O dia 4 de janeiro é o Dia Mundial do Braille, uma data que homenageia o nascimento de Louis Braille, o inventor do sistema de escrita e leitura para pessoas cegas ou com baixa visão.
O braille é um código universal que usa pontos em relevo para representar as letras, os números e os símbolos de diferentes idiomas. Ele permite que as pessoas com deficiência visual tenham acesso à informação, à educação e à cultura, promovendo a sua autonomia e a sua participação na sociedade.
Neste texto, vamos conhecer um pouco mais sobre a história do braille, os seus benefícios e os seus desafios para a inclusão e a acessibilidade das pessoas com deficiência visual no mundo atual. Acompanhe a seguir!
O braille é um sistema de escrita e leitura para pessoas cegas ou com baixa visão. Ele foi inventado por Louis Braille, um francês que ficou cego aos três anos de idade.
Ele consiste em uma série de pontos em relevo que representam as letras do alfabeto, os números, os sinais de pontuação e outros símbolos.
Cada caractere braille é formado por uma célula de seis pontos, dispostos em duas colunas de três pontos cada. É composto por 63 caracteres formados por pontos em relevo que representam letras, números e símbolos.
As combinações desses pontos permitem às pessoas cegas ou com baixa visão ler e escrever os mesmos livros e materiais impressos que as pessoas que enxergam.
O dia 4 de janeiro foi escolhido para homenagear o nascimento de Louis Braille, que ficou cego aos três anos de idade e desenvolveu o seu sistema aos 20 anos, baseado em um código militar usado para comunicação noturna.
Apesar da resistência e da burocracia, o braille foi reconhecido oficialmente na França em 1854, dois anos após a morte do seu criador, e se espalhou pelo mundo como um meio de educação, liberdade de expressão e inclusão social.
A Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou o Dia Mundial do Braille em 2018, para conscientizar os cidadãos sobre os direitos humanos das pessoas com deficiência visual e da necessidade de promover uma escrita inclusiva.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que pelo menos 1 bilhão de pessoas no mundo vivem com alguma limitação visual que poderia ser evitada ou tratada. Globalmente, estima-se que aproximadamente 1.3 bilhão de pessoas vivam com alguma forma de deficiência visual.
Em relação à visão para longe, 188.5 milhões de pessoas têm deficiência visual moderada, 217 milhões têm deficiência visual moderada a grave e 36 milhões são cegas.
Dessa forma, o braille desempenha um papel crucial nesse sentido, fornecendo uma maneira eficaz de leitura e escrita, permitindo que essas pessoas sejam independentes e desfrutem dos mesmos direitos e oportunidades que os demais.
A acessibilidade e inclusão são valores fundamentais em uma sociedade justa e igualitária. Para as pessoas com deficiência visual, o acesso à informação e à educação é essencial para sua plena participação na sociedade.
Por meio dele, é possível garantir que livros, revistas, documentos e outros materiais sejam acessíveis a todos. Além disso, a inclusão do braille em espaços públicos, como placas de sinalização, elevadores e caixas eletrônicos, permite que pessoas com deficiência visual se locomovam com segurança e autonomia.
A educação desempenha um papel central na disseminação e aprendizado do braille. É essencial que crianças e jovens com deficiência visual tenham acesso a esse ensino desde cedo, para que possam desenvolver habilidades de leitura e escrita de forma independente.
No Brasil, existem leis e diretrizes que asseguram o ensino do braille nas escolas, garantindo a inclusão e o desenvolvimento desses alunos. São elas:
É importante ressaltar que a difusão do braille não se limita apenas às escolas. É necessário que toda a sociedade, incluindo profissionais da educação, familiares e instituições, estejam engajados na sua promoção e valorização.
Ao reconhecermos a importância do braille e incentivarmos seu uso, estaremos construindo uma sociedade mais inclusiva e acessível para todos.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima-se que existam cerca de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual no Brasil. No entanto, apenas uma pequena parcela tem acesso efetivo ao braille.
Isso evidencia a importância de promover o ensino e a difusão desse sistema, garantindo que todas as pessoas com deficiência visual possam desenvolver suas habilidades de leitura e escrita.
A educação inclusiva, com ênfase no ensino do braille, tem um impacto significativo no desenvolvimento cognitivo, social e emocional das crianças com deficiência visual. O ensino do braille desde cedo possibilita que essas crianças desenvolvam suas habilidades linguísticas, expressem suas ideias e participem ativamente da sociedade.
Portanto, é fundamental que gestores educacionais e coordenadores pedagógicos estejam atentos à importância do braille e busquem selecionar materiais didáticos que incluam esse sistema.
Ao fornecer recursos e materiais atualizados, que valorizem a inclusão e a acessibilidade, a escola estará contribuindo para um projeto educacional mais sólido e com qualidade editorial, atendendo às necessidades dos educadores e promovendo a inclusão de todos os alunos.
Não há uma idade certa para começar a ensinar o Sistema Braille, mas é importante que a criança tenha adquirido algumas habilidades prévias, como:
O ensino do braille deve ser realizado de forma lúdica, significativa e contextualizada, utilizando materiais concretos, jogos, livros e outras atividades que estimulem a criança a explorar o código e a se familiarizar com ele.
Todo o processo deve ser integrado ao ensino dos demais conteúdos escolares, de forma que a criança possa utilizá-lo como uma ferramenta de comunicação, de expressão e de aprendizagem.
Além disso, é importante que a aprendizagem seja acompanhada por profissionais especializados, como professores de educação especial, instrutores de orientação e mobilidade e transcritores de braille.
Também é fundamental que a família participe desse processo, apoiando, incentivando e interagindo com a criança em suas atividades de leitura e escrita.
Muitos responsáveis e educadores podem ter dúvidas sobre como preparar uma criança para esse desafio. Aqui estão 10 dicas que podem ajudar nesse processo:
O Dia Mundial do Braille é uma oportunidade para refletirmos sobre a importância desse sistema na inclusão e acessibilidade para pessoas com deficiência visual. O braille permite que essas pessoas leiam, escrevam e tenham acesso à informação de forma independente. É uma ferramenta poderosa que promove igualdade de oportunidades e respeito à diversidade.
Portanto, é fundamental que continuemos difundindo o código, promovendo sua aprendizagem e valorizando sua importância em nossa sociedade. Lembre-se de que o braille é um símbolo de independência e igualdade para as pessoas com deficiência visual, e é dever dos educadores, gestores e coordenadores garantir que ele esteja presente em nosso cotidiano escolar.
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