa de ser refém da escola e passa a acontecer em muitos outros ambientes sociais, presenciais e virtuais. Os educadores são profissionais de importância indiscutível, sobre o qual se assentam todas as esperanças de um mundo melhor. Assim, também se ampliam as possibilidades de atuação do educador, que precisa rever as bases de suas convicções para que possa participar sem temores do processo de reskilling vivido por todas as categorias profissionais. Nesse caso, sim, é hora de cada professor aceitar o conselho de Dweck e refletir sobre seu próprio mindset. E por que não?

Para saber mais

Pesquisa Talis. Disponível em:mod.lk/ed18pens. Acesso em: 9 fev. 2020. 

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A importância dos jogos na educação emergencial
Os jogos sempre tiveram um lugar especial na educação

Professor, a hora e vez de cultivar a resiliência

Professor, a hora e vez de cultivar a resiliência

Débora Garofalo - Colunista

Débora Garofalo - Colunista

Definitivamente 2020 está sendo um ano desafiador! No início da pandemia e da suspensão das aulas presenciais, sem saber ao certo o que nos aguardava, tínhamos a sensação que seria um breve momento. No entanto, estamos há 6 meses vivenciando a educação emergencial, com poucos Estados brasileiros, ensaiando a volta às aulas presenciais e a maioria realizando um estudo deste momento.

 

E diante deste cenário de incertezas, que chegou o momento de cultivar a resiliência, professor. Fomos desafiados a nos reinventar, de introduzir novas metodologias, de engajar, de administrar novas maneiras de conteúdo, de apoiar pais e estudantes, sem contar todas as tarefas pessoais. Ufa!

Com o isolamento social e o acúmulo de atividades, a longo prazo, a soma de todas essa ações pode levar os professores à exaustão, por isso cuidar da saúde mental e cultivar a resiliência, são essenciais neste momento.

 

Como cultivar a resiliência

 

A resiliência nasce da maneira de como respondemos e interpretamos os fatos e ações. A questão central é como agir a esses estímulos e o momento exato que precisamos colocar em prática essa habilidade, em um mundo que muda a cada segundo. Ter esse cuidado conosco é fundamental! Falamos sempre que precisamos trabalhar com as habilidades socioemocionais com os estudantes, mas estamos trabalhando em nós? 

Devemos a cada dia, está preparado para as mudanças e elas são uma das únicas certeza que temos não poderemos controlar, por outro lado, a forma que vamos responder  a essas mudanças, passa por nosso controle emocional. 

Todos nós professores, entramos na educação com o objetivo de impactar a vida dos estudantes. E a chave para alcançar esse objetivo está na forma que lidamos com as respostas, oferecendo aos nossos estudantes mais estabilidade e sendo um modelo para que possa inspirá-los ao longo de sua trajetória. 

Foco na resiliência

 A resiliência nos traz a oportunidade de exercitar o comportamento adaptativo e reconhecer nossas atitudes e ações, além de exercitar nossa capacidade na prática, com foco no o que, por que e como fazer essas ações. Estudos demonstram que podemos ser mais resilientes ao estresse do dia e dia se mantivermos foco diários, tornando mais forte, que permite prosperar e não apenas sobreviver. 
 
Compreender esses pontos nos auxilia a manter um equilíbrio saudável das nossas atividades e a seguir nessa carreira em contribuímos em prol do outro e em que a todo momento somos colocados a prova. Por isso, se torna tão essencial falarmos deste assunto e mais do que falarmos aumentar a resiliência da equipe, evitando assim o abandono da carreira docente e evitando doenças como a síndrome de Burnout, que ocorre pelo esgotamento físico e mental. 
 
Devemos cultivar a resiliência, porque nosso objetivo não é apenas ensinar nas sala de aulas, mas também aprender, superar desafios e cumprir propósitos, formar cidadãos integrais, mas também nos cuidar para que possamos contribuir.
 
Se cuide,
 
Um abraço carinhoso e até a próxima!
 
Débora
 

Débora Garofalo é Assessora Especial de Tecnologias da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo (SEE SP) e professora da rede pública de ensino de São Paulo. Formada em Letras e Pedagogia, mestranda em Educação pela PUC-SP, vencedora na temática Especial Inovação na Educação no Prêmio Professores do Brasil, Vencedora no Desafio de Aprendizagem Criativa do MIT e considerada uma das dez melhoras professoras do mundo pelo Global Teacher Prize, o Nobel da Educação.

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Escola: lugar de travessias

Escola: lugar de travessias

Como guiar os jovens para um caminho de bem e de alegria.

A escola é um lugar privilegiado de travessias. Os educadores são testemunhas desse processo que se inicia toda vez que um pequeno ser humano ultrapassa as grandes portas de nossas escolas para começar sua jornada acadêmica, afetiva, social, esportiva etc. Por isso, os docentes são como pontífices: construtores de pontes para incontáveis travessias. 

As crianças chegam às nossas escolas, algumas vezes, ainda sem saber andar direito; há que ensiná-las a correr, ir ao banheiro, dividir os brinquedos, escovar os dentes, esperar a vez e várias outras coisas que fazemos com muita eficiência. O problema parece começar quando as crianças se tornam adolescentes. Em vez de encontrarmos novos seres inquietos e perguntadores, parece que encontramos garotos chatos e desobedientes. Isso nos provoca a pergunta: são eles que perderam a graça e a educação adquirida, ou somos nós que não sabemos o que fazer com suas inquietações e nos tornamos insuficientes para essa desafiante travessia?

A mochila existencial a ser refeita: descobrindo o sentido da vida 

O educador italiano Luigi Giussani, que viveu no século XX, em um interessante livro intitulado Educar é um risco, descreve que a criança até, aproximadamente, os 10 anos aceita como verdadeiro aquilo que os adultos lhe apresentam e guarda esses aprendizados em sua mochila existencial. Mas se o ser humano fosse uma cópia do que lhes é oferecido pelos adultos, não amadureceria. Por isso, em certo momento, que denominamos adolescência, “a natureza dá à criança o instinto de pegar a mochila e de colocá-la diante dos olhos (em grego se diz pro-bállo, origem da palavra ‘problema’). Deve, portanto, tornar-se problema aquilo que nos disseram! Se não se tornar problema, nunca amadurecerá. Uma vez trazida para diante dos olhos, remexe-se dentro da mochila”.

Esse processo é o fundamento do relacionamento educativo. Cada ser que chega ao mundo vai recebendo um conjunto de valores e conhecimentos que irá avaliar e decidir o que lhe parece verdadeiro, correspondente ao que deseja ser e fazer. O papel de seus educadores – e uso essa palavra, aqui, para definir todo adulto com que ele se relaciona – é, em primeiro lugar, reconhecer a importância desse processo sem o qual uma criança não se torna um jovem, nem um adulto. É daqui que nasce o “eu”, a autoria, a originalidade, a peculiaridade irrepetível de cada um como defende Viktor Frankl, genial psiquiatra e neurologista austríaco, que afirmava que o ser humano é “único e irrepetível”. 

Em tempos pós-modernos, em que as margens e os rumos da vida estão cada vez mais fluidos e esmaecidos, esse trabalho essencial exige um método para que os jovens e adolescentes tracem esse percurso obrigatório a fim de que não sejam ainda adolescentes depois dos 30!

Para todas as vantagens e desvantagens que se colocam contemporaneamente, todas as portas parecem estar abertas, e nossos jovens as abrem utilizando mais o instinto do que a razão. Ora, então qual o grande trabalho a ser feito com eles por meio de cada disciplina? Trata-se de ajudá-los a verificar cada item que está contido na tal “mochila existencial”! Cada disciplina é oferecida para que amadureçam não somente do ponto de vista intelectual, mas também adquiram habilidades e competências que seus conteúdos portam em sua estrutura. Há muitas oportunidades em cada disciplina para ensinar aos jovens sobre como observar, respeitar, dialogar e transformar a realidade. 

Um método para ajudar a entrar na vida: a experiência elementar

Há 24 séculos, Aristóteles afirmava que o ser humano nasce com uma espécie de bússola capaz de indicar aquilo que é bom, belo e verdadeiro. Hoje, chamamos isso de experiência elementar e, sem ela, seria muito arriscado e até mesmo impossível o processo de formação dos jovens. De acordo com o filósofo, tudo que o ser humano faz deriva das suas experiências elementares e pode ser comparado com elas. Assim, a experiência elementar funciona como um direcionador (ou uma bússola) para que a pessoa reconheça aquilo que lhe corresponde ou não. É ela que faz com que nos entristeçamos com a injustiça, o mal, a mentira, o desumano — até mesmo quando somos nós que geramos o mal.

Com base nisso podemos observar que o primeiro papel dos educadores é chamar, insistentemente, os alunos a comparar tudo o que lhe acontece com aquele conjunto de exigências elementares com o qual a natureza o dotou, a fim de que tome decisões mais consistentes e menos instintivas, que se percam menos e, principalmente, vivam menos experiências de depressão. 

Essa estrutura humana consiste em uma espécie de mapa interior com o qual a natureza dotou o ser humano para que não perca tanto tempo patinando em um nada infinito, mas para que suas buscas se deem a partir de um conjunto de premissas orientadas para o bem, isto é, para a felicidade. O filósofo espanhol Julián Marías lembra-nos em sua saborosa obra A felicidade humana, de que sentido e felicidade são duas experiências inseparáveis. Portanto, ter um mapa, uma estrutura humana prévia, não cerceia o viajante; antes, amplia e favorece suas possibilidades de êxito.

Para nós, educadores, ajudar os alunos a comparar o que fazem com a sua “bússola” nos auxilia muitíssimo porque, sem ela, eles nos pediriam indicações de saídas que não devemos dar, ou que não temos para dar, além do que acabaríamos por impor uma visão de mundo. Enfim, sabemos quanto tudo isso é complicado! Mas, ao provocá-los a comparar como se sentem diante do que fazem, a resposta está dentro deles e não em nós. Isso nos torna livres diante das incontáveis questões que surgem e possibilita a eles um método que independe de um guru para que encontrem a melhor resposta.

A importância de uma companhia contra a tristeza

Meus alunos da universidade contam histórias muito dolorosas de seus tempos de Fundamental 2 e Ensino Médio. Descrevem a depressão profunda, o medo e a dor agravados pelo número reduzido de adultos que os ajudassem a, confrontando a realidade com seus desejos mais profundos, descobrir o que é bom, belo e verdadeiro. A quem eles poderiam pedir ajuda? O educador é um adulto que costuma ter várias possibilidades de estar no lugar certo e na hora certa para fazer essa ponte. Mesmo assim, o fato misterioso que nos consola é que, a despeito dessa carência de “construtores de pontes”, os jovens acabam por encontrar pequenas companhias, amigos, palavras, gestos, frases que fazem com que saiam dos lugares difíceis que habitam e a vida volta a começar.

Se não fizermos isso, naquele espaço que cada disciplina oferece, nos diversos encontros que a escola proporciona, os caminhos da depressão, da violência, da indisciplina expressarão a ausência desse trabalho. As doenças surgem como gritos disfarçados de nossos jovens que fazem um discurso do “qualquer coisa pode e vale”, mas que, ao viverem dessa forma, se sentem esmagados e sem saída.

“Aristóteles afirmava que o ser humano nasce com uma espécie de bússola capaz de indicar aquilo que é bom, belo e verdadeiro.”

Caros mestres, o que mais tenho aprendido com meus alunos é que a vida, quase compulsivamente, volta a começar, se refaz, se reconstrói de onde e como não esperamos. Mas se os ajudarmos nesse trabalho, isso ocorre mais depressa e sem tanto sofrimento.

Certa vez, à noitinha, estávamos estendidos no chão de terra do barracão, mortos de cansaço, o prato de sopa na mão, quando entrou um companheiro correndo e mandou-nos depressa para a área de chamada da turma, apesar de toda a nossa fadiga e do frio lá fora, só para não perdermos uma visão magnífica do pôr do sol. Vimos, então, o ocaso incandescente e tenebroso, com todo o horizonte tomado de nuvens multiformes e em constante transfiguração, de fantásticos perfis e cores sobrenaturais, desde o azul cobalto até o escarlate sangue, contrastando pouco mais abaixo com os desolados barracos cinzentos do campo de concentração e a lamacenta área onde é feita a chamada dos prisioneiros, em cujas poças ainda se refletia o céu incandescente. (frankl, Viktor. Em busca de sentido. São Paulo: Vozes, 2017).

A vida vale a pena sob quaisquer circunstâncias

A epígrafe acima, extraída do imperdível livro Em busca de sentido, descreve como mesmo mergulhados no mal e destruídos pelo cansaço e pela fome os prisioneiros não deixaram de sair do barracão para ver um pôr do sol. Ora, o que isso indica? Que mesmo nas situações mais trágicas, violentas, difíceis, a pessoa ainda deseja a beleza e o bem porque lhe são inextirpáveis. O adulto é aquele que não esquece isso. Daí que repropõe, infinitamente, a todos os seus alunos e aos particularmente mais difíceis essa “volta para casa”. Essa é a tarefa essencial da educação: ajudar os jovens a compararem aquilo que fazem com o seu desejo de bom, belo e verdadeiro. Porque, assim, paulatinamente, vão encontrando o sentido para a vida. Se ele não o encontra, nada, nem estudo, nem família, nem namoros, nem conforto ou lazer, nada faz valer a pena a vida. Ao ser humano não foi dada a possibilidade de viver sem um sentido. A nós, educadores, cabe a companhia do percurso.

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Escola: lugar de travessias

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As crianças chegam às nossas escolas, algumas vezes, ainda sem saber andar direito; há que ensiná-las a correr, ir ao banheiro, dividir os brinquedos, escovar os dentes, esperar a vez e várias outras coisas que fazemos com muita eficiência. O problema parece começar quando as crianças se tornam adolescentes. Em vez de encontrarmos novos seres inquietos e perguntadores, parece que encontramos garotos chatos e desobedientes. Isso nos provoca a pergunta: são eles que perderam a graça e a educação adquirida, ou somos nós que não sabemos o que fazer com suas inquietações e nos tornamos insuficientes para essa desafiante travessia?

A mochila existencial a ser refeita: descobrindo o sentido da vida 

O educador italiano Luigi Giussani, que viveu no século XX, em um interessante livro intitulado Educar é um risco, descreve que a criança até, aproximadamente, os 10 anos aceita como verdadeiro aquilo que os adultos lhe apresentam e guarda esses aprendizados em sua mochila existencial. Mas se o ser humano fosse uma cópia do que lhes é oferecido pelos adultos, não amadureceria. Por isso, em certo momento, que denominamos adolescência, “a natureza dá à criança o instinto de pegar a mochila e de colocá-la diante dos olhos (em grego se diz pro-bállo, origem da palavra ‘problema’). Deve, portanto, tornar-se problema aquilo que nos disseram! Se não se tornar problema, nunca amadurecerá. Uma vez trazida para diante dos olhos, remexe-se dentro da mochila”.

Esse processo é o fundamento do relacionamento educativo. Cada ser que chega ao mundo vai recebendo um conjunto de valores e conhecimentos que irá avaliar e decidir o que lhe parece verdadeiro, correspondente ao que deseja ser e fazer. O papel de seus educadores – e uso essa palavra, aqui, para definir todo adulto com que ele se relaciona – é, em primeiro lugar, reconhecer a importância desse processo sem o qual uma criança não se torna um jovem, nem um adulto. É daqui que nasce o “eu”, a autoria, a originalidade, a peculiaridade irrepetível de cada um como defende Viktor Frankl, genial psiquiatra e neurologista austríaco, que afirmava que o ser humano é “único e irrepetível”. 

Em tempos pós-modernos, em que as margens e os rumos da vida estão cada vez mais fluidos e esmaecidos, esse trabalho essencial exige um método para que os jovens e adolescentes tracem esse percurso obrigatório a fim de que não sejam ainda adolescentes depois dos 30!

Para todas as vantagens e desvantagens que se colocam contemporaneamente, todas as portas parecem estar abertas, e nossos jovens as abrem utilizando mais o instinto do que a razão. Ora, então qual o grande trabalho a ser feito com eles por meio de cada disciplina? Trata-se de ajudá-los a verificar cada item que está contido na tal “mochila existencial”! Cada disciplina é oferecida para que amadureçam não somente do ponto de vista intelectual, mas também adquiram habilidades e competências que seus conteúdos portam em sua estrutura. Há muitas oportunidades em cada disciplina para ensinar aos jovens sobre como observar, respeitar, dialogar e transformar a realidade. 

Um método para ajudar a entrar na vida: a experiência elementar

Há 24 séculos, Aristóteles afirmava que o ser humano nasce com uma espécie de bússola capaz de indicar aquilo que é bom, belo e verdadeiro. Hoje, chamamos isso de experiência elementar e, sem ela, seria muito arriscado e até mesmo impossível o processo de formação dos jovens. De acordo com o filósofo, tudo que o ser humano faz deriva das suas experiências elementares e pode ser comparado com elas. Assim, a experiência elementar funciona como um direcionador (ou uma bússola) para que a pessoa reconheça aquilo que lhe corresponde ou não. É ela que faz com que nos entristeçamos com a injustiça, o mal, a mentira, o desumano — até mesmo quando somos nós que geramos o mal.

Com base nisso podemos observar que o primeiro papel dos educadores é chamar, insistentemente, os alunos a comparar tudo o que lhe acontece com aquele conjunto de exigências elementares com o qual a natureza o dotou, a fim de que tome decisões mais consistentes e menos instintivas, que se percam menos e, principalmente, vivam menos experiências de depressão. 

Essa estrutura humana consiste em uma espécie de mapa interior com o qual a natureza dotou o ser humano para que não perca tanto tempo patinando em um nada infinito, mas para que suas buscas se deem a partir de um conjunto de premissas orientadas para o bem, isto é, para a felicidade. O filósofo espanhol Julián Marías lembra-nos em sua saborosa obra A felicidade humana, de que sentido e felicidade são duas experiências inseparáveis. Portanto, ter um mapa, uma estrutura humana prévia, não cerceia o viajante; antes, amplia e favorece suas possibilidades de êxito.

Para nós, educadores, ajudar os alunos a comparar o que fazem com a sua “bússola” nos auxilia muitíssimo porque, sem ela, eles nos pediriam indicações de saídas que não devemos dar, ou que não temos para dar, além do que acabaríamos por impor uma visão de mundo. Enfim, sabemos quanto tudo isso é complicado! Mas, ao provocá-los a comparar como se sentem diante do que fazem, a resposta está dentro deles e não em nós. Isso nos torna livres diante das incontáveis questões que surgem e possibilita a eles um método que independe de um guru para que encontrem a melhor resposta.

A importância de uma companhia contra a tristeza

Meus alunos da universidade contam histórias muito dolorosas de seus tempos de Fundamental 2 e Ensino Médio. Descrevem a depressão profunda, o medo e a dor agravados pelo número reduzido de adultos que os ajudassem a, confrontando a realidade com seus desejos mais profundos, descobrir o que é bom, belo e verdadeiro. A quem eles poderiam pedir ajuda? O educador é um adulto que costuma ter várias possibilidades de estar no lugar certo e na hora certa para fazer essa ponte. Mesmo assim, o fato misterioso que nos consola é que, a despeito dessa carência de “construtores de pontes”, os jovens acabam por encontrar pequenas companhias, amigos, palavras, gestos, frases que fazem com que saiam dos lugares difíceis que habitam e a vida volta a começar.

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“Aristóteles afirmava que o ser humano nasce com uma espécie de bússola capaz de indicar aquilo que é bom, belo e verdadeiro.”

Caros mestres, o que mais tenho aprendido com meus alunos é que a vida, quase compulsivamente, volta a começar, se refaz, se reconstrói de onde e como não esperamos. Mas se os ajudarmos nesse trabalho, isso ocorre mais depressa e sem tanto sofrimento.

Certa vez, à noitinha, estávamos estendidos no chão de terra do barracão, mortos de cansaço, o prato de sopa na mão, quando entrou um companheiro correndo e mandou-nos depressa para a área de chamada da turma, apesar de toda a nossa fadiga e do frio lá fora, só para não perdermos uma visão magnífica do pôr do sol. Vimos, então, o ocaso incandescente e tenebroso, com todo o horizonte tomado de nuvens multiformes e em constante transfiguração, de fantásticos perfis e cores sobrenaturais, desde o azul cobalto até o escarlate sangue, contrastando pouco mais abaixo com os desolados barracos cinzentos do campo de concentração e a lamacenta área onde é feita a chamada dos prisioneiros, em cujas poças ainda se refletia o céu incandescente. (frankl, Viktor. Em busca de sentido. São Paulo: Vozes, 2017).

A vida vale a pena sob quaisquer circunstâncias

A epígrafe acima, extraída do imperdível livro Em busca de sentido, descreve como mesmo mergulhados no mal e destruídos pelo cansaço e pela fome os prisioneiros não deixaram de sair do barracão para ver um pôr do sol. Ora, o que isso indica? Que mesmo nas situações mais trágicas, violentas, difíceis, a pessoa ainda deseja a beleza e o bem porque lhe são inextirpáveis. O adulto é aquele que não esquece isso. Daí que repropõe, infinitamente, a todos os seus alunos e aos particularmente mais difíceis essa “volta para casa”. Essa é a tarefa essencial da educação: ajudar os jovens a compararem aquilo que fazem com o seu desejo de bom, belo e verdadeiro. Porque, assim, paulatinamente, vão encontrando o sentido para a vida. Se ele não o encontra, nada, nem estudo, nem família, nem namoros, nem conforto ou lazer, nada faz valer a pena a vida. Ao ser humano não foi dada a possibilidade de viver sem um sentido. A nós, educadores, cabe a companhia do percurso.

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Como inserir os gêneros digitais na sala de aula

Como inserir os gêneros digitais na sala de aula

Não tem mais volta: os gêneros digitais chegaram para ficar!

Os gêneros digitais estão ganhando espaços nas mídias sociais e na sala de aula e é importante ressaltar que eles preservam características dos gêneros textuais impressos.

 

Eles têm influenciando as práticas de leitura e escrita na esfera digital causando um grande impacto na comunicação, onde alguns são apenas transformações de antigos e conhecidos gêneros que ganharam força e dinamismo na comunicação digital, o que possibilita novas formas de lidar com os conteúdos, mudando a forma de interagir com os textos.

 
 

Ao escrever uma mensagem instantânea, temos a estrutura textual impressa, iniciando com saudações e perguntando sobre a pessoa e finalizamos com uma despedida, respeitando tipologias ou gêneros e níveis de linguagem. Um bom exemplo disso é a transição do gênero impresso carta, para o gênero digital e-mail e o WhatsApp.

 

Saiba mais: Os gêneros textuais são incontáveis e adaptáveis as diferentes realidades e situações comunicativas onde, com acessibilidade e facilidade da Internet criaram-se gêneros e alteraram outros, comprovando que eles estão a serviço dos falantes e das necessidades reais de seu tempo, modificando a relação entre leitor-autor.

 

Os gêneros são grandes ferramentas educacionais para o processo de ensino e aprendizagem.

Os gêneros digitais possibilitam interação, através do estudo desses enunciados e contato com condições e finalidades especificas, não apenas do currículo, mas, também pelo estilo de linguagem, não privilegiando apenas a disciplina de Língua Portuguesa e sim todas as áreas do conhecimento.

 

Base Nacional Comum Curricular e os gêneros digitais: A referência geral é que, em cada ano de ensino, contemplem-se gêneros que lidem com informação, opinião e apreciação, gêneros multissemióticos e hipermidiáticos, próprios da cultura digital e das culturas juvenis. Diversas também são as formas, como ações e funções que podem ser contemplados em atividades de uso e reflexão: curar, seguir/ser seguido, curtir, comentar, compartilhar, remixar entre outros.

 

Uso dos gêneros digitais na sala de aula

 

A linguagem contemporânea, multissemiótica e multimodal oportunizam diminuir distâncias entre o professor e os alunos, permitindo que novas práticas e atividades sejam desenvolvidas para aguçar a leitura e a escrita, ampliando as capacidades dessas novas formas comunicativas, devido a sua estrutura, que irá variar de acordo com o histórico social e campo tecnológico, sendo variáveis, versáteis e transmutáveis, e em constante evolução.

 

Função dos gêneros digitais

 

 

Para inserir em sala de aula

 

 

Com a nova configuração dos gêneros, teremos muitas mudanças, principalmente nos livros didáticos, que estarão sofrendo alterações, para atender e mesclar a cultura juvenil e incorporar os gêneros digitais, sem perder sua importância e essência na aprendizagem, mas, a principal mudança é a de atitude, a de ser permitir incorporar o trabalho colaborativo e aprender deste processo, aproximando a leitura e se permitindo aprender uns com os outros.

Reunimos alguns dos gêneros digitais para inspirar você no trabalho em sala de aula e muitos podem ser produzidos com o auxilio de celular e tablets, de forma interativa, colaborativa.

Meme: O termo remete ao humor e é bastante conhecido e utilizado no “mundo da internet”, referindo-se ao fenômeno de “viralização” de uma informação, ou seja, qualquer vídeo, imagem, frase, ideia, música, que se espalhe entre vários usuários rapidamente. Pode ser um instrumento muito poderoso para falar sobre um assunto, podendo ser produzido pelos alunos para abordar um tema. O meme pode ser produzido pela ferramenta gratuita Canvas.
 
 
 
Podcasts: É como um programa de rádio, porém sua diferença e vantagem é o conteúdo direcionado. Você pode ouvir o que quiser, na hora que bem entender. Basta acessar e clicar no play ou baixar o episódio. O professor pode explorá-lo em diversas áreas do conhecimento, ao colocar o aluno no centro do processo aprendizagem para produzir um. O Audacity, é um software livre gratuito que grava, edita e remixa sons.
 
 
 
Gifs: É um formato de imagem de mapa de bits muito usado na world wide web, para imagens fixas, para criar animações. Você pode produzir gifs com seus alunos utilizando, por exemplo, o Scratch, que é um software livre de linguagem de programação por blocos, fácil e interativo.
 
 
 
Chats: Um bate papo em tempo real, conhecido pelas redes sociais, é um dos mais famosos o Twitter, onde é possível produzir minicontos e ou emitir diversas opiniões com os alunos, após um debate, um vídeo e ou imagem, onde tem um limite de 280 caracteres.
 
 

 

E você querido professor, como trabalha com os gêneros digitais em sala de aula? Conte aqui nos comentários!

Um abraço,

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Como inserir os gêneros digitais na sala de aula

Não tem mais volta: os gêneros digitais chegaram para ficar!

Os gêneros digitais estão ganhando espaços nas mídias sociais e na sala de aula e é importante ressaltar que eles preservam características dos gêneros textuais impressos.

 

Eles têm influenciando as práticas de leitura e escrita na esfera digital causando um grande impacto na comunicação, onde alguns são apenas transformações de antigos e conhecidos gêneros que ganharam força e dinamismo na comunicação digital, o que possibilita novas formas de lidar com os conteúdos, mudando a forma de interagir com os textos.

 
 

Ao escrever uma mensagem instantânea, temos a estrutura textual impressa, iniciando com saudações e perguntando sobre a pessoa e finalizamos com uma despedida, respeitando tipologias ou gêneros e níveis de linguagem. Um bom exemplo disso é a transição do gênero impresso carta, para o gênero digital e-mail e o WhatsApp.

 

Saiba mais: Os gêneros textuais são incontáveis e adaptáveis as diferentes realidades e situações comunicativas onde, com acessibilidade e facilidade da Internet criaram-se gêneros e alteraram outros, comprovando que eles estão a serviço dos falantes e das necessidades reais de seu tempo, modificando a relação entre leitor-autor.

 

Os gêneros são grandes ferramentas educacionais para o processo de ensino e aprendizagem.

Os gêneros digitais possibilitam interação, através do estudo desses enunciados e contato com condições e finalidades especificas, não apenas do currículo, mas, também pelo estilo de linguagem, não privilegiando apenas a disciplina de Língua Portuguesa e sim todas as áreas do conhecimento.

 

Base Nacional Comum Curricular e os gêneros digitais: A referência geral é que, em cada ano de ensino, contemplem-se gêneros que lidem com informação, opinião e apreciação, gêneros multissemióticos e hipermidiáticos, próprios da cultura digital e das culturas juvenis. Diversas também são as formas, como ações e funções que podem ser contemplados em atividades de uso e reflexão: curar, seguir/ser seguido, curtir, comentar, compartilhar, remixar entre outros.

 

Uso dos gêneros digitais na sala de aula

 

A linguagem contemporânea, multissemiótica e multimodal oportunizam diminuir distâncias entre o professor e os alunos, permitindo que novas práticas e atividades sejam desenvolvidas para aguçar a leitura e a escrita, ampliando as capacidades dessas novas formas comunicativas, devido a sua estrutura, que irá variar de acordo com o histórico social e campo tecnológico, sendo variáveis, versáteis e transmutáveis, e em constante evolução.

 

Função dos gêneros digitais

 

 

Para inserir em sala de aula

 

 

Com a nova configuração dos gêneros, teremos muitas mudanças, principalmente nos livros didáticos, que estarão sofrendo alterações, para atender e mesclar a cultura juvenil e incorporar os gêneros digitais, sem perder sua importância e essência na aprendizagem, mas, a principal mudança é a de atitude, a de ser permitir incorporar o trabalho colaborativo e aprender deste processo, aproximando a leitura e se permitindo aprender uns com os outros.

Reunimos alguns dos gêneros digitais para inspirar você no trabalho em sala de aula e muitos podem ser produzidos com o auxilio de celular e tablets, de forma interativa, colaborativa.

Meme: O termo remete ao humor e é bastante conhecido e utilizado no “mundo da internet”, referindo-se ao fenômeno de “viralização” de uma informação, ou seja, qualquer vídeo, imagem, frase, ideia, música, que se espalhe entre vários usuários rapidamente. Pode ser um instrumento muito poderoso para falar sobre um assunto, podendo ser produzido pelos alunos para abordar um tema. O meme pode ser produzido pela ferramenta gratuita Canvas.
 
 
 
Podcasts: É como um programa de rádio, porém sua diferença e vantagem é o conteúdo direcionado. Você pode ouvir o que quiser, na hora que bem entender. Basta acessar e clicar no play ou baixar o episódio. O professor pode explorá-lo em diversas áreas do conhecimento, ao colocar o aluno no centro do processo aprendizagem para produzir um. O Audacity, é um software livre gratuito que grava, edita e remixa sons.
 
 
 
Gifs: É um formato de imagem de mapa de bits muito usado na world wide web, para imagens fixas, para criar animações. Você pode produzir gifs com seus alunos utilizando, por exemplo, o Scratch, que é um software livre de linguagem de programação por blocos, fácil e interativo.
 
 
 
Chats: Um bate papo em tempo real, conhecido pelas redes sociais, é um dos mais famosos o Twitter, onde é possível produzir minicontos e ou emitir diversas opiniões com os alunos, após um debate, um vídeo e ou imagem, onde tem um limite de 280 caracteres.
 
 

 

E você querido professor, como trabalha com os gêneros digitais em sala de aula? Conte aqui nos comentários!

Um abraço,

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Como utilizar a realidade virtual em suas aulas

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Que tal inserir a realidade virtual em suas aulas?! O benefício de usar a realidade virtual nas aulas está na interação e possibilidades de aprendizagem, além da adaptação do ensino a partir das necessidades singulares dos estudantes.

Aquele aluno que possui alguma dificuldade de acompanhar o aprendizado com os demais colegas poderá sentir mais confiança a aprender através dos recursos digitais. Além de ser propulsor a aprendizagem em todas as disciplinas do currículo.

 

Saiba mais

A realidade virtual é uma tecnologia de interface entre um usuário e um sistema operacional, que tem o objetivo de recriar ao máximo a sensação de realidade. Ela apresenta aos nossos sentidos (paladar, tato, olfato, visão e audição) um ambiente virtual, que podemos explorar de várias formas e funciona através dos óculos VR funciona de uma maneira simples, basta baixar, pelo celular, as fotos ou os vídeos em 360º graus, que são imagens tiradas em sequência e agrupadas, permitindo essa visão. Depois, é só colocar o aparelho dentro dos óculos e vivenciar esse momento.

 

As imersões em ambientes virtuais propiciam a reprodução de vivências e experiências que facilitam a compreensão do currículo, tornando mais atrativo, envolvente e significativo.

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Como levar a Educação Empreendedora para a sala de aula

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A educação empreendedora ocupa um espaço importante na educação, principalmente porque aborda projeto de vida dos estudantes e trabalha com algumas habilidades da sociedade contemporânea ligadas a autonomia, competências múltiplas, capacidade de aprender, adaptar a situações novas e de promover transformações.

A escola é um bom espaço para que essas habilidades possam ser desenvolvidas e vivenciadas, preparando os nossos alunos para este novo tempo. O empreendedorismo contribui para o modo de pensar, uma atitude que deve ser desenvolvida e praticada.

Esse tipo de educação busca inspirar os estudantes a empreender, ao experienciar qualidades e habilidades necessárias de um empreendedor, podendo estar presente em várias etapas do ensino e na diversidade das disciplinas.

 
 

Como trabalhar o empreendedorismo na sala de aula

 

Um dos principais objetivos da educação empreendedora é desenvolver atitude e mentalidade empreendedora, que visam estimular o raciocínio lógico e a busca por aprender conceitos e conhecimentos que contribuam para resolver problemas.

Débora Garofalo é Assessora Especial de Tecnologias da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo (SEE SP) e professora da rede pública de ensino de São Paulo. Formada em Letras e Pedagogia, mestranda em Educação pela PUC-SP, vencedora na temática Especial Inovação na Educação no Prêmio Professores do Brasil, Vencedora no Desafio de Aprendizagem Criativa do MIT e considerada uma das dez melhoras professoras do mundo pelo Global Teacher Prize, o Nobel da Educação.

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Débora Garofalo é Assessora Especial de Tecnologias da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo (SEE SP) e professora da rede pública de ensino de São Paulo. Formada em Letras e Pedagogia, mestranda em Educação pela PUC-SP, vencedora na temática Especial Inovação na Educação no Prêmio Professores do Brasil, Vencedora no Desafio de Aprendizagem Criativa do MIT e considerada uma das dez melhoras professoras do mundo pelo Global Teacher Prize, o Nobel da Educação.

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Experiência mão na massa para você se inspirar

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O movimento maker propôs, nos últimos anos, o resgate da aprendizagem mão na massa, trazendo o conceito “aprendendo a fazer”, que aplicada ao ambiente escolar, tem como objetivo promover e estimular a criação, investigação, resoluções de problemas dos estudantes, proporcionando a pensar fora da caixa ao resolver problemas, conectando ideias desconectadas, usando ao máximo qualquer tipo de recurso. Uma oportunidade de reinventar e inovar a educação!

A cultura maker possibilita que aprendizagem ocorra em forma de experimentação, ao vivenciar a aprendizagem, através das metodologias ativas, que busca tirar o aluno da passividade e trazê-lo para o centro do processo de aprendizagem.

 
 

E por onde começar?

 

A chave para o sucesso na implementação de um projeto inovador é criar um ambiente que permita a participação dos atores envolvidos, para que conheçam e que possam contribuir, dando-lhes a sensação pertencimento e de autoria.

E para colocar a mão na massa, trouxemos a experiência para você replicar em suas aulas do Professor André Cardoso, da escola EFFM Dom Helder Câmara e fundador da Startup Robótica com Sucata na Cidade de Fortaleza no Ceará. Confira abaixo o passo-a-passo produzido pelo Professor André Cardoso.

Débora Garofalo é Assessora Especial de Tecnologias da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo (SEE SP) e professora da rede pública de ensino de São Paulo. Formada em Letras e Pedagogia, mestranda em Educação pela PUC-SP, vencedora na temática Especial Inovação na Educação no Prêmio Professores do Brasil, Vencedora no Desafio de Aprendizagem Criativa do MIT e considerada uma das dez melhoras professoras do mundo pelo Global Teacher Prize, o Nobel da Educação.

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A cultura maker possibilita que aprendizagem ocorra em forma de experimentação, ao vivenciar a aprendizagem, através das metodologias ativas, que busca tirar o aluno da passividade e trazê-lo para o centro do processo de aprendizagem.

 
 

E por onde começar?

 

A chave para o sucesso na implementação de um projeto inovador é criar um ambiente que permita a participação dos atores envolvidos, para que conheçam e que possam contribuir, dando-lhes a sensação pertencimento e de autoria.

E para colocar a mão na massa, trouxemos a experiência para você replicar em suas aulas do Professor André Cardoso, da escola EFFM Dom Helder Câmara e fundador da Startup Robótica com Sucata na Cidade de Fortaleza no Ceará. Confira abaixo o passo-a-passo produzido pelo Professor André Cardoso.

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Portfólios: A importância deste instrumento em tempos de pandemia

Portfólios: A importância deste instrumento em tempos de pandemia

A pandemia tem desafiado educadores, estudantes e familiares, principalmente, por ser algo que não vivenciamos antes em nossa recente história com a Educação. Não existe uma receita de bolo e todos estamos aprendendo neste momento. 

Temos educadores de todo o país, das escolas particulares e públicas ministrando aulas mediada com o suporte da tecnologia e complementando com orientações escritas aos familiares, principalmente, porque esta pandemia revelou também uma desigualdade muito grande entre os nossos educandos, em que se faz necessário um esforço coletivo para que todos tenham acesso a educação e ninguém fique para trás. 

E diante deste necessário é importante ter o olhar para instrumentos que norteiem o processo de ensino aprendizagem, como a produção de um portfólio. Abaixo, reunimos algumas orientações para enfatizar a importância de orientar os estudantes e familiares nesta organização que servirá para intervenções pedagógicas neste momento e após a pandemia. Vamos lá?!

 

 

Para replicar:  Portfólio

 

O portfólio é um importante instrumento pedagógico para estudantes e professores por apresentar a evolução do processo de aprendizagem e permitir intervenções, melhorias na aprendizagem cognitiva, planejamento, replanejamento de ações e atividades, entre outros.

Este instrumento, não serve apenas como uma ferramenta avaliativa, mas permite representar pensamentos, sentimentos, maneira de agir e principalmente de apresentar como as habilidades e competências estão sendo desenvolvidas, além de ser uma importante experiência preparação para a vida adulta e no mercado de trabalho.

Não existe uma maneira específica para realização deste instrumento e o mesmo atende toda a educação básica. Neste momento tornou-se essencial pelo isolamento social e pelas particularidades e especificidades de cada território educativo.

 

Veja algumas sugestões de como realizá-lo:

 

Orientações aos estudantes e aos familiares: é importante orientar os familiares e estudantes a organizar o portfólio. Conversar sobre a importância e sobre as possibilidades que deverão ser discutidas e avaliada.

Possibilidades de realização: o mesmo pode ser realizado em suportes digitais e temos suportes específicos para isso e ou de maneira impressa, para ser apresentada no retorno que será o ponto de partida para retomada das aulas presenciais. 

No ambiente digital existem diversas maneiras de criá-lo, no entanto, é importante, ter o cuidado para que os estudantes tenham acesso a internet para que possam subir os suas produções e atividades. Entre as ferramentas, podemos citar o webnode, que é gratuito e tem a finalidade de apresentar trabalhos e pode se adaptado ao universo educativo, o padlet, que é fácil de manusear e ainda pode ser colocado realizado murais e ser acrescido em ferramentas de colaboração como o google sala de aula.  

No ambiente impresso, o portfólio deve ser realizado em cadernos e em pastas, orientando os registros, com imagens, produções, artigos de produção e até criações mão na massa. Para que sejam apresentadas em uma retomada das aulas presenciais. No entanto, deve enfatizar os estudantes e familiares que em caso de dúvidas é preciso que elas sejam sanadas no momento da realização da atividade e que somente a atividade deve ser guardada para troca no retorno das aulas. 

O portfólio faz parte do processo avaliativo e neste momento os estudantes estão preocupados em saber como ele será avaliado.  O mesmo serve também aos educadores que tem se preocupado em como avaliar o processo durante esse período e com o retorno das aulas presenciais, desta maneira, ambos poderão se beneficiar. Os estudantes em acompanhar sua evolução durante esse período e o professor em intervir no processo de aprendizagem. 

 

E você professor (a), como tem trabalhado com esse tema? Conte aqui nos comentários.

Um abraço carinhoso! E se puder, fique em casa.

Débora

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Temos educadores de todo o país, das escolas particulares e públicas ministrando aulas mediada com o suporte da tecnologia e complementando com orientações escritas aos familiares, principalmente, porque esta pandemia revelou também uma desigualdade muito grande entre os nossos educandos, em que se faz necessário um esforço coletivo para que todos tenham acesso a educação e ninguém fique para trás. 

E diante deste necessário é importante ter o olhar para instrumentos que norteiem o processo de ensino aprendizagem, como a produção de um portfólio. Abaixo, reunimos algumas orientações para enfatizar a importância de orientar os estudantes e familiares nesta organização que servirá para intervenções pedagógicas neste momento e após a pandemia. Vamos lá?!

 

 

Para replicar:  Portfólio

 

O portfólio é um importante instrumento pedagógico para estudantes e professores por apresentar a evolução do processo de aprendizagem e permitir intervenções, melhorias na aprendizagem cognitiva, planejamento, replanejamento de ações e atividades, entre outros.

Este instrumento, não serve apenas como uma ferramenta avaliativa, mas permite representar pensamentos, sentimentos, maneira de agir e principalmente de apresentar como as habilidades e competências estão sendo desenvolvidas, além de ser uma importante experiência preparação para a vida adulta e no mercado de trabalho.

Não existe uma maneira específica para realização deste instrumento e o mesmo atende toda a educação básica. Neste momento tornou-se essencial pelo isolamento social e pelas particularidades e especificidades de cada território educativo.

 

Veja algumas sugestões de como realizá-lo:

 

Orientações aos estudantes e aos familiares: é importante orientar os familiares e estudantes a organizar o portfólio. Conversar sobre a importância e sobre as possibilidades que deverão ser discutidas e avaliada.

Possibilidades de realização: o mesmo pode ser realizado em suportes digitais e temos suportes específicos para isso e ou de maneira impressa, para ser apresentada no retorno que será o ponto de partida para retomada das aulas presenciais. 

No ambiente digital existem diversas maneiras de criá-lo, no entanto, é importante, ter o cuidado para que os estudantes tenham acesso a internet para que possam subir os suas produções e atividades. Entre as ferramentas, podemos citar o webnode, que é gratuito e tem a finalidade de apresentar trabalhos e pode se adaptado ao universo educativo, o padlet, que é fácil de manusear e ainda pode ser colocado realizado murais e ser acrescido em ferramentas de colaboração como o google sala de aula.  

No ambiente impresso, o portfólio deve ser realizado em cadernos e em pastas, orientando os registros, com imagens, produções, artigos de produção e até criações mão na massa. Para que sejam apresentadas em uma retomada das aulas presenciais. No entanto, deve enfatizar os estudantes e familiares que em caso de dúvidas é preciso que elas sejam sanadas no momento da realização da atividade e que somente a atividade deve ser guardada para troca no retorno das aulas. 

O portfólio faz parte do processo avaliativo e neste momento os estudantes estão preocupados em saber como ele será avaliado.  O mesmo serve também aos educadores que tem se preocupado em como avaliar o processo durante esse período e com o retorno das aulas presenciais, desta maneira, ambos poderão se beneficiar. Os estudantes em acompanhar sua evolução durante esse período e o professor em intervir no processo de aprendizagem. 

 

E você professor (a), como tem trabalhado com esse tema? Conte aqui nos comentários.

Um abraço carinhoso! E se puder, fique em casa.

Débora

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Os jogos sempre tiveram um lugar especial na educação, justamente por trazer elementos essenciais a aprendizagem, como o lúdico. E diferentemente do que imaginamos os jogos não é algo exclusivo a educação infantil e ou anos iniciais, ele pode permear todas as etapas inclusive o ensino médio. 

Quando o estudante está em contato com os jogos está mobilizando diversos conhecimentos e desenvolvendo habilidades importantes como colaboração, raciocínio lógico, resoluções de problemas, interpretando, repensando hipóteses. Assim, podemos afirmar que os jogos são uma estratégia ao processo de aprendizado por estimular a vivência do currículo e as situações do cotidiano.  

Temos uma variedade de possibilidades diante aos jogos e também modalidades como jogos de tabuleiro, games, jogos colaborativos. O ensino emergencial traz a oportunidade da escola criar, experimentar, inovar e se reinventar com a utilização dos jogos, ao favorecer a construção do conhecimento científico, proporcionando vivências reais e desafios em busca de soluções em que o estudante precisa trocar ideias e tomar decisões no jogo. 

 Precisamos olhar para as aulas emergenciais e encarar que todos somos aprendentes, e que temos a oportunidade de criar aulas, inovar e aprender muito neste processo, testando o que funciona e o que não funciona, intensificando o que deu certo ao oportunizar desafios e é aqui que entra os jogos. Essa possibilidade de desvendar pistas e aprendizados ao mesmo tempo que possibilita o engajamento em um momento que isso se faz fundamental por todo o lado negativo que a pandemia traz.  

 
 

E como possibilitar que os jogos façam parte das aulas mediadas por tecnologia?

Transforme atividades em jogos 

Para que a aula tenha um engajamento aposte transformar atividades em jogos que pode ser adivinhação, charadas, quiz permitindo que os estudantes possam exercitar o raciocínio lógico e  participar da aula de maneira ativa. 

Transforme conteúdo em atividades gamificadas 

É possível fazer das aulas um grande caça de tesouro e que tal espalhar pistas e deixar a turma decifrar o conteúdo antecipando fatos? Vale usar a imaginação, projetar pistas e imagens e pedir para que os estudantes se atentem aos detalhes, tenho certeza que eles irão amar. 

Crie jogos 

Outra possibilidade é a transformação dos conteúdos em jogos e também a possibilidade dos estudantes transformarem as atividades propostas em jogos que podem ser disponibilizados por fotos, históricos e até um mural feito por padlet

Aproximar o lúdico é necessário ao desenvolvimento integral dos estudantes e a interação permite uma aprendizagem espontânea, ao mesmo tempo que estimulada e desafiadora ocorre através de experiência,  no ritmo dos estudantes e com a troca individuais e coletivas.  

Um abraço, 

Débora

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Temos uma variedade de possibilidades diante aos jogos e também modalidades como jogos de tabuleiro, games, jogos colaborativos. O ensino emergencial traz a oportunidade da escola criar, experimentar, inovar e se reinventar com a utilização dos jogos, ao favorecer a construção do conhecimento científico, proporcionando vivências reais e desafios em busca de soluções em que o estudante precisa trocar ideias e tomar decisões no jogo. 

 Precisamos olhar para as aulas emergenciais e encarar que todos somos aprendentes, e que temos a oportunidade de criar aulas, inovar e aprender muito neste processo, testando o que funciona e o que não funciona, intensificando o que deu certo ao oportunizar desafios e é aqui que entra os jogos. Essa possibilidade de desvendar pistas e aprendizados ao mesmo tempo que possibilita o engajamento em um momento que isso se faz fundamental por todo o lado negativo que a pandemia traz.  

 
 

E como possibilitar que os jogos façam parte das aulas mediadas por tecnologia?

Os jogos sempre tiveram um lugar especial na educação, justamente por trazer elementos essenciais a aprendizagem, como o lúdico. E diferentemente do que imaginamos os jogos não é algo exclusivo a educação infantil e ou anos iniciais, ele pode permear todas as etapas inclusive o ensino médio. 

Quando o estudante está em contato com os jogos está mobilizando diversos conhecimentos e desenvolvendo habilidades importantes como colaboração, raciocínio lógico, resoluções de problemas, interpretando, repensando hipóteses. Assim, podemos afirmar que os jogos são uma estratégia ao processo de aprendizado por estimular a vivência do currículo e as situações do cotidiano.  

Temos uma variedade de possibilidades diante aos jogos e também modalidades como jogos de tabuleiro, games, jogos colaborativos. O ensino emergencial traz a oportunidade da escola criar, experimentar, inovar e se reinventar com a utilização dos jogos, ao favorecer a construção do conhecimento científico, proporcionando vivências reais e desafios em busca de soluções em que o estudante precisa trocar ideias e tomar decisões no jogo. 

 Precisamos olhar para as aulas emergenciais e encarar que todos somos aprendentes, e que temos a oportunidade de criar aulas, inovar e aprender muito neste processo, testando o que funciona e o que não funciona, intensificando o que deu certo ao oportunizar desafios e é aqui que entra os jogos. Essa possibilidade de desvendar pistas e aprendizados ao mesmo tempo que possibilita o engajamento em um momento que isso se faz fundamental por todo o lado negativo que a pandemia traz.  

 

Débora Garofalo é Assessora Especial de Tecnologias da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo (SEE SP) e professora da rede pública de ensino de São Paulo. Formada em Letras e Pedagogia, mestranda em Educação pela PUC-SP, vencedora na temática Especial Inovação na Educação no Prêmio Professores do Brasil, Vencedora no Desafio de Aprendizagem Criativa do MIT e considerada uma das dez melhoras professoras do mundo pelo Global Teacher Prize, o Nobel da Educação.

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Quando o estudante está em contato com os jogos está mobilizando diversos conhecimentos e desenvolvendo habilidades importantes como colaboração, raciocínio lógico, resoluções de problemas, interpretando, repensando hipóteses. Assim, podemos afirmar que os jogos são uma estratégia ao processo de aprendizado por estimular a vivência do currículo e as situações do cotidiano.  

Temos uma variedade de possibilidades diante aos jogos e também modalidades como jogos de tabuleiro, games, jogos colaborativos. O ensino emergencial traz a oportunidade da escola criar, experimentar, inovar e se reinventar com a utilização dos jogos, ao favorecer a construção do conhecimento científico, proporcionando vivências reais e desafios em busca de soluções em que o estudante precisa trocar ideias e tomar decisões no jogo. 

 Precisamos olhar para as aulas emergenciais e encarar que todos somos aprendentes, e que temos a oportunidade de criar aulas, inovar e aprender muito neste processo, testando o que funciona e o que não funciona, intensificando o que deu certo ao oportunizar desafios e é aqui que entra os jogos. Essa possibilidade de desvendar pistas e aprendizados ao mesmo tempo que possibilita o engajamento em um momento que isso se faz fundamental por todo o lado negativo que a pandemia traz.  

 
 

E como possibilitar que os jogos façam parte das aulas mediadas por tecnologia?

Transforme atividades em jogos 

Para que a aula tenha um engajamento aposte transformar atividades em jogos que pode ser adivinhação, charadas, quiz permitindo que os estudantes possam exercitar o raciocínio lógico e  participar da aula de maneira ativa. 

Transforme conteúdo em atividades gamificadas 

É possível fazer das aulas um grande caça de tesouro e que tal espalhar pistas e deixar a turma decifrar o conteúdo antecipando fatos? Vale usar a imaginação, projetar pistas e imagens e pedir para que os estudantes se atentem aos detalhes, tenho certeza que eles irão amar. 

Crie jogos 

Outra possibilidade é a transformação dos conteúdos em jogos e também a possibilidade dos estudantes transformarem as atividades propostas em jogos que podem ser disponibilizados por fotos, históricos e até um mural feito por padlet

Aproximar o lúdico é necessário ao desenvolvimento integral dos estudantes e a interação permite uma aprendizagem espontânea, ao mesmo tempo que estimulada e desafiadora ocorre através de experiência,  no ritmo dos estudantes e com a troca individuais e coletivas.  

Um abraço, 

Débora

Quando o estudante está em contato com os jogos está mobilizando diversos conhecimentos e desenvolvendo habilidades importantes como colaboração, raciocínio lógico, resoluções de problemas, interpretando, repensando hipóteses. Assim, podemos afirmar que os jogos são uma estratégia ao processo de aprendizado por estimular a vivência do currículo e as situações do cotidiano.  

Temos uma variedade de possibilidades diante aos jogos e também modalidades como jogos de tabuleiro, games, jogos colaborativos. O ensino emergencial traz a oportunidade da escola criar, experimentar, inovar e se reinventar com a utilização dos jogos, ao favorecer a construção do conhecimento científico, proporcionando vivências reais e desafios em busca de soluções em que o estudante precisa trocar ideias e tomar decisões no jogo. 

 Precisamos olhar para as aulas emergenciais e encarar que todos somos aprendentes, e que temos a oportunidade de criar aulas, inovar e aprender muito neste processo, testando o que funciona e o que não funciona, intensificando o que deu certo ao oportunizar desafios e é aqui que entra os jogos. Essa possibilidade de desvendar pistas e aprendizados ao mesmo tempo que possibilita o engajamento em um momento que isso se faz fundamental por todo o lado negativo que a pandemia traz.  

 
 

E como possibilitar que os jogos façam parte das aulas mediadas por tecnologia?

Os jogos sempre tiveram um lugar especial na educação, justamente por trazer elementos essenciais a aprendizagem, como o lúdico. E diferentemente do que imaginamos os jogos não é algo exclusivo a educação infantil e ou anos iniciais, ele pode permear todas as etapas inclusive o ensino médio. 

Quando o estudante está em contato com os jogos está mobilizando diversos conhecimentos e desenvolvendo habilidades importantes como colaboração, raciocínio lógico, resoluções de problemas, interpretando, repensando hipóteses. Assim, podemos afirmar que os jogos são uma estratégia ao processo de aprendizado por estimular a vivência do currículo e as situações do cotidiano.  

Temos uma variedade de possibilidades diante aos jogos e também modalidades como jogos de tabuleiro, games, jogos colaborativos. O ensino emergencial traz a oportunidade da escola criar, experimentar, inovar e se reinventar com a utilização dos jogos, ao favorecer a construção do conhecimento científico, proporcionando vivências reais e desafios em busca de soluções em que o estudante precisa trocar ideias e tomar decisões no jogo. 

 Precisamos olhar para as aulas emergenciais e encarar que todos somos aprendentes, e que temos a oportunidade de criar aulas, inovar e aprender muito neste processo, testando o que funciona e o que não funciona, intensificando o que deu certo ao oportunizar desafios e é aqui que entra os jogos. Essa possibilidade de desvendar pistas e aprendizados ao mesmo tempo que possibilita o engajamento em um momento que isso se faz fundamental por todo o lado negativo que a pandemia traz.  

 

Débora Garofalo é Assessora Especial de Tecnologias da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo (SEE SP) e professora da rede pública de ensino de São Paulo. Formada em Letras e Pedagogia, mestranda em Educação pela PUC-SP, vencedora na temática Especial Inovação na Educação no Prêmio Professores do Brasil, Vencedora no Desafio de Aprendizagem Criativa do MIT e considerada uma das dez melhoras professoras do mundo pelo Global Teacher Prize, o Nobel da Educação.

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