Como inovar nas aulas em tempo de pandemia

Como inovar nas aulas em tempo de pandemia

Com as aulas sendo ministrada por tecnologia, muitos professores estão com dúvidas de como inovar em suas aulas, já que o planejamento das aulas presenciais e  das aulas mediadas por tecnologia são muitos diferentes entre si. Além de alguns materiais que estávamos acostumado a usar em sala de aula, sofrerem alterações para que possam se apresentando em aulas e suportes digitais. 

Precisamos olhar para esse período, como um período emergencial das aulas, considerando que é normal enfrentar dificuldades em preparar as mesmas, por isso planejá-la, trocar com o colega e compreender as diferenças podem te auxiliar a inovar no aprendizado. E para te auxiliar neste momento, reunimos algumas sugestões para que possa refletir e replicar. Vamos lá?!

 
 

Menos é mais

 

Sabe aquela frase menos é mais, é propícia para esse momento! Para que os estudantes possam se engajar com as aulas, é preciso que as mesmas sejam atrativas, interativas e que se sintam pertencente a ela, criando uma conexão com os alunos,  já que o meio ministrado é o suporte digital.

Os passos da aula devem ser apresentados aos estudantes e as mesmas devem ser compostas pela apresentação inicial e um acolhimento, apresentando a habilidade a ser trabalhada para que o estudante possa compreender a proposta e uma problematização e ou um tema gerador. Na sequência o desenvolvimento da aula com atividades e por fim uma retomada dos principais assuntos e também uma avaliação para compor o portfólio e ou uma rubrica que servirá de base para um replanejamento e compreensão se os estudantes estão conseguindo acompanhar as aulas. 

É importante promover a interação, mas permitindo que os estudantes escolham a maneira de participar. Muitos sentem receios de se expor e dizer algo que possa está errado e os amigos ficarem com brincadeiras, por isso é importante estabelecer combinados e sempre conversar com a turma sobre internet segura e cyberbullying.

Para levar para as aulas

 

Metodologias ativas

 

As metodologias ativas podem ser trabalhadas de diversas maneiras e um dos objetivos principais é tirar o aluno da passividade e trazê-lo ao centro do processo de aprendizagem, para que participe de maneira ativa da sua aprendizagem.

Vale trazer problemas reais e conversar com os estudantes sobre o momento atual em que estamos vivenciando e ofertar que os alunos reflitam sobre alguns aspectos, encontrando possíveis soluções.

A sala de aula invertida, também pode trazer engajamento e personalização ao aprendizado ao antecipar conteúdos que pode ser uma música, uma leitura e ou filme para que o estudante possa trazer pontos para a discussão nas aulas. O cuidado é somente propor coisas que são acessíveis aos discentes nesse momento.

 

Cultura Maker

 

Outro desafio possível neste momento é trabalhar com a cultura maker que propõe um aprendizado mão na massa. É possível aliar o seu aprendizado as metodologias ativas e incentivarem os estudantes criarem, utilizando a criatividade com materiais de fácil acesso e também apresentando propostas de substituição.

 

Habilidades Socioemocionais

 

Trabalhar com as habilidades socioemocionais é essencial, principalmente porque estamos administrando muitos sentimentos neste momento de pandemia. Prevê um acolhimento, uma atividade que pode até ser em formato de rubrica, ajuda a compreender um pouco mais como estão nossos estudantes e a replanejar as ações.

 

Os desafios são muitos, trazer os pilares da inovação, é importante  para mantermos a tranquilidade  e repassá-la aos estudantes, construindo caminhos juntos. As pessoas sempre serão o centro do processo de aprendizagem.

Um abraço carinhoso,

Débora

Débora Garofalo é Assessora Especial de Tecnologias da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo (SEE SP) e professora da rede pública de ensino de São Paulo. Formada em Letras e Pedagogia, mestranda em Educação pela PUC-SP, vencedora na temática Especial Inovação na Educação no Prêmio Professores do Brasil, Vencedora no Desafio de Aprendizagem Criativa do MIT e considerada uma das dez melhoras professoras do mundo pelo Global Teacher Prize, o Nobel da Educação.

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