Redes Sociais na Educação: benefícios e riscos

Muitos especialistas garantem que o Facebook favorece a colaboração, a criatividade e a socialização.

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É cada vez mais difícil captar a atenção de crianças e adolescentes, tanto na escola quanto em casa. E as redes sociais podem ser um bom apoio para conseguir isso. 

As redes sociais servem atendem necessidades emocionais, sociais e de relacionamento dos jovens.

É cada vez mais difícil captar a atenção de crianças e adolescentes, especialmente na escola, mas também em casa. As redes sociais são um bom apoio para conseguir isso.

No entanto, a maior parte dos pais desconhece os processos de incorporação e aproveitamento das novas tecnologias na educação dos filhos.

O que os jovens fazem nas redes sociais? 

As redes sociais servem atendem necessidades emocionais, sociais e de relacionamento dos jovens. São usadas para compartilhar fotos, vídeos e comentários sobre seus estados de espírito, atividades individuais e momentos de diversão em grupo, assim como para organizar eventos ou encontros.

Diante desse panorama, fica claro como os elementos visuais se integram no cotidiano dos jovens, diferenciando-os em sua maneira de se relacionar com os outros. Entender esse processo e dar a ele a importância que merece é parte do desafio de pais e educadores, assim como incorporar o uso racional e seletivo dessas redes aos processos de ensino e aprendizagem.

Como fazer isso? 

Em primeiro lugar, é preciso definir uma dinâmica de uso coerente, ou seja, determinar regras claras para a utilização das redes e diferenciar o uso pessoal do uso educativo.

Depois, é importante criar estratégias e modelos de comunicação visual que convidem as crianças e os adolescentes a conectar seus pensamentos com as atividades cotidianas e a gestão do conhecimento.

Também é necessário identificar os pontos positivos e negativos de cada uma das redes sociais, para integrá-las às atividades familiares. O uso delas deve responder a um objetivo educativo e, portanto, ao tipo de interação que se deseja gerar em torno ao conteúdo. Qual é o objetivo? Responder a essa pergunta e conhecer as características de cada rede permitirão escolher e propor a rede social adequada.

Finalmente, mas não menos importante, deve-se conhecer as configurações de privacidade desses ambientes, e garantir a preservação da intimidade das crianças e adolescentes.

É possível que seja necessário ajudar os filhos a configurar esses espaços, e é imprescindível comentar os possíveis riscos a que estão expostos. Utilize mensagens claras, diretas e simples, sem recorrer a histórias complicadas. Explique objetivamente o que pode acontecer e como evitar problemas: esse é o objetivo.

Seguem algumas dicas e estratégias úteis para potencializar o uso de algumas redes sociais na área educativa.

  • • Grupos colaborativos no Facebook

Os grupos de Facebook podem ser espaços interessantes e seguros para a colaboração e a troca de informação. Seus membros podem compartilhar arquivos, vídeos, áudios, links etc. de maneira muito dinâmica e rápida.

Não é necessário que os integrantes do grupo sejam “amigos”, o que permite convidar outras pessoas a conversar sobre determinados temas e conseguir que jovens com interesses similares se comuniquem independentemente de suas relações pessoais.

Para aprofundar as estratégias educativas, o Facebook criou um guia específico para educadores, com recursos, links de interesse, exemplos de utilização e elementos relacionados à segurança e à privacidade, manterial muito útil para guiar os adolescentes nesse ambiente.

  • • Utilizar hashtag para…

Os usos do Twitter podem ser muito diversos. Em concreto, propõe-se a utilização de hashtag (#) para gerar uma conversa sobre determinado assunto, colocando em contato as diversas pessoas que tenham interesse em falar a respeito.

Essa rede pode ser um excelente recurso para famílias e amigos em torno de determinado evento ou acontecimento. Por exemplo, ao participar de uma comemoração, cada usuário pode utilizar uma hashtag específica para publicar comentários ou imagens relacionadas ao evento: um casamento, uma festa de aniversário, um fim de semana fora da cidade etc. Tudo pode servir para criar laços digitais entre amigos e familiares.

  • • Potencializar as habilidades dos jovens no Instagram

O uso do Instagram entre os jovens é um fato. Não é necessário motivá-los muito para potencializar o aproveitamento dessa rede. Aqui é importante descrever a imagem ou vídeo que publicam e como o categorizam por meio de diferentes hashtags. Isso potencializará as habilidades linguísticas dos jovens usuários de maneira espontânea.

Outro elemento importante a ter em conta é fornecer feedback direto e criar conversas online. Pais e filhos podem trocar comentários sobre experiências vividas dessa maneira – não podemos esquecer que essa é outra alternativa para estar contato!

  • • Pinterest

Quem nunca teve acesso a um mural de anúncios? O Pinterest pode ser uma ferramenta muito útil para mostrar notícias e atividades e convidar pais, amigos e familiares a descobrir as produções dos jovens.

Categorizar os conteúdos permite que outras pessoas aproveitem os recursos expostos. Os jovens podem ser responsáveis por tirar fotos e publicar anúncios que mostrem, por exemplo, as aprendizagens obtidas a partir de uma excursão. Gerar murais que integrem elementos diversos pode enriquecer a experiência e dar informação aos pais sobre o tipo de atividade de interesse dos filhos.

As redes sociais e seus riscos

Não podemos esquecer que todas essas ações têm riscos. Os pais precisam orientar os jovens a respeito e estar presentes para evitá-los.

Os perigos nas redes, como na vida, estão presentes a todo momento: conhecer um estranho, estabelecer contato com ele e gerar vínculos de confiança com as pessoas erradas são alguns deles.

Os jovens devem ser conscientes de que as informações que publicam oferecem dados sobre suas preferências, desejos, interesses, preocupações, ambientes por onde circulam e detalhes que revelam parte de sua intimidade.

Diferenciar as palavras “intimidade” e “privacidade” é importante para evitar riscos. Mostrar, por exemplo, fotos familiares pode não implicar nenhum risco, mas fornecer dados sobre a localização do encontro ou um momento em que se estará sozinho em casa pode ser perigoso.

Também há riscos na criação da rede de contatos. Diferenciar a quem se dirigem em cada momento é vital, e para isso é preciso buscar o ambiente mais apropriado para cada uma das publicações realizadas.

Por exemplo, pode-se publicar em um grupo fechado de Facebook fotos do evento familiar do fim de semana e escrever comentários associados à experiência, mas no perfil público basta uma fotografia do ambiente em que se esteve. Para isso, é preciso conhecer as ferramentas da rede e, especialmente, as possiblidades de publicação e uso disponíveis.

O que fazer diante dos riscos?

O primeiro elemento a ter em conta é conseguir uma “escuta ativa” dos perfis dos filhos. Isso permite zelar pelo uso que fazem de cada uma das redes e poder reagir a tempo em caso de uso inapropriado da ferramenta. Para isso, é importante conseguir que eles permitam aos pais entrar em seus ambientes.

O segundo elemento é o respeito que anda junto com a confiança. Os pais devem compreender que as redes são espaços de trocas sociais onde os jovens e adolescentes se mostram como são. Isso implica conseguir respeitar as manifestações e os estilos deles, para, em troca, estar em contato com suas condutas e comportamentos.

Orientações que partem do respeito e da confiança sempre podem ser bem aceitas. Por outro lado, se houver falta de respeito em uma aproximação pela imposição, possivelmente se perderá acesso às permissões de visualização dos perfis na rede e, com isso, a possibilidade de uma possível intervenção em caso de necessidade.

O terceiro elemento, mas não menos importante, é a comunicação. Se os pais abrirem um caminho de comunicação direta com os filhos conseguirão oferecer a eles estratégias, modelos e guias sobre a forma e os estilos de interação nas redes sociais.

Em síntese, devemos lembrar de que as redes são um espaço de aproximação com os filhos e podem ser grandes aliadas. Precisamos apenas aprender as maneiras mais seguras e interessantes de aproveitar esses ambientes. O desafio é começar!

Colaboração e criatividade com as tecnologias digitais

As tecnologias e as redes sociais podem servir como excelentes ferramentas de aprendizagem.

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As redes sociais podem ser aliadas das escolas, com excelentes resultados de engajamento e, consequentemente, de aprendizagem. Veja como! 

Boa notícia!

As redes sociais têm sido fonte permanente de angústia para pais e mães, em dúvida sobre seus benefícios e malefícios. A boa notícia é que elas podem ser aliadas das escolas, com excelentes resultados de engajamento e, consequentemente, de aprendizagem. Os próprios jovens nos dão uma pista, ao utilizar o aplicativo Whatsapp para “pegar” lição de casa, tirar dúvidas sobre exercícios e conteúdos com colegas e organizar trabalhos em grupo.

O uso de redes sociais pode ir muito além. Embora muito se tenha falado sobre “nativos digitais”, hoje sabemos que essa geração poderia explorar de forma muito mais ampla e variada o potencial das tecnologias digitais.

Os alunos usam o Whatsapp para “pegar” lição de casa, tirar dúvidas com colegas e organizar trabalhos em grupo.

Aprendizagem em rede

Elementos positivos identificados por algumas das teorias de aprendizagem, como a existência de vínculos afetivos e de atenção individualizada, estão presentes em ambientes de redes sociais. Por exemplo, nicknames (apelidos) e fotografias dos alunos criam um ambiente descontraído, além de permitir que os adolescentes cultivem sua identidade, o que é muito importante nessa etapa da vida.

O fato de, em uma rede social, a comunicação entre as pessoas acontecer de maneira espontânea e menos organizada por sua natureza digital e fluida, possibilita aos próprios estudantes ensinar e aprender uns com os outros, conforme surgem dúvidas e ideias ao entrar em contato com os conteúdos e as tarefas propostas pelos professores. Os alunos podem receber explicações de colegas na linguagem própria de sua idade, além de alternarem situações em que cada um ensina e aprende com os demais.

Cria-se então um ambiente onde os jovens sentem maior confiança em tirar suas dúvidas – por um lado, estão mais expostos; por outro, sentem-se mais acolhidos.

A mediação dos educadores é fundamental para manter a turma com uma atitude positiva, caso o próprio grupo não se auto-regule de modo satisfatório. Na medida em que o professor participa da mesma rede que sua turma, identifica com mais facilidade mensagens que revelam a dificuldade de cada aluno, podendo incidir sobre a questão, seja pessoalmente, seja incentivando colegas a fazê-lo.

Enfim, essa rede horizontal de relações e comunicação possibilita uma dinâmica muito favorável entre os estudantes e entre estudantes e professores.

Trabalho em grupo, de verdade

Ao participar de uma rede social com sua classe, o professor tem o poder de um big brother (grande irmão), com ampla visibilidade das ações de todos os alunos. Isso significa que pode identificar, em trabalhos em grupo, quem realmente colabora na elaboração das tarefas, em que horários do dia e por quanto tempo participa, que tipo de intervenção faz e quais os produtos elaborados. Tudo isso facilita a avaliação, a interferẽncia e até o planejamento do docente para próximos trabalhos, pois conhecerá melhor os hábitos digitais de suas turmas.

Além disso, a visibilidade que todos os alunos têm entre si em uma mesma rede social facilita e dá maior agilidade à gestão de tempo e à distribuição de tarefas entre eles.

Esses são alguns dos aspectos que tornam muito mais produtivos os trabalhos em equipe nesses ambientes.

Produtores orgulhosos e competentes

As redes sociais são, por excelência, uma vitrine. Todos sabemos o quanto o exibicionismo faz parte dos ambientes virtuais. Quem não se preocupa com sua popularidade nas redes, com likes, com visualizações etc?

Uma classe que trabalha em uma rede social provavelmente deverá apresentar os resultados de suas pesquisas por meio de produtos em meios digitais. Serão elaboradas apresentações, áudios, vídeos, fotografias, memes, artes, gráficos, textos e uma infinidade de outros formatos que demonstrarão o quanto os estudantes aprenderam e o quanto conseguiram criar a partir de determinado tema de estudo.

Quanto mais se perceberem competentes em sua produção escolar, maior será o desejo de exibi-la. E quanto mais se sentirem reconhecidos por seus esforços e resultados, mais vontade terão de aprimorar suas competências e destrezas. Está aí, portanto, outro ganho que as redes sociais agregam aos processo de aprendizagem de nossos filhos: torná-los estudantes competentes e orgulhosos de seu sucesso escolar, enxergando nisso um valor social importante.

Apontamos aqui algumas das vantagens do uso educativo de redes sociais para jovens que já são experts e contumazes usuários desse tipo de ambiente. Então, por que não aproveitarmos essa predisposição e tirar o melhor delas para a aprendizagem escolar? Mas atenção! É preciso manter o clima descontraído, livre e divertido que os jovens apreciam, caso contrário, eles fugirão das redes sociais escolares e perderemos essa grande oportunidade.

Técnicas e hábitos para estimular a memória

É importante treinar também nos momentos de lazer

É importante treinar também nos momentos de lazer

A memória é a capacidade de reter e organizar informação para usá-la quando precisamos. É uma qualidade necessária para nossa vida diária e está estreitamente relacionada com a aprendizagem.

A memória pode ser definida como a capacidade de reter e ordenar informação para usar no momento necessário. É uma qualidade imprescindível para a vida diária e está estreitamente relacionada à aprendizagem.

É importante estimular a memória desde muito cedo na vida.

Estímulo precoce e constante

Estimular a memória é de grande importância desde muito cedo na vida. Pode-se trabalhar essa qualidade mental tão importante de acordo com as capacidades e o ritmo de aprendizagem da criança.

Durante a adolescência, grande parte dos recursos cognitivos e de memória são dedicados ao aprendizado das matérias escolares. Trata-se da memória semântica, fundamental nessa etapa da vida, quando os conhecimentos estão se assentando, e outros, novos, se formam todos os dias.

A importância de hábitos de vida saudáveis

A qualidade de vida tem impacto direto na memória. Diversos estudos científicos demonstram que manter hábitos de vida saudáveis durante a adolescência tem efeitos sobre a capacidade de memorização e de aprendizado de modo geral. A seguir, alguns dos fatores aos quais de deve ter atenção:

  • Sono. Enquanto dormimos, especialmente durante a fase de sono REM, consolidamos os aprendizados realizados durante o dia. Isso faz com que a quantidade e a qualidade de sono sejam fatores relevantes para a fixação das informações. Além disso, está demonstrado que a falta de sono afeta diretamente a capacidade de atenção e a concentração, processos imprescindíveis para a memorização.
  • Alimentação. Uma dieta saudável, variada, baixa em gorduras e rica em ômega 3 e antioxidantes, fornece os nutrientes de que o cérebro precisa para funcionar adequadamente.
  • Exercício físico. A atividade física aumenta o rendimento cognitivo, uma vez que melhora o fluxo de oxigênio no organismo e as funções do cérebro.
  • Estresse. O cansaço mental, a tensão ou a ansiedade são bloqueios para a capacidade de memorização, a concentração e o processamento adequado da informação.

Como potencializar a capacidade de memorização

O processo de memorização se estrutura em três fases:

  1. Codificação: recebimento e processamento da informação.
  2. Armazenamento: criação de um registro mental da informação codificada.
  3. Recuperação: acesso à informação armazenada.

É possível estabelecer diferentes estratégias para favorecer a memória e a aprendizagem, resultando na decodificação da informação e em hábitos que facilitam seu armazenamento.

  • Organizar as tarefas. Dividir e planejar as tarefas em várias etapas permite dividir a carga e não saturar a mente. A informação chega melhor se entregue aos poucos. Para isso, sugira que seu filho use a agenda e o calendários para organizar as tarefas.
  • Evite a simples “decoreba”. Se a fase da codificação se basear na repetição e no aprendizado memorizado, o resultado será, provavelmente, uma memorização de curto prazo.
  • Resumir e esquematizar a informação. Para obter um armazenamento da informação a longo prazo, recomende que seu filho extraia as ideias principais de um conteúdo, para, com isso, formar uma base sobre a qual ampliar.
  • Adotar estratégias de visualização e verbalização. Geralmente codificamos melhor a informação de modo visual e verbal. Você pode sugerir a seu filho que faça fichas, use cores diferentes para estruturar a informação, crie esboços etc.; que estude em voz alta; que explique o conteúdo a alguém; ou que grave a própria exposição para se ouvir depois.
  • Colocar em prática estratégias de relaxamento com regularidade. Saber relaxar o corpo e a mente é tão importante para o aprendizado quanto a memorização em si. Ensine a seu filho técnicas de respiração ou de relaxamento muscular para evitar o estresse.
  • Estimular a memória nos momentos de lazer. Jogos de mesa, de palavras, de recordar objetos ou de cálculo mental são muito úteis. Ensine seu filho a aprender maneiras eficazes de memorizar informação em um contexto de diversão.
  • Ordenar acontecimentos. Pergunte a seu filho sobre as histórias que tenha lido ou filmes que tenha visto. Isso o ajudará a ordenar fatos e estabelecer relações de causa e consequência. Como resultado, treinará a decodificação, a armazenagem e a recuperação de informação.

Novos olhares sobre a lição de casa

Este mundo impactado por mudanças profundas impõe reflexões sobre a eficácia da lição de casa tradicional

Portrait of a girl taking notes in the classroom

Uma rotina sobrecarregada com excesso de deveres pode ser prejudicial para desenvolver o prazer por aprender – uma competência fundamental para a vida no século 21.

O excesso de deveres pode ser prejudicial para desenvolver o prazer por aprender

Escolas de países que apresentam altos desempenhos em Educação têm proposto formatos criativos para a lição de casa porque entendem que uma rotina sobrecarregada com excesso de deveres pode ser prejudicial para desenvolver o prazer por aprender – uma competência fundamental para a vida no século 21.

Fernanda Furia, psicóloga especialista em infância e adolescência, relata os benefícios de alguns exemplos interessantes, como a leitura pelo prazer, o brincar livre e as atividades em família. Essa é uma boa notícia para os pais – afinal, quem gosta do papel de “policial da lição de casa” quando chega do trabalho?

Os perigos da dependência tecnológica em crianças e adolescentes

As tecnologias digitais produzem um efeito hipnótico que pode nos manter por horas a fio em frente das telas.

Design sem nome (4)

Saiba ler os sinais de alerta de dependência tecnológica e entenda por que é importante ser um modelo de equilíbrio com relação ao uso das novas tecnologias.

É inegável: passamos cada vez mais tempo jogando, navegando, trabalhando e assistindo a vídeos na internet, não é mesmo? Só que o ambiente virtual nos afeta emocionalmente porque pelas redes sociais e pelos jogos temos a ilusão de aceitação e de interação social. Além disso, essas ferramentas produzem um efeito hipnótico que pode nos manter por horas a fio em frente das telas.

Fernanda Furia, psicóloga especialista em infância e adolescência, faz um alerta: “Para crianças e adolescentes que ficam horas na frente do computador ou do celular está se fechando uma janela de oportunidade no desenvolvimento que não se abrirá mais”. Eles deixam de brincar, de fazer atividades ao ar livre e de estabelecer conexões reais com as pessoas e com o mundo para ficar diante de uma tela.

Saiba ler os sinais de alerta de dependência tecnológica e entenda por que é importante ser um modelo de equilíbrio com relação ao uso das novas tecnologias. “Esse é um dos caminhos poderosos para proteger nossos filhos dos riscos e também para aproveitar as oportunidades inéditas que surgirão com o avanço tecnológico”, diz Fernanda no novo vídeo.

Os perigos da dependência tecnológica em crianças e adolescentes

As tecnologias digitais produzem um efeito hipnótico que pode nos manter por horas a fio em frente das telas.

 

Saiba ler os sinais de alerta de dependência tecnológica e entenda por que é importante ser um modelo de equilíbrio com relação ao uso das novas tecnologias. 

É inegável: passamos cada vez mais tempo jogando, navegando, trabalhando e assistindo a vídeos na internet, não é mesmo? Só que o ambiente virtual nos afeta emocionalmente porque pelas redes sociais e pelos jogos temos a ilusão de aceitação e de interação social. Além disso, essas ferramentas produzem um efeito hipnótico que pode nos manter por horas a fio em frente das telas.

Fernanda Furia, psicóloga especialista em infância e adolescência, faz um alerta: “Para crianças e adolescentes que ficam horas na frente do computador ou do celular está se fechando uma janela de oportunidade no desenvolvimento que não se abrirá mais”. Eles deixam de brincar, de fazer atividades ao ar livre e de estabelecer conexões reais com as pessoas e com o mundo para ficar diante de uma tela.

Saiba ler os sinais de alerta de dependência tecnológica e entenda por que é importante ser um modelo de equilíbrio com relação ao uso das novas tecnologias. “Esse é um dos caminhos poderosos para proteger nossos filhos dos riscos e também para aproveitar as oportunidades inéditas que surgirão com o avanço tecnológico”, diz Fernanda no novo vídeo.

Alimentos funcionais: o que são e para que servem

Muitos deles fazem parte de nossa dieta e podem prevenir doenças

Além de aportarem os nutrientes conhecidos, esses alimentos fornecem benefício adicional à saúde, pois possuem propriedades de prevenção e controle de determinadas doenças.

O termo “alimentos funcionais” surgiu no Japão na década de 1980 para os alimentos que, além de suas propriedades nutricionais, têm funções específicas no organismo. Desde então, passaram a fazer parte de uma nova ciência que está em expansão: o estudo dos alimentos com propriedades de prevenção e controle de determinadas doenças. A definição mais aceita é qualquer alimento ou ingrediente que fornece um benefício adicional à saúde, além dos nutrientes que contém.

Alguns alimentos já são cientificamente reconhecidos como fonte de substâncias que contribuem para a prevenção ou auxiliam no tratamento de doenças. Muitos deles são encontrados no supermercado e fazem parte de nossa dieta: aveia, soja, tomate, alho, chá, vinho e peixe.

A aveia, o vinho e o peixe são conhecidos por conterem beta glucano, resveratrol e ômega-3, respectivamente, substâncias que têm sido associadas à diminuição de risco de doenças cardiovasculares. Vários são os mecanismos que podem explicar o efeito protetor destes componentes alimentares no coração, tais como a redução do colesterol sanguíneo e o impedimento de seu depósito nas artérias, além da ação que evita a formação de coágulos de sangue no organismo. 

O tomate, por ser rico em licopeno, uma substância com ação antioxidante, pode diminuir o risco de câncer principalmente da próstata, quando consumido com frequência e sobretudo na forma concentrada de molho. O alho, picado, espremido ou amassado, libera alicina, um componente ativo associado à diminuição da pressão arterial e prevenção de câncer.

Alguns tipos de chá, com destaque para o verde, contêm antioxidantes denominados polifenóis, cujo consumo tem sido relacionado à prevenção de determinados tipos de câncer. É importante ressaltar que os benefícios aqui citados dependem da quantidade diária ingerida, e as pesquisas não são unânimes na indicação da dose e do efeito dessas substâncias.

A indústria alimentícia já desenvolve produtos enriquecidos com substâncias naturais e funcionais  

Além dos alimentos naturalmente ricos em componentes que promovem a saúde, os alimentos funcionais compreendem também aqueles que foram fortificados ou enriquecidos com nutrientes ou compostos naturais encontrados em vegetais (fitoquímicos) com o objetivo de auxiliar o tratamento de doenças ou a manutenção da saúde.

Nesse sentido, a indústria de alimentos tem desenvolvido novos produtos. São exemplos alimentos ou bebidas que contêm pré e probióticos – que auxiliam na função e na restauração gastrointestinal –, bebidas enriquecidas com cálcio – para a manutenção da saúde óssea e para a prevenção de osteopenia (redução considerável da quantidade de cálcio nos ossos) e osteoporose (diminuição da quantidade óssea, tornando os ossos suscetíveis a fraturas) – e cremes vegetais contendo componentes de origem vegetal (fitosteróis) – que diminuem o colesterol sanguíneo.

O enriquecimento do sal com iodo, praticado no Brasil desde a década de 1950, representa uma das primeiras tentativas de adição de um nutriente a um ingrediente amplamente utilizado pela população com a finalidade de conter uma doença – o bócio, caracterizada pelo aumento da glândula da tireoide.

Embora o termo “alimento funcional” ainda não fosse conhecido naquela época, foi possível conter uma doença pelo enriquecimento do sal. Posteriormente, tivemos o enriquecimento de alimentos com outros nutrientes com o objetivo de corrigir algumas deficiências nutricionais encontradas com maior frequência – por exemplo, a adição das vitaminas A e D ao leite e a fortificação de cereais com as vitaminas do complexo B.

No final do século 20, com a contenção das deficiências nutricionais e o aumento das doenças crônicas como cardiopatias e câncer, a indústria de alimentos mudou o foco de atenção. Hoje, o interesse da população e dos profissionais da área de saúde tem sido a prevenção das doenças relacionadas ao estilo de vida. Para isso, a qualidade da alimentação exerce papel fundamental, e os alimentos funcionais se encaixam perfeitamente nesse objetivo.